[News] Centro Cultural da Diversidade retoma programação física com a exposição A Luta Amada – Movimentos LGBTQIA+ desde Stonewall

 

A partir do dia 23 de outubro, sexta-feira, 19h, a exposição A Luta Amada – Movimentos LGBTQIA+ desde Stonewall entra em cartaz no Centro Cultural da Diversidade (R. Lopes Neto, 206 – Itaim Bibi), com visitação de terça a domingo, das 10h às 18h, respeitando protocolos vigentes no momento para segurança do público, o que inclui apenas duas pessoas por vez dentro dos espaços fechados e trinta nos espaços abertos. O evento é uma parceria do Museu da Diversidade Sexual – MDS, instituição vinculada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, e do Goethe-Institut. A ocorrência da exposição em São Paulo é uma continuidade da edição Queer as German Folk, que aconteceu na Alemanha.

 

A mostra capta a atmosfera do movimento LGBTAQIA+ a partir de panfletos, cartazes e fotografias impressas em diferentes materiais, o que rende diversos tipos de interpretação. Alguns exemplos são materiais mais básicos, como tecidos e papéis, que representam o caráter DIY (faça você mesmo); e outros tecidos impressos em placas de espuma. A abertura da mostra acontecerá online no dia 23 de outubro, às 19h, com falas de monitores do Centro Cultural da Diversidade e representantes do Goethe-Institut, Museu da Diversidade Sexual e Amigxs da Arte, além de uma performance artística de Pedrâ Costa chamada “de_colon_isation VI: inbodiesvisibleborders”

 

 

Entre as peças exibidas, estão livros com fotos de homossexuais perseguidos pelo regime nazista; uma avaliação estatística do movimento gay e lésbico dos anos 1970 e 1980 de uma coleção concebida para museu intitulada “Holy Archive”; e vídeos com entrevistas de pessoas LGBTQIA+ que relatam seus “momentos Stonewall” que os fizeram começar a atuar politicamente. 

 

A mostra também busca por uma perspectiva futura do movimento LGBTQIA+ no país. Para isso, a história presente é ponto de partida para debates que irão acontecer no percurso da exposição. Além disso, os visitantes também serão convidados a compartilhar suas perspectivas a partir de formulários oferecidos ao público, que poderá contar sobre seus “momentos Stonewall”.


Histórico da exposição

 

Na Alemanha, a exposição Queer As German Folk aconteceu no ano de 2019 a partir de uma parceria entre o Goethe-Institut Nova Iorque e o Schwules Museum Berlin e apoiado pela Bundeszentrale für politische Bildung.

 

Na noite do 27 de 1969, pessoas queer de todos os sexos – e entre elas muitas pessoas negras, se revoltaram contra um ataque policial no bar Stonewall Inn, em Nova Iorque. A exposição partiu do aniversário de 50ª nos da revolta para exibir ao público histórias do movimento LGBTQIA+ na Alemanha oriental e ocidental e na Alemanha unificada, dos anos 1960 até hoje. 

 

A exposição foca nas pequenas e grandes revoluções da revolta – os momentos nos quais o movimento se reinventou: a legendária “Tuntenstreit” (Tunte é uma palavra pejorativa alemã para descrever gays “afeminados”, aqui reapropriada pelas pessoas LGBTQIA+ de esquerda, a fundação de uma rede de mulheres negras na Alemanha até as intervenções atuais do movimento trans. 

 

A exposição traz um relato polifônico da história do movimento e dá espaço as vozes e perspectivas que até hoje não encontraram muita ressonância, por exemplo os queers da Alemanha oriental nos anos 80, cujas ações radicais ainda estão ecoando. A exposição também procura pistas da conexão transatlântica e questiona a influência de Estados Unidos da América no movimento LGBTQIA+ alemão e vice versa.

 

Serviço

A Luta Amada – Movimentos LGBTQIA+ desde Stonewall

De 23 de outubro de 2020 a 28 de fevereiro de 2021

Visitação de terça a domingo, das 10h às 18h

Centro Cultural da Diversidade (R. Lopes Neto, 206 – Itaim Bibi)

O evento de abertura será transmitido pelo Canal YouTube do Goethe-Institut São Paulo e pela plataforma #culturaemcasa. 

 

 

Sobre o Museu da Diversidade Sexual

Primeiro equipamento cultural da América Latina relacionado à temática, o Museu da Diversidade Sexual foi criado em maio de 2012 e é uma instituição vinculada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. Sua missão é preservar o patrimônio sócio, político e cultural da comunidade LGBTI+ brasileira através da coleta, organização e disponibilização pública de referenciais materiais e imateriais. As atividades culturais, educativas e expositivas do MDS têm foco nas orientações, identidades e expressões de gênero dissidentes. 

 

Sobre a Amigxs da Arte

A Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão do Museu da Diversidade Sexual (MDS), trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e iniciativa privada desde 2004. Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo difundir a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos como o Teatro Sérgio Cardoso e o Teatro Estadual de Araras. Saiba mais em: www.amigosdaarte.org.br.

 

Museu da Diversidade Sexual (MDS)

Estação República do Metrô, n° 24. R. do Arouche – República. São Paulo (SP).

O museu está localizado dentro da Estação República do Metrô, atrás da bilheteria. Piso Mezanino, loja 518.

 

 

Sobre Pêdra Costa

Performer brasileira trans radicada em Berlim. Antropóloga urbana utiliza a intimidade para se conectar com a coletividade. Trabalha com seu corpo para criar epistemologias fragmentadas de comunidades LGBTQIA+ em legados coloniais. Seu trabalho visa decodificar a violência e transformar o fracasso, enquanto explora os poderes do conhecimento resiliente de uma infinidade de ancestralidades subversivas que têm sido a sobrevivência anticolonial e necropolítica integral. 



 

Sobre o Goethe-Institut

 

Parceria e diálogo. Com base nestes conceitos, o Goethe-Institut está ativo há mais de 50 anos no Brasil. Sua rede, da qual fazem parte cinco Institutos no Brasil, um centro Goethe e diversas instituições culturais, unifica as boas relações entre a Alemanha e o maior país da América do Sul. O Goethe-Institut integra a infraestrutura cultural de São Paulo e atua dentro de uma grande e diversa rede de parceiros, com quem atua conjuntamente em projetos, coproduções, residências artísticas e discussões sobre temas globais como diversidade, sustentabilidade, igualdade, mudança climática, biodiversidade, planejamento urbano, entre outros.

 

Site/plataforma:

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