[News] Premiere mistura peso, poeira e motos em clipe de estreia

É como se o Lamb of God encontrasse o Rage Against the Machine num campo de terra batida, paredões de amplificadores no volume 10 e cercados por motos. Em palavras, é um resumo curto do clipe de estreia “Vai que Vai” da banda Premiere, lançado recentemente, quinta-feira (07).
Você pode assistir o clipe, em https://www.youtube.com/watch?v=szyeBT8dB-Y
Premiere é o melhor grupo novo e rodado do ano. Você leu certo. Os quatro músicos estão na cena de rock pesado desde 1999, mas recentemente se uniram sob uma bandeira e acertaram o primeiro tiro na mosca, com o EP recém lançado nas plataformas digitais que leva o nome do grupo.
São quatro cabeças que pensam com referências diversas, mas sempre com o mesmo foco, o que traduz a música em som pesado e visceral, que neste 2018 cabe tranquilamente tanto em fones de ouvido quanto no dial de uma rádio.
O vocalista Jones vem da linha do punk rock e hardcore californiano, de bandas como Social Distortion e Bad Religion, o guitarrista André Seven segue o estilo, mas mais para a costa Leste norte-americana, o baterista Lipão tem como influências ícones do nu metal, Korn, StoneSour, e o baixista Felipe FR é ligado ao metal. A liga foi um rock visceral, que trafega do stoner ao metalcore com peso cavalar, baixo e bateria que explodem no peito, guitarra em afinação baixa e vocal rasgado.
O single do EP é a música do clipe lançado agora, “Vai que Vai”. A canção trafega pelo rap metal e o metalcore, com scratches ao final que rasgam boa parte do que seria uma descrição apropriada.
“6MG” tem vocal mais etéreo, guitarra com flanger, efeitos eletrônicos e andamento mais cadenciado, assim como “Sabotage”, que segue a linha como se fosse um Public Enemy infernal.
No miolo do trabalho tem outra pérola, “Rolo Compressor”, que soma peso, velocidade e dinamicidade com bate-cabeça obrigatório no refrão.
“Freakshow” fecha o disco com baixo e bateria nervosos, a guitarra entra pesada junto ao vocal comprimido e todos os elementos acima se fazem presentes.
“É um som que cabe no dial de uma rádio e também para público mais específico, mais de som pesado. Mas sei que se você estivesse girando as rádios procurando algo nosso som chamaria a atenção e você pararia ao menos para saber do que se trata”, diz o vocalista Jones.
Por Leonardo Alves

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