[News] Começo do Fim, peça audiovisual escrita e dirigida por Gabriela Mellão, estreia no Teatro Sérgio Cardoso Digital

 

A obra audiovisual Começo do Fim, com texto e direção de Gabriela Mellão, estreia online dia 1º de maio, domingo, 19h no Teatro Sérgio Cardoso Digital, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte, via plataforma Cultura em Casa. No elenco estão Reinaldo Soares e Liris D. Lago, com narração de Eucir de Souza e Luna Martinelli. Aline Santini assina a direção de fotografia e Rafael Drodo a criação de projeções.


Além de autora, diretora e crítica de teatro, Gabriela é colaboradora da Revista Bravo!, membro da Associação Internacional de Críticos de Teatro e jurada do prêmio APCA. Foi ainda repórter teatral da Folha de São Paulo e curadora de diversos festivais e editais. O trabalho nasceu do mergulho da autora e diretora no mundo dos sonhos e do inconsciente, ao viver um processo de separação. Os sonhos, objeto de estudo de variadas correntes terapêuticas, são expressão e prova viva da eterna luta do homem dentro de si mesmo.


A peça/filme busca dissecar para o espectador esta luta. Na empreitada, Mellão expõe sua batalha pessoal entre consciente e inconsciente, transformando símbolos trazidos pelos sonhos em reflexões sobre si mesma e o mundo.


Criada a partir de cerca de 60 sonhos da autora durante 6 meses de terapia, em cruzamento com um estudo da mitologia, a obra ilumina a qualidade profética dos sonhos, trazendo uma reflexão sobre a importância dos mitos na elaboração e entendimento de nossa psique, não só entre povos antigos, mas também no mundo contemporâneo.


SINOPSE


Começo do Fim apresenta a jornada afetiva de uma mulher ao longo de um processo de separação, e os símbolos criados pelo seu inconsciente. Enquanto a personagem lida com os conflitos de um relacionamento, seus sonhos já vislumbram o fim.


Em cena, vemos a relação de aproximação e distanciamento de um casal, ao mesmo tempo em que esta mulher começa a compreender o poder de seu inconsciente e a buscar o seu caminho individual.


O TEXTO


O texto se apresenta como uma mistura entre narrativa pessoal e relato documental dos sonhos. “Meus sonhos são o ponto de partida desta obra. Foi uma experiência absolutamente surpreendente ver meu inconsciente trabalhando na elaboração dramatúrgica. E estes sonhos se revelaram mais do que criadores de histórias. Anunciaram transformações que viriam acontecer comigo, mostrando haver um diálogo estreito entre minha psiquê, o inconsciente coletivo e a mitologia. Foi um despertar para forças e saberes que dão à experiência da vida uma dimensão maior”, conta Gabriela Mellão.


Trata-se de um convite para que o espectador mergulhe nas contradições da alma humana e, a partir delas, se projete na obra em busca de revelações próprias e, quem sabe, apaziguamento para suas contradições.


A ENCENAÇÃO


A encenação centra-se na força simbólica das imagens criadas pelo relato desta mulher, incorporando elementos das artes visuais, da dança e da performance, numa síntese visual que entrelaça os sonhos e a mitologia como ferramentas de autodescoberta. Ao final, a peça/filme se completa com a exibição de trecho de uma entrevista de Joseph Campbell, considerado o papa da mitologia no mundo.


JOSEPH CAMPBELL E OS MITOS


A obra é fruto de uma pesquisa sobre a importância dos mitos na contemporaneidade. Segundo o norte-americano Joseph Campbell, considerado o papa da mitologia no mundo, o homem só se realiza por meio da aceitação e do conhecimento do seu inconsciente, os quais são adquiridos por intermédio dos sonhos, dos mitos e seus símbolos. “O sonho é o mito personalizado e o mito é o sonho despersonalizado. O mito e o sonho simbolizam, de maneira geral, a dinâmica da psique. Nos sonhos, as formas são distorcidas pelos problemas particulares do sonhador ao passo que nos mitos problemas e soluções apresentados são válidos diretamente para toda a humanidade”, acreditava Campbell, autor de obras disseminais sobre como os mitos podem ajudar o homem em sua jornada pela terra, O Poder do Mito e O Herói de Mil Faces, entre outras.


Campbell deu uma série de entrevistas no final da década de 1980 para o jornalista americano Bill Morrey, transformada em uma das séries de televisão mais longevas do canal norte-americano PBS. Nas conversas, condensa a pesquisa de uma vida. Para Campbell, a função básica do mito é abrir o mundo para a dimensão do mistério. “Os mitos são pistas para as potencialidades espirituais da vida humana. Aquilo que somos capazes de conhecer dentro de nós. E de experimentar dentro de nós”, disse o mitologista, escritor e professor na entrevista. Segundo ele, o homem contemporâneo deveria se apropriar da função pedagógica da mitologia: “Como viver a vida humana sob quaisquer circunstâncias? O mito pode ensinar isso”.


A fundação de Campbell cede os direitos de trechos desses programas. Eles finalizam Começo do Fim, transformando a obra em ponte para uma discussão mais ampla sobre o sentido da vida do homem.


MITO DE INNANA


Ao documentar sua jornada pelo mundo dos sonhos, Gabriela Mellão faz um relato da travessia travada pelo seu inconsciente até o consciente através do estudo de cerca de 60 sonhos, com a ajuda da terapeuta Carla Righi, ao longo de 6 meses de análise.


Refaz o mito de Innana, convidando o espectador a fazer o mesmo. Datado de 5000 A.C., este  mito  traduz a importância  da jornada do homem pelas profundezas de seu inconsciente ao relatar a história de Innana sobre sua descida ao mundo interior. O mito reconta sua jornada ao submundo para visitar a irmã recentemente viúva, Ereshkigal. As duas simbolizam facetas de uma mesma pessoa. Innana corresponde ao mundo físico, Ereshkigal ao psíquico/espiritual. Apenas através desta travessia, metáfora para a necessidade de integração entre os mundos físico e psíquico de cada um, é que Inanna se torna completa.


Gabriela refaz o percurso de Inanna para aprender sobre si e sobre a riqueza e potência do inconsciente, buscando destacar para os espectadores a importância dessa comunicação, desvalorizada no mundo cada vez mais material do homem contemporâneo. Um passaporte para uma travessia que pode ser vivida ao mesmo tempo como algo pessoal e universal.


AUDIOVISUAL


Começo do Fim é a segunda empreitada audiovisual da autora, diretora e jornalista Gabriela Mellão. Fragmentos Possíveis, seu trabalho anterior, de 2019, venceu como melhor filme experimental ou obra de artes performáticas os festivais New York Cinematography Awards(EUA), Toronto International Women Film Festival (Canada), London Indie Short Festival (England), Gona Film Awards  e Cult Critic Movie Awarsds (India) e Athens International Monthy Art Film Festival (Greece), entre outros.


GABRIELA MELLÃO


Gabriela Mellão é autora, diretora de teatro e crítica. É colaboradora da Revista Bravo! desde 2006, atuando hoje como crítica da publicação. É membro da Associação Internacional de Críticos de Teatro. Compõe o júri do prêmio APCA. Foi repórter teatral da Folha de São Paulo entre 2008 e 2012 e curadora de diversos festivais e editais.


Tem cinco obras de teatro escritas e encenadas por ela, entre elas, “Kansas” (2018), sobre o medo na contemporaneidade; “DesolaDor” (2018-19), solo sobre Artaud com Clovys Tôrres; e “Nijinsky – Minha Loucura é o Amor da Humanidade” (2014/15), peça sobre Nijinsky apresentada no Festival de Avignon off. Também é autora de “Sylvia Plath – Ilhada em Mim” (2014-18), espetáculo cuja direção de André Guerreiro Lopes foi premiada pela APCA; além de “Espasmo” (2013) e “Correnteza” (2012), entre outras.


Estreou no audio-visual acidentalmente, obrigada pela pandemia, em 2021, como autora, diretora e montadora de “Fragmentos Possíveis”, curta-metragem que teve pré-estreia no Brasil no Festival Tiradentes Em Cena, em maio de 2020, depois de vencer prêmios como melhor curta-metragem experimental nos festivais New York Cinematography Awards (EUA), London Indie Short Festival (Inglaterra), Gona Film Awards  e Cult Critic Movie Awarsds (Índia) e Athens International Monthy Art Film Festival (Grécia), entre outros.


FICHA TÉCNICA

Texto, direção e edição: Gabriela Mellão

Elenco: Liris D. Lago e Reinaldo Soares

Vozes: Luna Martinelli e Eucir de Souza

Coreografia: Reinaldo Soares

Análise dos sonhos e consultoria: Carla Righi (terapeuta)

Diretora de fotografia: Aline Santini

Projeção: Rafael Drodro

Câmera: Aline Santini, Rafael Drodro e Gabriela Mellão

Assessoria de imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany


Serviço

Começo do Fim

Temporada: 1 de maio a 30 de maio. Segundas e domingos, às 19h

*Haverá sessão com tradução em libras dias 23, 24, 30 e 31 de maio

Transmissão: Cultura em Casa

Duração: 60 minutos

Classificação: 14 anos

Ingressos:Gratuito

R$ 40,00 | R$ 20,00 | R$10,00 (Contribuição social)


Sobre a Amigos da Arte

A Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão dos teatros Sérgio Cardoso e de Araras e diversos programas de difusão cultural e economia criativa, trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e iniciativa privada desde 2004. Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo difundir a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos. Em seus 17 anos, a entidade desenvolveu 12 mil ações culturais, atingindo mais de 25 milhões de pessoas.


Sobre o Teatro Sérgio Cardoso

Localizado no boêmio bairro paulistano do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso foi inaugurado em 13 de outubro de 1980, com uma homenagem ao ator. Na ocasião, foi encenado um espetáculo com roteiro dele próprio, intitulado “Sérgio Cardoso em Prosa e Verso”. No elenco, a ex-esposa Nydia Licia, Umberto Magnani, Emílio di Biasi e Rubens de Falco, sob a direção de Gianni Rato. A peça “Rasga Coração”, de Oduvaldo Viana Filho, protagonizada pelo ator Raul Cortez e dirigida por José Renato, cumpriu a primeira temporada do teatro.


Sobre #CulturaEmCasa

A plataforma de streaming e vídeo por demanda #CulturaEmCasa tem a missão de ampliar o acesso da população a conteúdos culturais de qualidade, 100% gratuitos e difundir a intensa produção cultural do Estado de São Paulo, seus equipamentos e municípios. Em dois anos, a #CulturaEmCasa atingiu 4,4 mil cidades do Brasil e 165 países. A plataforma foi responsável pelo emprego direto e indireto de mais de 21 mil profissionais do setor, entre artistas, produtores e técnicos.

A ferramenta reúne também conteúdos do Teatro Sérgio Cardoso, do Teatro Estadual de Araras, além de diversos programas de difusão cultural como o Festival de Circo Online de São Paulo, o #CircuitoSP Online, a #ViradaSP Online, e o #SPGastronomia. Integram ainda a programação da plataforma, diversas iniciativas das instituições da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, entre as quais a Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), a Jazz Sinfônica, a Pinacoteca, a São Paulo Companhia de Dança, o Conservatório de Tatuí, o Projeto Guri, Fábricas de Cultura, TV Cultura, Bibliotecas, e os Museus da Imagem e do Som, MIS Experience, do Futebol, Índia Vanuíre, Casa de Portinari, Felícia Leirner/ Auditório Claudio Santoro, além dos museus casa-literários, Casa das Rosas, Casa Mário de Andrade e Casa Guilherme de Almeida.


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