[Crítica] Os Primeiros Soldados

Sinopse: Em Vitória, na virada de 1983, um grupo de jovens LGBTQIA+ celebra o réveillon sem ideia do que se avizinha. O biólogo Suzano sabe que algo de muito terrível começa a transtornar seu corpo. O desespero diante da falta de informação e do futuro incerto aproxima Suzano da artista transexual Rose e do videomaker Humberto, igualmente doentes. Juntos eles tentarão sobreviver à primeira onda da epidemia de AIDS.

O que achei? Dirigido por Rodrigo de Oliveira, que também escreveu o roteiro do longa, Os Primeiros Soldados acompanha personagens membros da comunidade LGBTQIA+ na década de 1980, no início da epidemia da AIDS, que afetou bastante essa comunidade não apenas em relação à doença em si, mas também ao aumento do preconceito e estigma por parte da sociedade que considerava a AIDS ser uma “praga gay”.

Suzano, juntamente com a mulher trans. Rose e do estudante de cinema Humberto, ambos também vivendo o vírus HIV, enfrentam essa doença que na época não se sabia muita coisa, ao mesmo tempo que procuram entender a AIDS e Suzano também procura proteger sua família formada por sua irmã Maura e seu sobrinho Muriel dos percalços e impactos iminentes e inevitáveis.

Logo no início do filme, vemos uma analogia onde Suzano é um soldado no meio da selva, se embrenhando por um território desconhecido e sozinho, lutando uma batalha tão desconhecida quanto.

Suzano, Rose e Humberto se isolam da sociedade em uma casa de campo, onde se apoiam mutuamente nessa batalha, registrando seus sintomas, procurando formas de sobreviver, testando com novos medicamentos e tendo a esperança de uma cura.

O tema do filme poderia cair no pessimismo, mas isso é evitado pela narrativa que mostra a esperança, força, luta e inspiração dos três protagonistas. Os Primeiros Soldados tem um elenco muito bom, que expressam muito bem os altos e baixos de seus personagens.

Os Primeiros Soldados é um filme emocionante, sentimental e poético.

Trailer: 


Escrito por Michelle Araújo Silva




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