[Resenha] Asiáticos Podres de Ricos

Sinopse: Quando Rachel Chu chega à Cingapura com o namorado, o charmoso Nicholas Young, para acompanhá-lo ao casamento de seu melhor amigo, imaginava passar dias tranquilos com uma simpática família, longos passeios de carro explorando a ilha e bastante tempo ao lado do homem com quem um dia talvez fosse se casar. Só que Nick não mencionou alguns detalhes... Como o fato de sua família ter muito, muito dinheiro, que ela iria viajar mais em jatinhos particulares do que de carro e que caminhar de mãos dadas com um dos solteiros mais ricos da Ásia era como ter um alvo nas costas. Em pouco tempo, Rachel se vê transportada para um episódio de Gossip Girl, só que na Ásia e com pessoas podres de ricas, que não vão poupar a simples professora universitária das fofocas e intrigas. Isso sem falar na mãe de Nick, uma mulher com opiniões bem fortes sobre com quem seu filho deve – ou não – se casar.Um passeio pelos cenários mais exclusivos do Extremo Oriente – das luxuosas coberturas de Xangai às ilhas particulares do mar da China Meridional –, Asiáticos podres de ricos é uma visão do jet set oriental por dentro. Com seu olhar satírico, suas cenas memoráveis e seus vários momentos hiperultrafashion, Kevin Kwan traça um retrato engraçadíssimo do conflito entre os novos-ricos e as famílias tradicionais em seu romance de estreia, que já fez milhares de leitores chorarem de tanto rir no mundo todo.


O que eu achei:
Asiáticos Podres de Ricos foi um livro que eu ansiei muito a ler e quando finalmente tive a oportunidade fui com sede ao pote. O livro possui uma leitura leve, mas ao mesmo tempo é muito complicada.

Em Asiáticos Podres de Ricos vamos conhecer a história de Rachel, uma garota que mora nos Estados Unidos, mas tem sua descendência asiática. Rachel é professora em uma faculdade, e certo dia uma amiga avista um jovem que realmente lhe encheu os olhos ne ela está certa de que seria um excelente partido para Rachel. Um tempo depois esses dois deram certo. Esse rapaz era Nick, um jovem que se apaixonou por Rachel e foi algo que ele não esperava, foi reciproco o sentimento dos dois que dois anos depois estavam morando juntos e Nick lhe faz a proposta de ir para Cingapura com ele para prestigiarem o casamento de um dos melhores amigos de Nick. Ela acanhada se sente muito tentada a declinar o convite, pois iria conhecer finalmente a família de Nick e decide de vez acompanha-lo nesta, só que Rachel não fazia ideia de onde estava se metendo.

Ao chegar na Ásia ela vai conhecer todo tipo de gente e os primeiros são os próprios amigos de Nick que estão de casamento marcado: Colin e Aramita. Ambos são muito receptivos com Rachel e ela de fato se sente bem-vinda. Mas, nem tudo são flores, e ela vai perceber isso ao descobrir que assim que Nick chegou com ela em Singapura sua sogra realiza uma viagem de última hora muito suspeita, coisa que ela nunca faz quando seu filho acaba de chegar em sua cidade.

Chegando em Cingapura ele vai começar que Nick é simplesmente o herdeiro de uma das maiores fortunas da Ásia, e sua família toda é comporta por ricos, ou melhor, pessoas podres de ricas que seus antepassados fizeram fortunas exorbitantes e atualmente eles vão viver sua vida na maior crème de la crème. O livro nada mais é do que uma Gossip Girl versão asiática. Com muita intriga, fofocas e muitos “problemas” que somente gente rica passa (o famoso rich people problems) e Rachel, uma garota que nunca presenciou nada nem perto dessa realidade em sua vida é jogada de um lado para o outro em carros muitos chiques e vôs em jatinhos particulares e isso vai deixa-la mais abismada ainda com a família de Nick.

Pontos positivos que velem ser destacados do livro, é a escrita de Kevin Kwan, que apresenta esse mundo de glamour e você consegue visualizar muito bem tudo, pois a leitura é rica em detalhes – não de forma que fique cansativa ressaltando os mínimos detalhes. E o livro tem um tom muito calibrado. Você vai rir inúmeras vezes, mas também tem seus momentos muito tensos e sombrios que nos mostra que família são todas iguais, só muda o endereço (nesse caso a conta bancária). Com um primo fofoqueiro que sabe falar da vida de todos, uma prima que descobre que seu marido aparentemente perfeito está escondendo algo de sua família e uma mãe completamente conservadora e que não aceita que seu filho se envolva com alguém que não vá somar com sua fortuna e a reputação que ela tanto presa com a mídia.

Algo que me frustrou com o livro foi que a certo ponto a história me deixou carente de algo novo. O autor joga um suspense muito grande sobre dois fatores específicos e você fica criando expectativas para que essas revelações sejam o plot twit da história, mas quando você encara os fatos não é nada arrebatador. Outro ponto negativo foi a apresentação das famílias, pois tendo inúmeros ramos em sua árvore genealógica o autor te apresenta a árvore genealógica logo no começo e depois ele narrta a história muito depressa sem muitas explicações sobre quem é quem e você precisa recorrer sempre a árvore para se situar sobre quem ele está falando e isso se arrasta pelas cem primeiras páginas e chega até a ser algo cansativo até que você se acostume com os personagens e consiga prosseguir sabendo quem é quem.

Asiáticos Podres de Ricos é uma história muito envolvente, por mais que tenha seus aspectos negativos como pequenas reviravoltas que te instigam só no primeiro momento, e os outros aspectos já citados acima, eu também senti que o livro poderia ter se resolvido num número menor de páginas, em certo ponto eu fiquei cansado de mais do mesmo e achei que a história poderia ter sido mais acelerada em certos pontos. Em contrapartida a história também nos mostra que toda população tem sua xenofobia, e o autor por criar diversos personagens com personalidades muito distintas você consegue ver muito bem os lados da história e ainda aprende inúmeras expressões que contam com um glossário em cada página com sua tradução. Com muito humor, fofocas e momentos de te deixar louco com as atitudes dos personagens, Asiáticos Podres de Ricos cumpre muito bem sua proposta. 



Por Leonardo Alves

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