[Crítica] Quando Hitler roubou o coelho cor-de-rosa

 

Sinopse:

Neste drama familiar, sensível e emocionante, uma garota judia-alemã dá seus primeiros passos na vida adulta, à medida que os eventos mundiais se intrometem em sua rotina feliz e despreocupada. Aos 9 anos, Anna está muito ocupada com os trabalhos escolares e com os amigos para notar o rosto de Hitler nos cartazes estampados na Berlim de 1933. Quando seu pai desaparece e a família sai secretamente da Alemanha, a menina começa a entender que a vida nunca mais será a mesma. O que se segue é uma aventura corajosa, cheia de medo e incerteza. O filme é uma adaptação do romance infantil semiautobiográfico de Judith Kerr (1923-2019).


                          O quê eu achei?


Esse foi um dos melhores- se não o melhor!- filme que já vi pela distribuidora A2 Filmes.

Baseado no livro homônimo de Judith Kerr (1923-2019) conta a história da família Kemper,o pai Arthur(o conhecido Oliver Masucci), a mãe Dorothea, o filho de 13 anos, Max e a filha Anna, judeus que moram em Berlim mas em 1933, com a ascensão de Hitler, se veem forçados a se mudarem para a Suíça para evitar a perseguição, já que o pai escrevia abertamente contra o governo em um jornal.

A história é focada mais em Anna, que tem que se adaptar na escola, aprender o dialeto local, se reintegrar, etc. Ela tinha um coelho rosa de pelúcia que era um de seus bens mais preciosos. Quando eles se mudam, ela tem que escolher apenas um bicho de pelúcia: deve  levar o coelho ou seu bicho de pelúcia mais antigo? Com o peso da escolha apertando seu coração, ela decide deixar o coelho em Berlim.

O longa acompanha a trajetória e o amadurecimento da família ao longo dos anos. Eles deixaram para trás a adorada empregada Heimpi e precisam redescobrir o significado da palavra lar. É uma metáfora sobre as dores de crescer e deixar suas memórias de infância para trás em tempos difíceis.

Depois de um tempo, Arthur recebe uma proposta melhor de emprego em Paris e eles se mudam de novo. Como Max diz: eles estão de volta à estaca zero. Apesar de tudo, o tom da narrativa é leve e descontraída. Mostra duas crianças se adaptando após perderem sua casa, suas propriedades e sua língua nativa por conflitos políticos.

Essa é a segunda adaptação- a primeira do livro publicado em inglês em 1971 e em alemão dois anos depois-foi em para a TV e foi lançada em 1978.

A diretora Caroline Link já tem renome e é conhecida por sua sensibilidade em abordar temas complexos como em Lugar Nenhum na África, A música e o silêncio e O menino que fazia rir.

Recomendo!

                            Trailer:

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