[Crítica] Grinch 2

Sinopse:
O Grinch é um ser verde que não suporta o Natal e, todo ano, precisa atuar que os habitantes da cidade vizinha de Quemlândia comemorem a data. Decidido a acabar com a festa, ele resolve invadir os lares dos vizinhos e roubar tudo o que está relacionado ao Natal.

O que eu achei?
A época do Natal traz a alegria para a maioria das pessoas e por mais que seja um ícone nos Estados Unidos, as histórias criadas por Dr. Seuss são mais conhecidas no Brasil graças às suas versões cinematográficas - é o caso do Grinch, até hoje lembrado por aqui graças à interpretação histriônica (e impagável) de Jim Carrey. O que, de forma alguma, prejudica a experiência de quem deseja conferir esta nova animação da Illumination.

Precedido por um bobinho curta-metragem estrelado pelos Minions, "Amarelo É o Novo Preto", que curiosamente é um spin-off do período em que estão na prisão em Meu Malvado Favorito 3, este novo O Grinch é a reprodução exata da versão estrelada por Carrey. Ou seja, mais uma vez temos o protagonista esverdeado e mal-humorado, que de tempos em tempos precisa visitar a Quemlândia para comprar mantimentos e fica profundamente irritado ao perceber qualquer indicio de comemoração natalina. Cansado da festa alheia, decide ele próprio estragar a alegria de todos ao roubar o Natal. Até conhecer a doce Cindy-Lou e descobrir que o verdadeiro motivo do Natal não é só apenas festa e presentes, mas sim o amor que temos dentro de nós.

Intencionalmente infantil, a versão animada de O Grinch reforça elementos que atraiam a criançada: multicolorido, com uma narração rimada que remete ao lúdico, assim como a própria Quemlândia - a variedade de tamanhos e formatos das casas é uma atração a parte. De olho no ingresso das sessões 3D, há também um punhado de sequências bem feitas, onde é possível se divertir em derrapagens e percursos na neve. E há Cindy Lou, a adorável garotinha que serve de contraponto ao Grinch.

Apesar de ser uma história bastante simples, alguns aspectos merecem atenção: a empolgação e dedicação naturais do cachorro funcionam bem como contraste à rabujice do Grinch, por mais que tal dicotomia não seja muito explorada no filme; há na dublagem brasileira várias liberdades acerca de gírias locais, mas sem se ater a localidades específicas, indo de oxente a picar a mula; há no filme um punhado de excessos em relações a personagens secundários, que não apenas desviam da trama central mas também pouco acrescentam ao longa como um todo, o que prejudica o ritmo da narrativa. É o caso dos colegas de Cindy Lou e do "amigo" do Grinch na Quemlândia.

Leve e divertido, O Grinch é uma boa opção para entreter a família toda, seja pela ambientação ou mesmo pelo carisma dos personagens principais. Curiosamente, a presença de um rabugento que tem o coração amolecido por uma garotinha não é novidade para a Illumination: basta lembrar de Gru e suas três filhotas, na franquia Meu Malvado Favorito. Ou seja, por mais que o universo seja bem diferente - aqui há um escancarado tom de fábula -, a essência dos personagens é a mesma.  

O Grinch chega aos cinemas dia 08 de novembro.

Trailer:
Escrito por Priscila Matias

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