[News] IVYSON lança seu álbum de estreia, “O Outro Lado do Rio”, em todas as plataformas digitais

 IVYSON lança seu álbum de estreia, “O Outro Lado do Rio”, em todas as plataformas digitais

 

Ouça ou baixe aqui: https://bfan.link/o-outro-lado-do-rio

 

O cantor e compositor pernambucano já disponibilizou dois singles e clipes do novo trabalho. Confira!


 

“Esquina” (https://youtu.be/xwAlDYzqvyc



“Quando não havia mais ninguém / Me chama pra dançar” (https://youtu.be/CNn3OEaBET8)


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O cantor e compositor pernambucano IVYSON lança seu álbum de estreia, “O Outro Lado do Rio” (selo Babel), nesta sexta-feira (10/6), em todas as plataformas digitais. O trabalho conta com 10 faixas, a maioria composições de IVYSON, e a produção de Viktor Judah. Com apenas quatro anos de carreira, o cantor já reúne quase 170 mil ouvintes mensais só no Spotify. Com muita personalidade, sua música apresenta uma sonoridade essencialmente brasileira com ecos de produção da música pop atual.  

 

O artista já disponibilizou dois singles/clipes do novo trabalho: “Esquina”, inspirada nas ruas do Recife, que retrata a boemia a uma sonoridade ímpar. Assista ao clipe: https://youtu.be/xwAlDYzqvyc. E o single duplo “Quando não havia mais ninguém / Me chama pra dançar”, que conta uma história de amor e desencontro; Assista ao clipe: https://youtu.be/CNn3OEaBET8.

 

IVYSON deu seus primeiros passos na música ainda criança. No bairro onde morava, em Recife, ficou conhecido por estar sempre tocando e cantando suas composições. Em 2018, deu início a um canal no YouTube para poder compartilhar suas canções gravadas no celular. A mistura de gêneros musicais, o sotaque forte e as letras contundentes tornaram-se seu grande diferencial. O artista em pouco tempo foi ganhando público. Com “Girassol”, uma de suas primeiras composições, lançada sem pretensão nenhuma, com arranjo, voz e ukulele, começou a ganhar bastante visibilidade, mais seguidores e ouvintes.

 

O sucesso online ajudou IVYSON a fazer seus primeiros shows em eventos pelo Recife. No final de 2019, lançou sua mixtape chamada “Poemas Para Quem Chora”, totalmente digital. Após vários singles e colaborações em outros projetos, deu mais um passo na carreira com o seu mais recente EP, “Retalhos”, produzido em casa durante o período de isolamento social.

 

Para saber mais:

“O Outro Lado do Rio” - IVYSON

 

Alexandre Matias

 

Uma guitarra melancólica, contemplativa e doce, solta no espaço, dá o tom que Ivyson atrela à sua musicalidade. Depois surge sua voz, como o segundo som que escutamos no álbum O Outro Lado do Rio. “Quando não havia mais ninguém”, ele canta o título da faixa de abertura sobre a base instrumental, ainda sem nenhum acompanhamento. São os dois elementos que o fizeram cantar: seu timbre bucólico e acolhedor e o eco elétrico de acordes abertos tocados, primeiro no violão, e depois na guitarra.

 

À medida em que a música vai evoluindo surgem novos instrumentos - teclados, bateria, baixo, percussão, outros vocais - e Ivyson vai explorando possibilidades que vão da batida bossa nova a vocalises de soul music, passando pelo canto falado do rap, guitarras indie… Timbres acústicos, orgânicos, eletrônicos e elétricos que vão se misturando enquanto a música busca novos limites.

 

Mas em momento algum - nem na primeira faixa, nem em todo o disco -, ele esquece sua célula de origem, que é o encontro de sua voz com o violão. Sempre foi isso desde o início: ganhou o instrumento quando completou doze anos de idade e aprendeu a tocá-lo compondo suas próprias canções. “Eu não aprendi músicas dos outros, em vez de aprender uma música do Djavan, eu fazia uma música minha, que era uma forma que tinha de absorver aqueles acordes”, recorda o compositor pernambucano.

 

Não que não houvesse influências externas. Nascido numa família religiosa, ele ouviu muita música deste meio e cita o pastor Feliciano Amaral como uma referência musical, passado por um de seus avôs, enquanto o outro lhe trazia referências musicais de fora da igreja, como Fernando Mendes e Bezerra da Silva. “Sempre misturando gospel com música secular e isso fazia uma sonoridade boa na minha cabeça”, lembra o cantor.

 

E foi fazendo músicas próprias, sem pensar em ser artista, que ele foi conquistando fãs entre os amigos. Alguns deles o chamavam para tocar em eventos, só com seu violão, cantando músicas dos outros e aos poucos experimentando tocar suas próprias músicas. Outro criou uma conta para ele publicar as suas próprias músicas no YouTube. Mas foi quando ele publicou uma delas no Instagram que as coisas começaram a mudar.

 

Ivyson tinha 18 anos quando publicou seu primeiro hit. “Girassol” foi gravado do jeito mais precário possível, mas ele lembra dos detalhes daquele dia primeiro de abril de 2018. Compôs a música pela manhã, usou o celular da mãe para gravar e publicar na rede social (pois seu próprio celular estava no conserto) e gravou com o ukulele pois não estava com seu violão. Foi dormir e no dia seguinte seu post tinha mais de 300 curtidas - e ele havia ganho algumas centenas de seguidores. “Foi quando eu vi que eu tinha que ser artista mesmo”.

 

O sucesso online aos poucos o levou a fazer mais shows em eventos pelo Recife, mas sempre tocando timidamente com seu violão num canto, arriscando aos poucos suas próprias composições à medida em que ia se tornando conhecido online. A chave virou quando foi fazer um show em uma universidade e na hora de cantar “Girassol” ouviu muita gente repetindo o refrão sem que ele nem havia cantado-o nenhuma vez. “Essa música tem uma magia que eu não sei explicar”, confessa o cantor.

 

Ele seguiu compondo músicas sem parar, sempre criterioso e deixando várias para trás para focar nas que considerava melhor acabadas. Juntou 400 reais para comprar beats e gravar sua primeira mixtape, Poemas Para Quem Chora, em 2019, começando a pensar em fazer seus primeiros shows. E entrou em 2020 com a feliz notícia que havia ganho dinheiro com música: um amigo, também compositor, perguntou quanto ele havia ganho naquele mês. Ivyson, que não havia feito nenhum show próprio nem havia prensado a mixtape para vender, não fazia ideia que poderia receber dinheiro pelas execuções de suas músicas nas plataformas digitais. “E quando vi, tinha 50 reais na minha conta!”, comemora.

 

2020 começava promissor, mas a pandemia acabou por, naturalmente, brecar seus planos. Ele passou alguns meses sem inspiração, até que usou o próprio momento trágico que todos atravessamos como gancho para falar sobre saudade e solidão, com a mixtape Retalhos. Sem poder encontrar outras pessoas, o jeito foi, como a maioria dos artistas brasileiros, fazer lives. E seguiu fazendo lives - e estas ajudando-o a crescer cada vez mais.

 

Foi quando ele decidiu gravar seu primeiro álbum. Ele já tinha alguns produtores em mente quando viu que um deles, o amazonense Viktor Judah, que ele já seguia nas redes sociais, gravou uma música sua. Eles não se conheciam e essa foi a deixa para Ivyson procurá-lo. O produtor encontrou tempo em sua agenda e os dois gravaram o que se tornaria o disco O Outro Lado do Rio à distância - Ivyson no Pernambuco e Judah no Amazonas.

 

O resultado é um disco surpreendente, que vai para além das referências clássicas citadas pelo cantor e compositor. Ivyson é muito ligado na música contemporânea atual e cita nomes como os indies Billie Eilish (e seu irmão Finneas) e Ben Kessler como influências diretas no disco, além de brasileiros como Tuyo e Terno Rei, e do rap como um todo, mais em termos de produção e canto do que propriamente inspirado em algum artista.

 

O Outro Lado do Rio é um disco doce que não esconde nem seu romantismo nem sua ingenuidade afetiva e conquista o ouvinte justamente por isso. Contrapondo uma sonoridade essencialmente brasileira a ecos de produção da música pop atual, ele mistura soul music, MPB clássica, rap moderno, dance music, indie rock e R&B, com autoria suficiente para não lembrar algum artista específico. Isso chama-se personalidade - e Ivyson tem de sobra.

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