[Crítica] A Rota Selvagem - 42ª Mostra Internacional

Sinopse:
Charley (Charlie Plummer) é um menino de 15 anos que vive com o pai solteiro em Portland, Oregon. Na procura pela tia desaparecida há muitos anos, Charley consegue um emprego de verão como treinador de cavalos e acaba fazendo amizade com um cavalo de corrida chamado Lean on Pete.

O que eu achei?
Nada de novo na história geral... o garoto perde tudo e todos a quem já amou. Abandonado pela mãe ainda bebê, vive com o pai, um cara modesto, que sai com uma mulher atrás da outra (algumas casadas), vivendo uma vida simplória e mudando de cidade, de estado a cada par de meses. Charlie tem uma tia, que sempre representou um porto seguro em sua vida, mas que está sumida há anos, após ter uma briga grande com seu pai. 

Charlie começa a trabalhar para um criador de cavalos de corrida, e se apega aos animais que cuida. Mas logo descobre que a vida de um cavalo de corrida é muito curta e ingrata. Não há espaço para machucados ou animais lentos. Se ele não for perfeito, é descartado.

Depois de se envolver com mais uma mulher casada, o pai de Charlie morre em decorrência de uma briga, e ele está sozinho no mundo. 

Na tentativa de salvar a si mesmo e ao cavalo de uma morte certa, eles fogem juntos. Charlie precisa desesperadamente achar a única família que lhe resta: sua tia, mesmo sem saber exatamente como encontrá-la. Após muitas noites fugindo, andando pelo deserto, e passando fome e sede, num trágico acidente, Charlie perde seu amigo de quatro patas, ficando, mais uma vez, sozinho.

Seguindo sua trajetória cheia de altos e baixos, Charlie aprende que não é fácil a vida de um sem-teto. 

Clichê após clichê, o filme se salva por suas cenas melancólicas, boas paisagens, e um grande sensibilidade por parte do diretor, para mostrar a história de um menino de 15 anos sozinho no mundo. É fácil nos fazer chorar, sofrer junto com ele. Choramos por seu pai, pelo cavalo, pelos percalços que passa na vida. É um filme bem intimista, vimos os acontecimentos pelos olhos do garoto, sua ingenuidade para com as pessoas e fatos do mundo adulto e cruel.

É sem dúvida um filme de entretenimento muito bom e bonito. Sensível. Mas nada além disso. 

Trailer:

Escrito por Ana Margareth

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