[News]Felipe de Oliveira enaltece a dimensão política dos afetos no seu segundo álbum “Terra Vista da Lua”

 Felipe de Oliveira enaltece a dimensão política dos afetos no seu segundo álbum “Terra Vista da Lua”



O cantor mineiro Felipe de Oliveira lançou, na última sexta, dia 8, o segundo álbum da carreira, intitulado “Terra Vista da Lua”, com participação especial de Laila Garin, bem como lyric video da faixa “Balada do Lado sem Luz”, releitura de canção composta por Gilberto Gil.


O renomado cantor baiano inspirou o título do disco “Terra Vista da Lua”, quando escreveu, na ocasião da chegada do homem à Lua, os versos da canção Lunik 9: "Poetas, seresteiros, namorados, correi / É chegada a hora de escrever e cantar / Talvez as derradeiras noites de luar". O autor se referia ao desencanto da Lua, que, uma vez desbravada, não conservaria seu mistério para servir de inspiração aos artistas e apaixonados. A Terra, observada da Lua, inaugurava um ponto de vista que possibilitava analisar o seu inteiro, do lado de fora. 


O projeto, assim, reúne sobretudo um repertório de canções inéditas de autores da nova cena musical brasileira, quase todos conterrâneos e contemporâneos ao intérprete mineiro. As faixas são ambientadas num cenário distópico que reflete sobre como posicionamos nossos afetos no mundo moderno, diante de questionamentos que perpassam o impacto dos recentes usos da tecnologia nas relações humanas, o paralelo entre evolução civilizatória, estética e ética, e os enigmas não alcançados pelo pensamento científico. 


Felipe dedicou-se às relações de afeto em sua dimensão política, alinhado a um viés anticapitalista e amparado por seus estudos de filosofia e psicanálise sobre o tema. O artista, no entanto, em vez de ser literal, objetivo ou afirmativo, preferiu partir de indagações, que se fazem presentes de forma poética nas canções. O cantor descreve que teceu uma “alegoria de ficção lírico-científica”, fazendo, da metáfora sobre o mundo distópico, elementos que nos fazem abordar nossa própria existência de uma maneira mais humana.


“Penso que fiz um disco para amar, o que é uma forma de dizer: cantar é erótico. Canto sem precaução. Esse é um álbum sobre a necessidade de ouvir o próprio desejo, de estarmos atentos para com os engôdos que se apresentam para nós, de ter coragem para amar e cuidado de si. É um disco sobre a profundidade, sobre o que faz luzir na escuridão. Encaro-o como uma exaltação ao outro que habita em nós e nos comanda. Tenho um amigo que sempre me lembra que ‘alguma liberdade só é possível quando assumimos que não há liberdade alguma’. É à existência do outro que devo a minha própria; à invasão do outro, que me constitui, me amplia, me liberta e me limita. Que me força à escolha. O outro que me causa, sem que eu sequer suponha, já que a lógica o ignora, e por quem me responsabilizo.”


Entre as participações especiais, figura a cantora e atriz Laila Garin (protagonista de Elis, a Musical) na canção “Encontro Nosso”, composta por Laura Catarina, filha do cantor e compositor Vander Lee. Também a presença de Babaya Morais no coro da faixa “Irmão”, ao lado de Gabriel Mestro. Já a inédita “Eu Queria Tanto Fazer um Samba” tem letra de Dan Nakagawa, autor recorrente no repertório de Ney Matogrosso. 


Entre as faixas já divulgadas, “Descasos” e “Irmão” ganharam seus próprios registros audiovisuais que conversam com a temática do disco, explorando a relação do sujeito com uma alteridade que o habita. Também há releitura da canção “Balada do Lado Sem Luz”, de Gilberto Gil, que ganha lyric video. 


Assista aqui: https://www.youtube.com/watch?v=HzzSS-4lucg 




“Terra Vista da Lua” traz produção de Barral Lima, viabilizado através da Lei Aldir Blanc e de uma campanha de financiamento coletivo, com lançamento pelo selo Under Discos. A gravação aconteceu ao vivo no estúdio, com a construção de arranjos feita coletivamente, ao lado dos músicos André Milagres e João Paulo Drumond, cuja relação de afeto inscreveu-se no álbum. A direção artística é do próprio Felipe de Oliveira.

O segundo disco da carreira do artista sucede “Coração Disparado”, que figurou entre os 100 melhores da música brasileira de 2018, pelo site especializado Embrulhador. O projeto circulou por festivais, em cidades do interior de MG e capitais, ao lado de importantes nomes da música brasileira, como João Bosco, Filipe Catto, e Maria Beraldo.


Ouça “Terra Vista da Lua” nas principais plataformas digitais aqui: https://ingroov.es/terra-vista-da-lua 


Ficha técnica:

Voz e Direção Artística: Felipe de Oliveira

Produção Musical e Baixo: Barral Lima

Guitarra e Violão de 7 cordas: André Milagres

Bateria e Percussões: João Paulo Drumond

Arranjo: André Milagres, Barral Lima, Felipe de Oliveira e João Paulo Drumond

Engenharia de som, gravação, edição, mixagem e masterização: Henrique Soares

Assistente de gravação: Samuel Souza

Produção de A&R: Rodrigo Brasil

Gravado no Estúdio Ultra e lançado pelo selo Under Discos


Repertório:
1) DESCASOS

(Juliano Antunes)

2) IRMÃO

(Tom Custodio) 

Participação de Babaya Morais e Gabriel Mestro no coro

3) BALADA DO LADO SEM LUZ

(Gilberto Gil)

4) CARA DA ESQUINA

(Dé de Freitas e Guilherme Borges)

5) BABY

(Nobat)

6) EU QUERIA TANTO FAZER UM SAMBA

(Dan Nakagawa)

7) ENCONTRO NOSSO

(Laura Catarina) 

Participação especial da cantora Laila Garin

8) TERRA DE LADEIRAS

(Tátio Abreu)



Acompanhe o artista:

https://www.instagram.com/avozdofelipe/ 

https://www.youtube.com/felipedeoliveira 

Nenhum comentário