[News]Lupin: série, cinema e mangá.

Daniel Bydlowski

Lupin: série, cinema e mangá

O personagem da arte dos disfarces conseguiu enganar até mesmo cenicamente em relação a como já foi interpretado

 


Daniel Bydlowski*

Nem sempre um bom livro ganha fama internacional, mas a série baseada em suas histórias sim! Este é o caso de Luppin, fenômeno originalmente produzido Netflix e criado por Geroge Kay em colaboração com François Uzan e inspirado nas obras do escritor francês Maurice Leblanc.

No suspense policial estrelado por Omar Sy, o ator interpreta Assane Diop, filho de um imigrante senegalês que busca vingança após uma injustiça ter resultado em uma tragédia familiar. Para alcançar este objetivo, Diop, utiliza as artimanhas que aprendeu com o personagem do livro que ganhou de seu pai, Arsène Lupin. Após a estreia da série, muitos se perguntaram se a narrativa era condizente com as histórias de Leblanc. Por isso, vou trazer um pouco do original.

O personagem foi criado por Maurice Leblanc em 1905, como uma encomenda da revista Je Sais Tout.  A ideia era contrapor o sucesso do detetive inglês Sherlock Holmes com a mesma sagacidade, mas outra abordagem, e então nasceu o meticuloso mestre em roubos e disfarces. Leblanc não só gostou de criar o contrário, como também criou uma disputa entre eles, mas claro que sempre com a vitória do ladrão de casaca no final. Isso lhe causou problemas por direitos autorais ao usar o nome do famoso detetive em suas histórias. Para dar continuidade as suas comparações, o escritor francês passou a usar, Herlock Sholmes.

Fora a famosa rivalidade, Leblanc também cativou seu público com sua narrativa repleta de deboches a burguesia francesa, inclusive Lupin jamais roubou dos menos favorecidos.

Além de seriado, Lupin já foi filme de cinema, mangá e anime. E aí, preparado para as próximas aventuras?

Sobre o cineasta: O cineasta brasileiro Daniel Bydlowski é membro do Directors Guild of America e artista de realidade virtual. Faz parte do júri de festivais internacionais de cinema e pesquisa temas relacionados às novas tecnologias de mídia, como a realidade virtual e o future do cinema. Daniel também tenta conscientizar as pessoas com questões sociais ligadas à saúde, educação e bullying nas escolas. É mestre pela University of Southern California (USC), considerada a melhor faculdade de cinema dos Estados Unidos. Atualmente, cursa doutorado na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos. Recentemente, seu filme Bullies foi premiado em NewPort Beach como melhor curta infantil, no Comic-Con recebeu 2 prêmios: melhor filme fantasia e prêmio especial do júri. O Ticket for Success, também do cineasta, foi selecionado no Animamundi e ganhou de melhor curta internacional pelo Moondance International Film Festival.

PR/CA

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