[Crítica] Máquina do Desejo - Os 60 Anos do Teatro Oficina

Sinopse: Em seis décadas, o Teatro Oficina fez mais que revolucionar a linguagem teatral no país: a influência estética da companhia de José Celso Martinez Corrêa estende-se do Tropicalismo à renovação das linguagens audiovisuais brasileiras a partir dos anos 1960. O filme revisita uma história que envolve personalidades como Caetano Veloso, Glauber Rocha, Lina Bo Bardi, Chico Buarque e Zé do Caixão, aproxima arte cênica, ecologia, arquitetura e sexualidade, e mistura arte e vida na busca de uma linguagem verdadeiramente brasileira. Estreia mundial.

O que achei? O documentário dirigido por Lucas Weglinski e Joaquim Castro, exibido no 26º Festival É Tudo Verdade, conta a história do Teatro Oficina Uzyna Uzona, liderada por Zé Celso e suas seis décadas de experimentalismo, anarquia, perseguições e censura contra o teatro que oferecem reflexões sociais e políticas sobre esses eventos que refletem o clima de cada década da história do teatro.

O documentário mostra um grande material de imagens de arquivos, entre bastidores, entrevistas, depoimentos, trechos das peças apresentadas no teatro, etc., de forma provocativa e lúdica, trazendo o espectador para dentro do documentário, assim como o Teatro Oficina faz ao trazer o público para dentro de suas peças.

Máquina do Desejo é um registro histórico de resistência contra o regime militar, grandes corporações e o governo de São Paulo. Os diretores mostram o Teatro Oficina como um órgão vivo e intenso de forças artística, social e política.

O documentário é uma obra essencial ao tratar de forma dinâmica e efetiva a história de um dos maiores legados teatrais do país. 
 
 
Direção: Lucas Weglinski e Joaquim Castro. Brasil. 
 
120 min.
 
Idioma: português.

Classificação indicativa: 16 anos 
 
Trailer:  
 

 Escrito por Michelle Araújo Silva
 

 


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