[News] Projeto Cozinha & Voz- Atrizes Elisa Lucinda e Geovana Pires apresentam sarau de formatura da primeira turma para assistentes de cozinha voltado a transexuais

RIO DE JANEIRO – No dia 12 de dezembro, o Senac Copacabana terá, às 16h, a formatura da primeira turma do projeto Cozinha&Voz, voltado para a formação profissional de  homens e mulheres trans no curso de técnicas para Auxiliar de cozinha. O sarau de formatura será apresentado pelas atrizes Elisa Lucinda e Geovana Pires e é organizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Ministério Público do Trabalho (MPT), Senac RJ, a chef Paola Carosella e a Casa Poema.

Com o curso de Técnicas para auxiliar de Cozinha, os alunos tiveram acesso às técnicas básicas de limpeza, corte, pré-preparo, cozimento, apresentação e armazenamento de alimentos, além de postura e comportamento profissional para trabalhar em cozinha. Dessa forma, o Senac RJ busca colaborar com o ingresso desse grupo no mercado de trabalho para que consigam exercer tarefas com melhor geração de renda.

O Cozinha&Voz faz parte de um amplo Projeto de Promoção do Trabalho Decente para Pessoas em Situação de Vulnerabilidade que visa promover a empregabilidade de pessoas em grupos de risco que sofrem as mais diversas discriminações e preconceitos (racial, gênero, social, orientação sexual), com o objetivo de incluí-las no mercado de trabalho decente e seguro.

O projeto baseia-se em dois componentes. O componente Cozinha conta com a coordenação técnica da cozinheira Paola Carosella e com o apoio de Neide Rigo e Fernanda Cunha. Já o componente Voz, coordenado pela atriz e poeta Elisa Lucinda e pela atriz e diretora Geovana Pires, é composto por uma oficinas de uma semana, na qual alunos e alunas, por meio da poesia, criam novas ferramentas para a comunicação no trabalho, acessam sonhos e constroem novos caminhos. O Projeto mobiliza ainda empresas para garantir a empregabilidade dos egressos do curso.

De São Paulo para todo o Brasil. A primeira turma do Cozinha&Voz foi organizada com 25 pessoas transexuais, em São Paulo, em outubro de 2017. Nos anos seguintes, o projeto avançou pelo Brasil e foram organizadas novas turmas em: Salvador, para 24 jovens negros(as) na comunidade do Calabar; Goiânia, para 35 pessoas transexuais; Campo Grande, para mulheres em situação de violência doméstica e em privação de liberdade; São Paulo, 96 pessoas transexuais; e em Porto Velho para 38 homens e mulheres transexuais e mulheres em situação de violência.

Em cada local e com cada grupo, são realizadas atividades e cursos específicos, como rodas de conversa sobre legislação, saúde, retificação de documentos, direitos trabalhistas, elaboração de currículos, dança, arte, música, fotografia, entre outros.


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