[Divulgação] Ter livros é crime! Denuncie


TER LIVROS É CRIME. DENUNCIE!”. O aviso está estampado em placas por toda parte, perseguindo os protagonistas de O Silêncio dos Livros. A partir do argumento de que os livros seriam “antidemocráticos” por supostamente “congelarem a visão do autor”, países de todo o mundo passam a proibi-los. Livrarias são atacadas, bibliotecas incendiadas e, neste novo mundo, não há espaço para escritores e leitores.

Estatuto da Incineração de Publicações
Art. 33 – Constitui crime possuir, trazer consigo, ter em depósito, guardar, ocultar, adquirir, escrever, editar, publicar, vender, expor à venda, oferecer, importar, exportar, remeter, transportar, entregar ou fornecer livros impressos. (p.122)

Escrita pelo Doutor em Ciências Jurídicas, promotor e fotógrafo Fausto Luciano Panicacci, a obra é lapidada em uma prosa poética carregada de referências literárias. Nela, o leitor acompanha a chegada do misterioso Santiago Pena a Vila Nova de Gaia, em Portugal, onde conhecerá Alice, uma garota desprezada pelos pais. Sonhadora e apaixonada por histórias, a “menina” – como é chamada pela família – fica obcecada por um caderno de anotações que Santiago carrega e acidentalmente deixa cair.

Nas páginas desse manuscrito, o leitor mergulhará na vida de Hilário, jovem aspirante a arquiteto que se envolve numa briga de bar, da qual resulta a morte de um rapaz. Acusado de um crime que alega não ter cometido e oprimido por um sistema que busca rastrear um possível “gene criminoso”, Hilário travará contato com António, editor que contrabandeia livros do Brasil para Portugal.

De maneira surpreendente, as histórias de Alice, Santiago, Hilário e António interligam-se à de Elizabeth, fotógrafa que luta para que a lei que proibiu os livros não afete também a fotografia. Juntos, eles arriscam a liberdade para manter um perigoso segredo.

A narrativa perpassa ainda a perturbadora atração que um estrangeiro exerce sobre a mãe e a irmã da menina, e a admiração e inveja que ele desperta no pai da garota, abordando temas como a manipulação genética, escolhas randomizadas, identidade e esgarçamento das relações pessoais num mundo sem livros.

Enquanto o mundo decretava a morte dos livros, tentando silenciá-los, eles resistiam: longe do burburinho quotidiano, do barulho das cidades, das buzinas dos carros, do ruído dos aparelhos, do falatório vazio, o silêncio dos livros não era de morte, como se buscava impor-lhes, mas de música. O silêncio tinha sons, e os livros iam conclamando, em cochichos, à leitura, e celebrando, aos gritos, a vida. O silêncio dos livros cantava. O silêncio dos livros era a própria música. (p.113)

Em meio a suspense e aventura, o livro carrega profundas reflexões sobre os paradoxos da condição humana. Alternando-se entre a perspectiva de uma curiosa menina e a de um enigmático homem, O Silêncio dos Livros trata de amor, paixão, amizade, egos, dores latentes e cicatrizes, e é, sobretudo, uma autêntica declaração de amor à Literatura.

Ficha técnica:
Título: O Silêncio dos Livros
Autor: Fausto Luciano Panicacci
ISBN: 978-85-8442-392-7
Páginas: 256
Formato: 16×23 cm
Preço impresso: R$39,90
Preço e-book: R$29,90


Sobre o autor: Fausto Luciano Panicacci é Doutor em Ciências Jurídicas pela Universidade do Minho (Portugal). Formado em Direito (Largo São Francisco, USP), estudou Fotografia, História do Cinema e História da Arte. Além de O silêncio dos livros (romance), é autor de Naufrágios (coletânea de contos e poemas), e de obra jurídica. Promotor de Justiça e escritor, foi professor de pós-graduação no GVLaw da FGV/SP. Integra os grupos literários O que restou e Library.


Um comentário:

  1. Oi, achei super intrigante a premissa do livro. Além de apontar para as feridas da sociedade. Realmente genial!
    www.sramaia.blogspot.com

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