[News] Itaú Cultural recebe o lançamento de Cadernos Negros 45, série iniciada em 1978, como vitrine para expressão da literatura afro-brasileira

 Itaú Cultural recebe o lançamento de Cadernos Negros 45, série iniciada em 1978, como vitrine para expressão da literatura afro-brasileira


 

Criada pelo escritor Cuti e Hugo Ferreira, e produzida e distribuída pelo coletivo cultural Quilombhoje Literatura, a publicação reúne nesta edição 56 autores e autoras de diferentes estados do país, mantendo-se como uma vitrine para a expressão literária afro-brasileira. Para celebrar o lançamento, o Itaú Cultural realiza, ao longo de dois dias, vasta programação, leitura de poemas e apresentações de música e dança

 

 

 

O Itaú Cultural recebe nos dias 20 e 21 de abril (sábado e domingo) o lançamento do 45º volume dos Cadernos Negros (Quilombhoje Literatura. 376 páginas. R$ 60). A publicação que, neste ano, completa quatro décadas e meia de criação tornou-se uma vitrine para a expressão literária afro-brasileira e reveladora de artistas como a escritora Conceição Evaristo.

 

A programação de celebração desta nova edição conta com a participação de mais de 40 dos 56 autores e autoras que integram o caderno, além de bate-papos sobre literatura negra com escritores como Cuti, Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa e Oluwa Seyi, slam de poesia, performance de dança e apresentações musicais como o pocket show do Clube do Balanço.

 

As apresentações são gratuitas, como toda a programação do Itaú Cultural. As reservas devem ser feitas pela plataforma INTI – acesso pelo site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br.

 

O volume 45 de Cadernos Negros consolida a trajetória dessa iniciativa, que estimula o imaginário e o protagonismo pretos na literatura, tendo um papel importante na luta contra o preconceito e por justiça social. Ao longo dessas mais de quatro décadas de atividade, vem sendo produzida de forma cooperativa, ficando a cargo do Quilombhoje a organização de cada edição, sob coordenação de Márcio Barbosa e Esmeralda Ribeiro.

 

O livro estará à venda durante toda a programação presencial, e poderá ser adquirido virtualmente a partir do dia 25 de abril, pelo link https://linktr.ee/quilombhoje/store.


 Programação

No dia 20 de abril (sábado), a venda dos livros começa a partir das 18h, no Piso Térreo do IC, e às 19h dá-se a largada ao lançamento com breves apresentações dos autores sobre suas criações que integram o livro, além da leitura de poemas, apresentações musicais e de dança.

 

Neste roteiro, a cantora Liah Jones faz uma performance musical, tendo ao fundo a projeção de fotos dos autores e autoras e da capa de Cadernos Negros 45O ator Andrio Cândido e a atriz Luzia Rosa interpretam poemas curtos e os professores de dança Vini Xavier e Mildred Oliveira fazem uma performance de samba-rock. A noite fecha com um pocket show do Clube do Balanço.

 

No domingo, 21, a programação tem início às 18h com um bate-papo sobre a trajetória de Cadernos Negros, com a participação de alguns dos autores e autoras. Há apresentações, ainda, do Slam Diverso, performance do DJ Hum e do Rapper Tio Fresh.

 

Nos dias anteriores ao lançamento de Cadernos Negros, o Itaú Cultural apresenta uma dupla programação musical que dialoga com a publicação, ao ter em comum a palavra. Na quinta-feira, dia 18, às 20h, o show é de Estela Ceregatti, que interpreta músicas autorais, releitura de clássicos da música brasileira e dos países de fronteira com o Brasil, além de músicas de gêneros regionais de Mato Grosso, como o Siriri e o Rasqueado. Já na sexta-feira, dia 19, os músicos Lincoln Antonio e Salloma Salomão apresentam Babalaio-laio, show que reúne músicas inéditas da dupla, dando voz a diferentes musicalidades e histórias dos Brasis.

 

Cadernos e Quilombhoje

Cadernos Negros é uma série literária independente de textos afro-brasileiros, concebida durante os anos 1970, em um contexto de movimentos efervescentes de afirmação e autoestima da população negra. Uma onda de luta pela equidade de direitos se espalhava pelo planeta combatendo a discriminação racial.

 

No Brasil, esse fator combativo foi intensificado pelo acesso da população negra às universidades. O surgimento de novas entidades de ensino superior no período permitiu que uma pequena parcela daquela população ingressasse, mesmo que timidamente, nos espaços de formação cultural e de ensino. Entre esses estudantes estava o escritor Luiz Silva, conhecido como Cuti, então aluno do curso de Letras da Universidade de São Paulo (USP).

 

Para Cuti e seus colegas, o que se apresentou como oportunidade acabou sendo uma experiência de desencanto: o curso de Letras não contemplava a cultura afro-brasileira e os textos literários com temática racial não eram bem recebidos nem pelos colegas nem pelas editoras. Para eles, ficou claro que, com viés afro-brasileiro, só interessavam autores já consolidados ou personagens estereotipadas a serviço da mentalidade dominante.

 

Para reverter a situação, Cuti se juntou aos colegas que partilhavam essa sensação de deslocamento, para questionar o pouco prestígio da literatura afro-brasileira no Brasil. Posteriormente batizado Quilombhoje, o grupo passou a desenvolver debates que promoviam consciência sobre o apagamento da figura do negro e sua representação distorcida nos discursos literários.

 

Buscando preencher esse espaço, Cuti e Hugo Ferreira conceberam o primeiro conceito do Cadernos Negros: uma publicação independente de antologias com a temática do “ser negro no Brasil” e espaço de expressão em que coubessem as mazelas da população de cultura afro. A dupla se uniu a outros sete autores-estudantes e juntos financiaram a primeira edição do projeto.

 

Hoje, alguns exemplares da série encontram-se disponíveis para leitura na biblioteca do Centro Cultural São Paulo – CCSP. Entre elas, a primeira edição – que contou com a publicação de oito autorxs, sendo duas mulheres – e uma seleção à parte, de dois volumes (Os Melhores Poemas e Os Melhores Contos), traduzida para o inglês.

 

SERVIÇO

Lançamento Cadernos Negros 45 – Poemas afro-brasileiros

Dia 20 de abril (sábado), às 19h, e dia 21 (domingo), às 18h

Na Sala Itaú Cultural (Piso Térreo)

Capacidade: 224 lugares

Duração: 180 minutos

Classificação Indicativa: Livre, segundo autodefinição

Entrada gratuita. As reservas de ingressos têm início sempre na quarta-feira da semana anterior às sessões, a partir das 12h, através plataforma INTI – acesso pelo site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br   

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PROTOCOLOS:

- É necessário apresentar o QR Code do ingresso na entrada da atividade até 10 minutos antes do seu início. Após este horário, o ingresso não será mais válido.

- A bilheteria presencial abre uma hora antes do evento começar, para retirada de uma senha para posteriormente ser trocada pelos ingressos de pessoas que não compareceram.

 

FILA DE ESPERA:

Os ingressos reservados valem até 10 minutos antes do início da sessão. Quem não conseguiu reservar o seu, pode comparecer ao Itaú Cultural no dia do evento e esperar por possíveis ingressos remanescentes. A fila começa a ser organizada uma hora antes do começo da atração e, caso haja desistência, os ingressos serão distribuídos às pessoas da fila por ordem de chegada.

 

Itaú Cultural

Avenida Paulista, 149, próximo à estação Brigadeiro do metrô

De terça-feira a sábado, das 11h às 20h.

Domingos e feriados 11h às 19h

Informações: pelo telefone (11) 2168.1777 e wapp (11) 9 6383 1663

E-mail: atendimento@itaucultural.org.br

Acesso para pessoas com deficiência física

Estacionamento: entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108.

Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.

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ASSESSORIAS DE IMPRENSA:

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Cristina R. Durán: (11) 9 8860 9188 

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Larissa Corrêa: (11) 9 8139 9786

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Mariana Zoboli: (11) 9 8971 0773

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Roberta Montanari: (11) 9 9967 3292  

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Programa Rumos Itaú Cultural:

Carina Bordalo: (11)98211-6595

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Pelo livro:

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