[Crítica] Não Se Aceitam Devoluções

Sinopse:
“Juca Valente (Leandro Hassum) é dono de um quiosque no litoral de São Paulo e só quer saber de diversão. Eterno namorador, ele detesta grandes responsabilidades e não pensa em ter nada sério com ninguém. Mas sua vida toma um rumo totalmente diferente quando uma ex-namorada americana larga um bebê com ele e desaparece. Juca então parte para os Estados Unidos na intenção de devolver a criança, sem nem imaginar que começaria a gostar da ideia de ser pai.”

O que eu achei:
Divertido e emocionante! É bem interessante ver o Leandro Hassum em um papel mais dramático num filme, mas sem deixar de lado seu jeito brincalhão de sempre.

O filme é uma adaptação do longa-metragem mexicano “No Se Aceptan Devoluciones” (que aqui no Brasil traduziram como “Não Aceitamos Devoluções”), do diretor e ator Eugenio Derbez e roteiro de Guillermo Ríos. Com o sucesso atingido pelo filme mexicano, a produção brasileira resolveu criar uma versão nacional. Mas o Brasil não foi o primeiro a adaptar o filme mexicano. O cinema francês lançou em 2017 sua adaptação, de título “Dos Son Familia”.

Resumindo o início do filme, Juca é um cara que só quer saber de mulheres (sem ter compromisso) e diversão (somente coisas que não ofereçam nenhum risco a ele). Seu sobrenome é Valente, mas poderia muito bem ser “Medroso”, pois ele evita qualquer coisa que o deixe com medo, sempre dando a desculpa de ser cauteloso, e não medroso. Tudo começa a mudar quando de repente uma de suas ex-namoradas chega em sua casa com uma bebê nos braços Ela alega ser filha dele, deixa a menina lá e vai embora para os EUA. Sem saber o que fazer, Juca resolve ir para os EUA com o objetivo de devolver a filha e voltar para a sua tranquila vida no Brasil. Mas chegando lá tudo muda.

O filme começa com esse drama, depois passa para comédia (sem perder o drama) com a divertida relação entre pai e filha, e finaliza com um drama de desfecho inesperado. É filme pra rir, pra se emocionar, e pra refletir sobre como é importante saber aproveitar a vida, principalmente quando se trata da relação entre pais e filhos.

Um ponto negativo: a louca e improvável cena em que Juca pula da varanda de um andar alto e cai na piscina, sem acontecer nada com ele. Mas, ignorando esse fato típico de filmes de ação exagerados, vale a intenção da cena, de mostrar que apesar de ser um grande medroso, Juca pode se tornar valente se isso envolver a vida de sua filha. E a mensagem que fica da cena (e do restante do filme) é: o que você faria por um filho? (Tudo!)

Além da grande atuação de Leandro Hassum, como Juca Valente, vale destacar a bela atuação da atriz mirim Manuela Kfouri, no papel de Emma, a filha de Juca. Também gostei do fato de o filme ter diálogos em três línguas diferentes: português, espanhol e inglês. 

Apesar do filme não ser de um roteiro original brasileiro, é importante salientar a evolução do cinema nacional, com longas cada vez mais bem produzidos como o “Não Se Aceitam Devoluções”. Quando estrear vou assistir de novo!

Data de estreia: 31 de maio de 2018.


Por Victor Monteiro

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