[Crítica]: O anjo

Sinopse:
Carlitos é um adolescente que faz sucesso com seus cabelos loiros e o jeito de galã de cinema. Desde menino, cobiçava as coisas de outras pessoas, mas foi no início da adolescência que descobriu seu verdadeiro talento para roubar. Quando conhece Ramon em sua nova escola, embarca com ele em uma jornada de descobertas, amor e crime. Por causa de sua aparência angelical, Carlitos passa a ser conhecido como “O Anjo da Morte”.

O que eu achei?
Baseado numa história real, “El ángel”, com a direção do argentino Luis Ortega, encenado pelo novato Lorenzo Ferro, o longa conta a história de Carlos Alberto Puch, que é o preso mais antigo da história argentina, além de ser o segundo maior assassino do país, Carlos foi acusado de fazer mais de 40 roubos na Argentina. 

Quando o filme inicia-se vemos Carlitos, apelido que vemos muitas vezes ao longo do filme, vasculhando uma casa que invadiu e o que me chamou a atenção é que o primeiro roubo do filme não foi dinheiro ou algo com valor, mas sim, um disco LP que o jovem tinha colocado para tocar no tocador de discos da propriedade.

Em seguida, os pequenos crimes se intensificam, de invasões até chegarem a assassinatos por toda a extensão do filme. Vale ressaltar que parte desse desenvolvimento dessa personagem colossal é graças a sua amizade com o sedutor Ramon, interpretado por Chino Darín, que apresenta, juntamente ao seu pai, uma arma de fogo ao Carlos. 
A partir daí, Carlitos engaja não só em pequenos roubos, mas como também, roubos de cargas maiores e mais simbólicas financeiramente falando, e assassinatos a sangue frio, o ator conseguiu transmitir toda essa frieza de Puch, graças ao papel, ganhou prêmios de melhor ator no Festival de Havana e Fenix de 2018. 
   
Vamos evidenciar que além da participação acima, de Darín, a obra traz uma “brincadeira” que tenta argumentar que as personagens Ramon e Carlos são homossexuais, mas infelizmente não foi explorado de fato a temática e deixa um furo, uma dúvida sobre o que realmente aconteceu com os protagonistas.
E claro, como não comentar sobre a trilha sonora: Com músicas da época (Anos 70) não deixou a desejar, trazendo certo divertimento a fotografia acinzentada que o filme tem. No final do filme entendemos (caso não conheçamos a história) por qual motivo “O anjo”, seu rosto angelical e seus cachos loiros levou as pessoas e mídias a chamarem o menino de “O Anjo da Morte”.

O filme no Brasil foi distribuído pela Pagu Pictures, que tem um lema de dar voz ao novo, acreditam que filmes são feitos para pessoas mesmo que essas não esperem isso e com certeza foi o que o filme me fez sentir: Eu não esperava gostar tanto da história de um criminoso argentino.

Trailer:


Nenhum comentário