[Resenha] As Mais Belas Histórias - Volume 2

Sinopse: Reunindo textos de Andersen, Grimm e Perrault – como A bela adormecida, O gato de botas, A pequena sereia – muito conhecidos do público e outros não tão conhecidos, os volumes 1 e 2 de As mais belas histórias são antologias de uma das formas literárias mais importantes de todos os tempos: os contos de fadas. Nesta edição, oferecemos aos leitores a tradução das versões originais de histórias que nos ajudam a crescer, a superar nossos medos e aflições: o frio que sentimos na barriga, os sustos e a descoberta de saídas que vivenciamos durante a leitura são importantes para nossa formação e compreensão da vida. Talvez seja por isso que, há vários séculos, essas histórias encantem geração após geração no mundo inteiro e tenham recebido tantas versões.
Neste livro você vai encontrar: Cinderela; João e o pé de feijão; As doze princesas dançarinas; Rumpelstiltskin; A rainha da neve; O rouxinol e o imperador da China; A pequena sereia.

O que eu achei?
Eis que finalmente leio a antologia de contos de fadas “As Mais Belas Histórias – Volume 2”, que reúne os contos dos Irmãos Grimm, Anderssen e Perrault, no livro lançado pela Editora Autêntica. E mais uma vez foi uma viagem incrível.
Tão acostumado as adaptações da Disney desses contos, a leitura dos originais sempre traz surpresas e assombros, além de significados bem mais profundos e complexos que suas açucaradas adaptações, mesmo em história que são bem curtinhas. Neste livro temos 7 contos, incluindo os famosos Cinderela, A Pequena Sereia e Rumpelstintskin, de um jeito às vezes mais sombrio, às vezes mais simples e direto.
O lúdico e o mágico, óbvio, continuam presente, e com força. Mas os contos vão além da magia de luzes e raios. São mais subjetivas em alguns momentos, mais folclórico e mitológico, talvez, mesmo com bruxas e fadas.
A edição continua linda como no volume anterior, com uma diagramação que remete um pouco aos livros antigos, e ao início de cada conto, uma ilustração de página inteira nos apresenta a história que vem a seguir.
Ensinamentos morais estão por toda parte, com pitadas de auto-estima e aceitação, levando o leitor não apenas numa viagem fantástica, mas também num passei de autoconhecimento e aprendizado. Uma leitura rica, para toda e qualquer idade.
É muito interessante ver a diferença na escrita de cada autor, mesmo que em essência eles sejam um pouco semelhantes – sejam em ambientação ou significados. A diferença em alguns contos em relação as adaptações “disneyanas” chegam a ser assustadoras – vide o conto “A Pequena Sereia”, que é de longe, o mais sombrio.
Mesmo se em alguns momentos a escrita e o desenvolver das história se tornem um pouco lentas, o tamanho curto delas compensam e tornam a experiência muito mais interessante.