[Crítica]Oscar 2017-Moonlight, sob a luz do luar

Três momentos da vida de Chiron, um jovem negro morador de uma comunidade pobre de Miami. Do bullying na infância, passando pela crise de identidade da adolescência e a tentação do universo do crime e das drogas, este é um poético estudo de personagem.

O que eu achei?
Em Liberty City, Miami, o traficante de drogas Juan encontra Chiron, um garoto se escondendo de um bando de valentões.Ele permite que Chiron passe a noite com ele e sua namorada Teresa, antes que volte para casa e para sua mãe, Paula. Acontece que a mãe de Chiron tem problemas emocionais e não dá muita atenção para ele. Ele e Juan se tornam amigos mas um dia Chiron descobre que Juan é o fornecedor de drogas para sua mãe.
O filme avança alguns anos e mostra a adolescência de Chiron.Ele evita seu colega de classe Terrel, que implica com ele e passa seu tempo livre com Teresa,após a morte de Juan.Uma noite, ele sonha que seu amigo Kevin transa com uma mulher na varanda da casa de Teresa.Na noite seguinte, Kevin o visita na casa de praia e enquanto eles conversam sobre seus planos e acabam se beijando e se masturbando.
Alguns anos depois, já adulto, Chiron é um bem-sucedido traficante de drogas em Atlanta. Ele recebe ligações frequentes de Paula, que pede para visitá-la em uma clínica de reabilitação. Uma noite, Kevin liga para ele e o convida para visitá-lo em Miami para resolver uns problemas do passado.

O vencedor da categoria Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (Mahershala Ali) e Melhor Roteiro Adaptado é um relato da vida de Chiron, um jovem negro e gay. Três épocas de sua vida são mostradas através de seu ponto de vista: pré-adolescência, adolescência e juventude.

Moonlight-sobre a luz do luar é uma lição sobre aceitar nossos limites, nos conscientizar sobre a militância negra gay que começou na era Reagan (o filme se passa nos anos 80) e está mais forte do que nunca hoje. Nota 7,5. Só não dou uma nota mais alta porque fica meio monótono em algumas cenas.
Curiosidade: Tanto o diretor , Barry Jenkins,quanto o autor da peça em que o filme é baseado, Tarell McCraney cresceram no mesmo bairro de Miami, estudaram na mesma escola primária e tiveram mães viciadas em drogas mas não se conheciam! Acabaram emprestando um pouco de si para o personagem.

Trailer:


6 comentários:

  1. Oi,fico pensando aqui por quantos percalços um pobre,negro e gay,passa durante toda a sua vida...
    Já sofrendo bullying desde a infância...
    Vi apenas alguns trechos do filme e não tem como não se emocionar apenas assistindo um pouquinho.

    Gostei do enredo e assim que der ,pretendo assistir!

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  2. Clara!
    Com tanto sofrimento que o protagonista passa, deve ser um bom filme a ser assistido, e também fala de preconceito, assunto bem em alta, mas ainda acho que outro filme era merecedor o Oscar...
    “Não há nada bom nem mau a não ser estas duas coisas: a sabedoria que é um bem e a ignorância que é um mal.” (Platão)
    cheirinhos
    Rudy

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  3. Oi Clara
    Também achei que é um filme relativamente morno. Ganhou o Oscar pela temática em si. Não sabia deste fato sobre os diretores, muito interessante.
    Beijos

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  4. eu não assisti esse filme
    é o tipo de filme que eu gosto de assistir em casa, pois é uma história mais lenta.
    como eu não assisti não posso dizer se mereceu ou não o oscar
    achei interessante o fato do diretor e do ator crescerem perto um do outro e não se conhecerem

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  5. Oi Clara!
    A vida de Chiron não foi nada fácil, passando por bulling, mãe com problemas com drogas, negro e ainda ter que enfrentar o preconceito por conta de sua orientação sexual. Não é o tipo de filme que eu iria ao cinema assistir, mas quando sair em outras mídias, adoraria poder acompanhar essa história.
    Beijos!

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  6. Eu não sabia que os direitos tinham passado por esse tipo de coisa. Ei na verdade não tenho aquela intenção de ver o filme embora ele tenha ganhado a categoria de ouro na premiação, eu tava mesmo era trocando pra la la land kkk Talvez um dia eu assisti mas o interessante não é pra agora.

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