[Crítica] A cláusula do amor

 

Sinopse:

Retrata a história de uma ídolo feminina que é processada por sua agência por violar seu contrato ao quebrar a regra de não namoro escrita em seu contrato, o que leva a um processo judicial.








                            O quê eu achei?

Dirigido por Koji Fukada, aclamado diretor japonês conhecido por filmes como Hospitality (2010) e Harmonium (2016), que lhe rendeu o Prêmio do Júri na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes, A cláusula do amor é um interessante retrato da dura realidade dos ídolos de J-Pop, a indústria pop japonesa.

Mai Yamaoka(Kyōko Saitō) é uma das cinco integrantes do Happy Fanfare, um popular conjunto de J-Pop. Ela é uma estrela em ascensão, porém sua carreira é posta em perigo quando sua gravadora descobre que ela está em um relacionamento com um fã e resolve processá-la por violar a cláusula do contrato que proíbem os artistas de namorarem.O julgamento começa.

Gostei da forma como temas importantes como identidade, a pressão e a rigidez que os artistas de J-Pop sofrem, o culto às celebridades e a misoginia são retratados.

O longa começa mostrando a líder Nanaka(Yuna Nakamura) que é rechaçada pelos fãs quando estes descobrem que ela pode estar namorando; a produção chega a dizer para ela; "Nós estamos aqui para cuidar e proteger você. Mas se você cometer atos egoístas como esse, não poderemos te ajudar."

Ela acaba tendo que deixar Mai assumir o posto de líder, embora sua sucessora trilhe o mesmo caminho e acaba se relacionando com Kei (Yuki Kura, o Yoshii Nakagado, filho de Lorde Toranaga, da série Shogun, da FX)e acaba tendo que se defender perante o tribunal.

Também curti o fato das ameaças dos stalkers ser mostrado-há uma cena em que um "fã"(entre aspas porque quem é de verdade não faz essas maluquices) tenta incendiar o centro de convenções após sofrer uma rejeição.

Embora não apresente nenhuma solução definitiva para esses problemas, o filme é uma tentativa válida de mostrar a realidade.Vale a pena ser conferido. Foi exibido na seleção Cannes Première em 2025.

Estreia nos cinemas brasileiros em breve.



                         Trailer:







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