[Resenha] O coletor de espíritos

Quando a chuva aflige o vilarejo de Véu-Vale pelo terceiro dia consecutivo, as ruas iluminadas por tochas ficam desertas; as janelas, uma a uma, se fecham; nesses dias, quem caminha pelas ruas de Véu-Vale caminha sozinho. Em O coletor de espíritos, novo romance de Raphael Draccon, um dos principais nomes da literatura de fantasia nacional, Gualter Handam, antigo morador do vilarejo e hoje um psicólogo prestigiado, se vê obrigado a retornar ao local que povoa seus pesadelos. Depois de tantos anos, ele terá de encarar antigos fantasmas e enfrentar uma força desconhecida e furiosa, numa jornada de sacrifício e redenção que poderá finalmente libertar todo um povo das garras do medo.
O que eu achei?
"O Coletor de Espíritos" é um livro sombrio. Conta a história de Véu-Vale, um vilarejo macabro onde a iluminação vem de tochas e a água vem da chuva, mas a chuva também tem seus maus presságios. Toda vez que a chuva cai de forma incessante, no terceiro dia consecutivo coisas ruins acontecem em Véu-Vale. As pessoas sabem que no terceiro dia de chuva é preciso trancar as portas porque o pior viria, mas o que seria esse pior? Um espírito?

A história começa nos apresentando situações onde pessoas que viram a morte diante de seus olhos, mas uma dessas pessoas segue e vemos se tornar o protagonista da história. Gualter Handam, era um morador de Véu-Vale, mas seu destino o desvirtuou desse vilarejo sombrio. Gualter se torna um psicólogo de renome, mas por acaso do destino ele se vê tendo de voltar a Véu-Vale para resolver pendências não somente com as pessoas, mas consigo mesmo.

Em Véu-Vale vemos personagens de diversas características e por ser um vilarejo pequeno e antigo, as pessoas apostam suas crenças em lendas urbanas, isso faz com Gualter tente usar a razão para justificar os acontecimentos do terceiro dia consecutivo de chuva.

Uma história com uma excelente premissa, um sobrenatural muito bem elaborado mas não tão bem executado. Draccon nos apresenta diversas histórias simultaneamente e que se entrelaçam até o desfecho da história, mas existem muitas dúvidas em relação ao sobrenatural do livro e isso demasiadamente cansa a leitura e se torna monótona. Por outro lado, o suspense do livro é bem escrito com o protagonista vivenciando experiências sobrenaturais em sua própria pele.

Escrito por Leonardo Alves

5 comentários:

  1. Olá! O enredo parece ser bem interessante, mas não curto muito o gênero, tenho um certo receio de me decepcionar com a história.

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  2. Comprei esse na Bienal e ainda não tive tempo de ler, será meu primeiro livro do Draccoon! Ansiosa

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  3. Juro que não imaginava que esse livro se tratava de um assunto que amo: terror/sobrenatural. O julguei sem nem mesmo ter dado uma olhada antes. Gostei da resenha, mas quando tiver oportunidade de ler, terei cuidado, por saber que a leitura pode cansar e se tornar monótona.

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  4. Olá Leonardo.
    A premissa do livro é interessante, com essa combinação entre sobrenatural e terror.
    Deve ser difícil encontrar explicações para o que acontece no terceiro dia de chuva quando a população do vilarejo acredita e propaga a crença em lendas urbanas.
    Bjs

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  5. Essa capa está linda, aaaah!
    Bem que estou tentando me aventurar entre os livros de terror e suspense, esse sendo mais básico de repente funciona para mim.
    Gostei muito da resenha, uma pena o livro não ser tudo que promete, talvez, tenha prometido muito, mas não soube manter o equilíbrio. Bjs!

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