[Crítica] Totto-Chan: A menina na janela
Sinopse:
No filme Totto-Chan: A Menina Na Janela, Totto-Chan é uma garota de 7 anos que, por levar uma vida fora do tradicional, é expulsa de uma escola primária. A partir disso, a história passa a girar em torno da Tomoe Gakuen, uma instituição infantil onde as crianças podem explorar livremente seus interesses, mesmo com um Japão prestes a entrar em guerra. No novo espaço, ela pode finalmente florescer e criar uma amizade leal com Yasuaki, um menino com poliomielite. Na animação, é possível aprender lições profundas sobre solidariedade e empatia.
O quê eu achei?
Produzido pelo Shin-Ei Animation-mesmo estúdio de um dos personagens mais famoso da cultura pop japonesa, o Doraemon- essa belíssima animação é baseada na vida de Tetsuko Kuroyanagi, conhecida pelo apelido de Totto-Chan. Ela é conhecida por ter sido a primeira mulher contratada pela NHK, a emissora pública japonesa. Em 1981, ela publicou sua autobiografia que se tornou um best-seller no Japão e três anos foi depois traduzida para o inglês, se tornando um best-seller em mais de trinta países.
Totto-Chan é uma menina hiperativa de 7 anos que acaba sendo expulsa da escola devido ao seu comportamento considerado problemático. Ela é admitida na Tomoe Gakuen, uma instituição de ensino que permite que as crianças sejam mais independentes do que as tradicionais. Com a ajuda do diretor Kobayashi(cuja voz no original é do aclamado Kôji Yakusho, de Dias Perfeitos) ela logo faz amizade com outras crianças, inclusive Yasuaki, um garoto que tem poliomielite. Conforme o Japão vai entrando na Segunda Guerra Mundial, o sentimento de insegurança se faz cada vez mais presente em suas vidas- por exemplo, ela não pode mais chamar seus próprios pais de mamãe e papai, e sim de okasan e otosan,da maneira formal, e eles não podem mais vestir roupas extravagantes ou chamativas na rua- a menina vai aprendendo importantes lições sobre empatia e responsabilidade.
O livro em que a animação é baseada foi escrito porque a autora temia que a evasão escolar se popularizasse ainda mais em seu país e ela resolveu compartilhar as memórias de sua infância para incentivar os jovens a voltarem aos estudos.Em 2023, depois de vender mais de 25 milhões de cópias ao redor do mundo, a obra entrou para o Guinness, o Livro dos Recordes, como a autobiografia (escrita por apenas um autor) mais vendida de que se tem notícia.A autora está atualmente com 91 anos e é embaixadora da UNICEF e é mundialmente conhecida por seus trabalhos beneficentes e de arrecadação para causas humanitárias.
Destaco não apenas a beleza visual da animação, como as paisagens tanto dos campos quanto das cidades-mas também a força do roteiro, que mostra situações facilmente identificáveis como a gincana e a adoção do pintinho, levando a pequena a saber lidar com a primeira perda.
Estreia nos cinemas com distribuição da Sato Company dia 9 de outubro.
Trailer:



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