Imagine um livro que não apenas se lê, mas se ouve. Que tem ritmo, respiração, pausas dramáticas e suspiros. Que convida o leitor a colar as orelhas nas páginas como quem encosta no fone para ouvir um segredo proibido. Assim é “A Vingança de Afrodite”, novo livro de Karen Acioly, que inaugura um gênero híbrido e sedutor: o podlivro.
No enredo, a deusa grega do amor e do desejo troca o mármore frio do Louvre por encontros quentes e digitais na arena contemporânea dos aplicativos. Entre matches, nudes, pôr do sol no Arpoador e crises de relacionamento, Afrodite revela suas confissões mais íntimas, alternando humor, ironia, erotismo e vulnerabilidade.
Longe de ser uma escultura mutilada, a Afrodite de Acioly é feita de pele e hormônios. Vive a tensão entre o amor romântico e o prazer imediato, desconstrói o mito do macho alfa, assume que toda deusa tem seu dia de mortal e coleciona histórias onde desejo, afeto e liberdade dançam juntos.
O texto, escrito como se fosse um roteiro de podcast, mistura oralidade e narrativa literária, criando um jogo de proximidade com o leitor-ouvinte. “ Foi impossível não ser fisgada pela voz dessa Afrodite – franca, ousada e irresistível – que conduz a trama como quem puxa pelo braço para contar a melhor fofoca da mitologia”, diz Acioly.
Adriana Falcão, uma das mais prestigiadas escritoras brasileiras, resume o impacto da obra:
“Comecei a ler, doida pra saber onde isso ia dar. E fui endoidando. Que texto à frente! Essa Afrodite da Karen é um vento de modernidade. Bora voar nesse vento.”
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