[News] Grupo Sobrevento estreia espetáculo para bebês A Casa que Espera, que fala de amor, paternidade e partidas
Grupo Sobrevento estreia espetáculo para bebês A Casa que Espera,
que fala de amor, paternidade e partidas
Temporada gratuita também inclui um ciclo de palestras sobre a primeira infância, uma oficina e um encontro com criadores internacionais dedicados ao teatro para bebês
Crédito: Marco Aurélio Olímpio
Em A Casa que Espera, um pai, uma mãe e uma tartaruga revelam – entre chás, jardins e malas de lembranças – o que levamos conosco ao longo da vida. E o que é preciso deixar partir.
Voltada para bebês de zero a seis anos, e seus familiares, o Grupo Sobrevento estreia a peça A Casa que Espera, no Espaço Sobrevento, em São Paulo, celebrando o amor de pais e mães e a delicada tensão entre apegos e liberdades. A temporada acontece entre os dias 15 de novembro e 14 de dezembro, com sessões aos sábados e domingos, às 11h e às 15h. A entrada é gratuita.
O espetáculo tem como mote a saudade da infância, a sensação de sermos filhos e do cuidado recebido dos pais quando pequenos. A encenação nasce da imagem poética da casa que deixamos para trás ao crescer, mas que continuamos carregando no imaginário — mesmo quando já construímos nossa própria casa e também precisamos, como nossos pais, aceitar a partida dos filhos.
A peça acompanha a jornada de um homem e de uma mulher lidando com a necessária partida da casa dos pais, em busca de construir uma casa e uma paternidade que verá novas partidas, a partir do crescimento e da independência dos filhos. Nesse processo, esses personagens revisitam as suas infâncias e memórias em busca da casa que um dia foi deles e tentam compreender o que será de sua nova casa.
Valendo-se da linguagem do Teatro de Objetos, da qual o Sobrevento é referência, A Casa que Espera, com poesia e delicadeza, utiliza objetos simples, como bules, xícaras, pratos e um pezinho de hortelã, para recuperar as memórias dos cuidados recebidos, dos gestos cotidianos e vínculos afetivos que nos formam como pessoas.
“Carregamos conosco a casa da infância, com a esperança de colocá-la em um lugarzinho especial, apenas esperando uma visita. E entrar em contato com os bebês é ser transportado para esse passado tão afetuoso” conta Sandra Vargas, autora do texto, que também dirige o espetáculo junto com Luiz André Cherubini, ambos em cena.
Para o grupo, a criação do espetáculo possibilitou muitas descobertas. “Nesse processo, nos entendemos como pessoas maduras que estão sonhando com o futuro. E, ao nos relacionarmos com os objetos, também tentamos desvendar um pouco mais quem somos. Afinal, o teatro é uma boa ferramenta para compreendermos a nós mesmos e o mundo”, reflete Luiz André.
Sobre a encenação
Na montagem, cenas como o chá preparado pelo pai, o jardim cuidado pela mãe e até a tartaruga que, um dia, partiu levando a sua casinha nas costas, costuram a reflexão sobre os ciclos da vida: nascer, crescer, partir, permanecer e, principalmente, deixar partir.
“Por isso, os personagens carregam uma pequena mala com objetos que remetem aos fragmentos das memórias. Dessa forma, eles podem construir uma nova casa, um novo lugar de acolhimento, incorporando elementos do passado que foram importantes”, acrescenta a diretora, dramaturga e atriz.
O espetáculo contou com uma equipe de criação de alto nível. A trilha sonora original, executada ao vivo, é assinada por William Guedes (vencedor de três Prêmios Shell), os figurinos por João Pimenta (vencedor dos prêmios Shell e Cesgranrio) e a iluminação por Renato Machado (vencedor dos prêmios Shell, Cesgranrio e Coca-Cola).
O Sobrevento busca, na criação dos seus espetáculos para bebês, garantir que um público historicamente excluído do meio cultural tenha acesso a um trabalho de alto nível artístico, assegurado pela irretocável carreira do Grupo e os 15 anos de investigação no campo do Teatro para Bebês. Essa pesquisa resultou em espetáculos de grande profundidade poética, amplamente reconhecidos pela crítica especializada, por programadores do Brasil e da Europa e pelo público, que invariavelmente lota as sessões.
“Existem poucos lugares dedicados aos bebês e, em muitas situações, as pessoas se incomodam com eles. Na peça, queremos que todos estejam livres para sentir, explorar o ambiente, acessar suas memórias, se emocionar”, afirma Cherubini.
A Casa que Espera configura-se como uma história sobre as heranças afetivas que carregamos — não nas mãos, mas no coração — e sobre como cada um de nós leva consigo, para onde for, a sua própria casa: feita de amor, cuidado, memórias e acolhimento.
Atividades paralelas
Interessados em discutir a responsabilidade da sociedade com a primeira infância e o papel da cultura na intermediação com outras pautas podem aproveitar uma intensa programação paralela ao espetáculo. Para saber os dias e horários de todas as atrações, basta acompanhar o Instagram @sobrevento.
Estão previstas cinco palestras que exploram a relação das crianças pequenas com o teatro, a cidade, o brincar, o meio ambiente e a alimentação, mediadas pela Cultura. O ciclo tem início no dia 10 de novembro, segunda-feira, às 19h30, com o tema “Cultura e Primeira Infância" e a presença da atriz Clarice Cardell, pioneira do Teatro para Bebês no Brasil, ao lado do Sobrevento.
O Sobrevento também organiza um encontro online e gratuito com criadores internacionais de teatro para a primeira infância. Artistas, educadores e pesquisadores do interior do estado e da capital estão convidados a participar dessa atividade, que também será transmitida online.
Por fim, também está programada a oficina presencial "A Poesia no Teatro para a Primeira Infância", com aulas nos dias 11, 12, 13, 18 e 19/11, das 18h30 às 21h30. O coletivo compartilha seu amplo conhecimento adquirido em contato com companhias de diversos países, por meio da realização de nove festivais internacionais de Teatro para Bebês e suas turnês no exterior.
Entre os temas abordados destacam-se as particularidades da construção de uma dramaturgia voltada para a primeira infância, a interlocução com programadores, pais e professores, e maneiras de amparar e acompanhar as apresentações.
O projeto é realizado pelo Ministério da Cultura e Governo do Estado de São Paulo - Secretaria da Cultura Economia e Indústria Criativas por meio do edital Fomento CULTSP PNAB no. 32/2024.
O Grupo Sobrevento
Ganhador do último Prêmio APCA de Teatro por sua pesquisa de quatro décadas com bonecos e objetos e por seu vínculo artístico com a sua vizinhança, o Sobrevento pesquisa o Teatro para a Primeira Infância há mais de vinte anos e é pioneiro desta iniciativa no Brasil. Ao longo dos anos, vem realizando palestras, debates, encontros, oficinas e apresentações de muitos dos maiores expoentes do gênero da França, Espanha, Itália, Dinamarca, Canadá, Chile e Uruguai e estabeleceu intercâmbios artísticos com grandes nomes do Teatro para a Primeira Infância. Realizou, desde 2010, dez edições da Mostra Primeiro Olhar - Festival Internacional de Teatro para Bebês nas cidades de São Bernardo do Campo e São Paulo. Em 2011 e em 2021, realizou, também dois Ciclos Internacionais de Teatro para Bebês, no Rio de Janeiro, em Brasília e em São Paulo. Com os espetáculos para bebês BAILARINA, MEU JARDIM e TERRA, apresentou-se em diversas cidades espanholas, bem como na França, Eslováquia e Chile.
Sinopse
Uma mulher e um homem deixam a casa dos pais, buscando construir a própria paternidade e a própria casa, que um dia verá a partida dos filhos em busca dos seus sonhos e destino. Na mala de todos os que partem, fragmentos de lembranças e pequenos objetos evocam os afetos que transformam casas em lares.
Ficha Técnica
Criação: Grupo Sobrevento
Direção: Luiz André Cherubini e Sandra Vargas
Texto: Sandra Vargas
Elenco: Sandra Vargas e Luiz André Cherubini
Figurino: João Pimenta
Direção musical: William Guedes
Iluminação: Renato Machado
Técnico de iluminação: Marcelo Amaral
Cenografia: Tellumi Helen (com uma ideia sussurada por Antonio Catalano)
Cenotecnia: Agnaldo Souza
Pinturas caixas cenográficas: Mandy
Programação visual: Marcos Corrêa | Ato Gráfico
Fotografia: Marco Aurélio Olimpio
Registro audiovisual e teaser: Icarus Filmes
Direção de produção e instrumentista: Maurício Santana
Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques, Carina Bordalo e Daniele Valério
SERVIÇO
A Casa que Espera
Data: 15 de novembro a 14 de dezembro, aos sábados e domingos, às 11h e às 15h
Local: Espaço Sobrevento - R. Coronel Albino Bairão, 42 - Belenzinho, São Paulo, SP
(perto do Metrô Bresser-Mooca)
Entrada gratuita - Reservas pelo e-mail info@sobrevento.com.br ou pelo whatsApp 11-966-258215
Classificação: Livre Duração: cerca de 40 minutos
Informações à imprensa
Canal Aberto Assessoria de Imprensa
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