[Crítica] Uma mulher diferente
Sinopse:
Uma Mulher Diferente acompanha uma brilhante documentarista chamada Katia que, aos 35 anos, trabalha numa produtora de documentários. Quando o assunto é amor, porém, a jovem ainda parece perdida, marcada por um histórico de relacionamentos caóticos. Um novo trabalho, entretanto, abre um mundo inédito para ela, que descobre que seu jeito diferente tem um nome. O diagnóstico de autismo liberta a pesquisadora, despertando-a para uma nova parte de si mesma. Ao dar forma aos seus sentimentos, Katia passa a navegar seu namoro com Fred e as relações ao redor de outra maneira.
O quê eu achei?
Lola Doillon(de A viagem de Fanny)nos entrega uma história sobre uma jovem que se descobre autista já adulta.
Katia(Jehnny Beth, a Marge de Anatomia de uma queda)é uma produtora de documentários de 35 anos que tem um histórico de relacionamentos amorosos um tanto caótico. Todos os seus ex-namorados tem um problema ou outro. Um dia, quando ela vai fazer um documentário sobre pessoas no espectro autista, acaba identificando alguns sinais em si mesma, e desconfiada que possa fazer parte dele, resolve fazer um teste e, de fato, recebe o diagnóstico. E tendo essa suspeita confirmada, ela passa a repensar toda sua vida, inclusive no emprego e com seu namorado Fred(Thibaut Evrard, de Bala Perdida).
Os principais pontos altos do filme são: a forma como o diagnóstico tardio é uma realidade para muitas pessoas no espectro, pois só no Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas recebem o diagnóstico após atingirem a maioridade. E o outro é que, embora a atriz não seja autista na vida real, ela não interpretou de forma estereotipada; pode-se ver que ela estudou para incorporar uma pessoa no espectro da forma mais fiel possível. Ao invés de retratar um autista da forma estereotipada, o filme mostra como o espectro é vasto e cada indivíduo é único. Há algumas cenas, como, por exemplo, uma que a mãe da protagonista, no momento em que a filha conta que é TEA, se recusa a acreditar por ela não apresentar comportamentos como evitar contato visual e bater a cabeça na parede, em que a diretora claramente apresenta como o espectro é diversificado.
É uma boa introdução para conhecer melhor as pessoas no espectro. Vale a pena ser conferido.
Estreia hoje, dia 16 de outubro, nos cinemas, com distribuição da Autoral Filmes.
Trailer:



Nenhum comentário