[Crítica] Dollhouse
O filme Dollhouse é um terror japonês, distribuído no Brasil pela Sato Company.
Com uma duração de 1h e 50 minutos, terá sua estreia no dia 06 de novembro nos cinemas nacionais. Foi o vencedor do prêmio Fantasporto 2025 na categoria filme fantasia, prêmio português criado em 1981.
O longa-metragem se passa no Japão, conta a história de uma família composta pela mãe, Yoshie Suzuki (Masami Nagasawa), o pai Tadahiko Suzuki (Koji Seto) e a filha Mei Suzuki (Totoka Honda). Em um dia comum, Mei e suas amigas estavam brincando de esconde-esconde pela casa da família Suzuki, em determinado momento, a mãe precisou se ausentar para ir ao mercado. Durante sua ausência, Mei acaba sofrendo um acidente e morre. Para tentar superar o trauma, Yoshie compra uma boneca em uma feira artesanal, cuida dela e a trata como se fosse sua filha falecida. Após algum tempo, o casal é agraciado com uma notícia feliz, uma nova gravidez. Com a vinda do bebê, toda a atenção que estava na boneca foi rapidamente realocada para o novo bebê e, com isso, a boneca ficou com ciúmes e começou a retaliar com inveja a filha do casal, a mãe guarda a boneca e por assim ela se mantém por 5 anos, quando Mai (Aoi Ikemura), a encontra e assim começa um novo inferno na vida da família.
O terror tem clichês atrás de clichês e isso não é algo ruim, não é um filme inovador, mas não acredito que seja essa a proposta e por isso é possível aproveitar o filme, recomendaria muito para os que estão iniciando a apreciação ao tema e para os que já estão acostumados, é uma película a ser apreciada.
Com alguns jumpscares, o maior impacto é na face de demônio da boneca, bem característico da caracterização japonesa, uma subversão de um lindo rosto em algo medonho.
Temos a dinâmica mãe que percebeu algo de estranho, o pai que ignora todos os sinais e percebe tarde demais que tem algo de errado e a criança que conversa com a boneca e jura que a mesma fala com ela. A construção do filme, em minha opinião, é bem executada, com todas as ações sendo justificáveis, como por exemplo, quando eles finalmente tiveram uma abertura para se livrarem da boneca, mas não o fizeram pois estavam curiosos por um fim, um ponto final para o final da boneca que tinha seus aparentes motivos para assombrar a família. Os desdobramentos são interessantes, como a história da boneca e os acontecimentos com aqueles que entram no caminho da boneca e sua maldição.
O final é amargo, algo muito recorrente em terrores japoneses, sendo possível ver em vários outros filmes do tema, diferente do cinema americano, que costuma sempre ter um final feliz. Para quem for assistir nos cinemas, não é necessário repertório para aproveitar o longa, mas esse tipo de terror é comum nas terras nipônicas devido às diversas lendas que o país possui sobre bonecas artesanais, sendo um ótimo tema a ser explorado em todos os momentos devido a sua relevância na cultura japonesa.

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