[Crítica] A Memória do Cheiro das Coisas
Sinopse:
Em A Memória do Cheiro das Coisas, um ex-combatente de guerra português é obrigado a viver num lar para idosos. Seu nome é Arménio e sua vida no exército português foi dedicada às guerras coloniais do país, em seu caso específico, o processo colonial na Angola. No asilo, Arménio conhece Hermínia, uma cuidadora negra que, enquanto toma conta do octogenário viciado em cigarros, levando-o a confrontar os fantasmas do seu passado e a vulnerabilidade do envelhecimento. Uma amizade inesperada entre os dois nasce e cresce nessa história delicada e íntima sobre assuntos urgentes como envelhecimento populacional, racismo estrututal e colonialismo.
O quê eu achei?
Armênio(José Martins) é um senhor português de 79 anos ex-combatente da Guerra Colonial em Angola, que é enviado para um lar de idosos. Ele é viúvo e pai de dois filhos, um casal,João(Pedro Lamas) e Isabel(Isabel Craveiro) mas apenas o filho o visita, pois não se dá bem com a filha. Quando seu cuidador Jefferson arranja outro emprego, ele conhece Hermínia(Mina Andala) e acaba criando um vínculo inesperado com ela.
Armênio é um idoso rabugento que sofre com traumas da guerra e no início, chega a destratar Hermínia, referindo-se à ela como "minha pretinha" ao que ela tentar colocá-lo na linha e em resposta, ele acaba se machucando para tentar acusá-la de maus tratos. Porém, conforme o tempo vai passando, uma amizade inesperada surge.
A memória do cheiro das coisas é uma bela história sobre a fragilidade da condição humana, especialmente da terceira idade, a inevitabilidade da morte e a importância das conexões. Dirigido por Antônio Ferreira, de Pedro e Inês: O amor não descansa e A bela América, esse é um filme que nos faz refletir sobre temas importantes.
Vencedor do prêmio de melhor ator, para José Martins, no Festival de Xangai.
Estreia nos cinemas dia 30 de outubro com distribuição da Sinny e da Muiraquitã Filmes.
Trailer:



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