[Crítica} Stella:Vítima e Culpada
Sinopse:
Em Stella: Vítima e Culpada, uma jovem garota judia chamada Stella Goldschlag (Paula Beer) vivia na Alemanha durante o período da Segunda Grande Guerra ao lado de seus familiares. Apesar da grande repressão frequente em seu país, ela nunca deixou de sonhar com uma incrível carreira como cantora de jazz que poderia ter em seu futuro. A empolgação com a ideia foi deixada de lado quando Stella precisou se esconder com seus pais por proteção, mas após serem capturados pelo Gestapo, sua vida mudou completamente. A policia secreta da Alemanha nazista oferece a garota uma condição de sobrevivência, mas para isso seria preciso trair todo seu povo e abandonar a sua ideologia.
O quê eu achei?
Stella Goldschlag(Paula Beer, de Undine,Frantz e Nunca deixei de lembrar)é uma jovem judia que mora na Alemanha pré-ascensão de Hitler. Mesmo sendo frequentemente reprimida por sua etnia, ela nutre um sonho de ser cantora de jazz e se apresenta em clubes, onde até faz sucesso. Mas quando ela é forçada a se esconder com sua família do regime nazista e serem capturados pela polícia Gestapo, eles fazem uma proposta que a fará rever todos os seus conceitos: Stella e sua família serão protegidos se ela fornecer informações- ou seja, delatar-outros judeus. Será que ela trairá seu povo?
Quando seu sonho é abruptamente interrompido, ela é forçada a trabalhar em uma fábrica de munições e a entregar outros judeus,fazendo-a questionar sua própria ética e moralidade.
Os dois grandes trunfos dessa produção dirigida por Killian Riedhof, são a atuação magistral de Paula Beer- que, como o próprio título diz, ora é retratada como vítima, ora como culpada- e a precisão com que o desespero da escolha tenha-a feito fazer essa escolha e como ninguém é 100% vilão nem 100% mocinho; todos estamos numa paleta de cinzas em tempos de desespero e luta pela sobrevivência.
O abismo moral de Stella é um tema espinhoso, mas necessário e faz o espectador se perguntar: o quão longe você iria para salvar sua família mesmo se tivesse que trair seu povo? E por quanto tempo aguentaria a culpa?
O filme não apresenta uma resposta definitiva para questões tão complexas- até porque ela não existe-e mostra que todos estamos sujeitos a fazer escolhas erradas em prol do que acreditamos ser certo.
Estreou nos cinemas com distribuição da Mares Filmes dia 19 de junho e segue em cartaz.
Trailer:
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