BUHR, Mundo Livre SA e Maciel Salú fazem show gratuito no Festival Bienal no Mangue, que celebra o legado e a vitalidade do manguebeat na 36ª Bienal de São Paulo

Foto: José de Holanda
Programação gratuita conecta o estuário recifense ao Ibirapuera em uma celebração musical da 36ª Bienal de São Paulo
A Fundação Bienal de São Paulo realiza, no dia 23 de novembro, o Festival Bienal no Mangue, um encontro com entrada gratuita que traz para o Pavilhão Ciccillo Matarazzo a força cultural, política e sonora do manguebeat. Inspirado pelo manifesto Caranguejos com cérebro, escrito em 1992 por Fred Zero Quatro, o festival incorpora a força transformadora do movimento, que propunha uma Recife conectada ao mundo por meio de antenas parabólicas fincadas na lama do mangue – metáfora que reverbera o conceito curatorial da 36ª Bienal de São Paulo – Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática.
Assim como o manguebeat ampliou o estuário dos rios Capibaribe e Beberibe para o mundo, o Festival Bienal no Mangue transporta esse imaginário para o estuário simbólico do Pavilhão da Bienal, ocupando a Praça das Bandeiras com apresentações de uma geração de artistas pernambucanos.
A cantora e compositora BUHR, conhecida por sua fusão de ritmos nordestinos com música eletrônica e poesia, abre a programação às 15h. Em seguida, às 17h, sobe ao palco Maciel Salú, rabequeiro, compositor e herdeiro de uma das famílias mais importantes da cultura popular de Pernambuco. Às 19h, a banda Mundo Livre S/A, liderada por Fred Zero Quatro, um dos criadores do movimento e autor do manifesto que inspirou o festival, traz uma sonoridade que permanece central para compreender a relevância e a atualidade do manguebeat.
Em razão da programação do dia, a exposição encerrará a visitação às 18h (última entrada às 17h30). Após esse horário, o público poderá acessar o show pela entrada da Praça das Bandeiras.
A Fundação Bienal de São Paulo agradece seu parceiro estratégico Itaú e seus patrocinadores máster Bloomberg, Bradesco, Petrobras, Vale, Citi e Vivo.
Esse projeto é realizado com recursos da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal.
Sobre BUHR
Compositora, cantora, escritora, atriz e artista visual, BUHR começou na música em 1992, como baiana do maracatu Piaba de Ouro e depois batuqueira do maracatu Estrela Brilhante do Recife. Tocou com Erasto Vasconcelos, Antônio Nóbrega, Eddie, Comadre Fulozinha, DJ Dolores. Lançou os álbuns autorais Eu menti pra você, Longe de onde, Selvática e Desmanche. Em 2010 ganhou o prêmio APCA de artista revelação. Lançou os livros Mainá (2022) e Desperdiçando Rima (2015). Atuou nos longas Lispectorante (Renata Pinheiro) e Meu nome é Bagdá (Caru Alves de Souza), no curta Velcro (Renata Pimentel, Carol Lima), compôs e cantou na trilha sonora da série Maria e o Cangaço (Sérgio Machado), criou trilha original da série Chabadabadá (Júlia Moraes e Tuca Siqueira). Integrou o Teatro Oficina, de Zé Celso Martinez Corrêa, entre 2000 e 2007, atuando em As Bacantes e nas cinco peças da montagem de Os Sertões. Os longas Alice Junior, Era uma vez Verônica, Irmã, Sequestro Relâmpago, o curta Enjaulados, o filme A Máquina, a série Clandestinos e Descolados também têm músicas de autoria de BUHR.
Sobre Maciel Salú
Maciel Salú é cantor, compositor, rabequeiro, pesquisador, mestre e brincante de diversos folguedos populares. Convive desde a infância em meio a maracatus, cavalos marinhos, cocos e cirandas. Na música desde 1997, iniciou carreira solo em 2003. Desde então participou de projetos e eventos como o Ano do Brasil na França (2005), Projeto Pixinguinha (2007), Europalia.Brasil (2010). Em 2023 lançou Ogum, sexto disco da carreira solo, com fortes referências da cultura popular, das religiões afro-indígenas, e da música caribenha e latino-americana. Maciel Salú é conhecido por fundir melodias ancestrais com a cultura do Nordeste e a música contemporânea. Em seus acordes, Maciel traz referências ao árabe e ao rebab norte- africano. Em 2010, foi indicado ao Grammy Latino na categoria melhor álbum regional de música brasileira com a Orquestra Contemporânea de Olinda.
Sobre Mundo Livre S/A
Grupo musical formado em Recife, Pernambuco, em 1984, o Mundo Livre S/A destaca-se por suas letras críticas e irreverentes, comunicadas em uma musicalidade que funde samba e outros ritmos brasileiros à cultura pop e rock internacional. O cantor e compositor Fred Zero Quatro – Fred Rodrigues Montenegro – propõe a criação de um conjunto sintonizado às tendências do pop mundial, com músicas dançantes e concebidas de uma mistura de estilos. Em tom de deboche, o nome do grupo é extraído dos discursos do ex-presidente americano Ronald Reagan, nos quais se refere aos Estados Unidos e seus aliados como o “mundo livre”. A sigla S/A, vinda do mundo dos negócios, confere um tom irônico. Além de seus irmãos Fábio Montenegro (baixo) e Xef Tony (bateria), participam da primeira formação Bactéria (Jadson Vale), nos teclados, e Otto, na percussão. Líder da banda, vocalista e principal compositor, Zero Quatro também toca guitarra, cavaquinho e violão. Esta formação instrumental indica uma sonoridade que vai além das fronteiras do rock nacional dos anos 1980, em geral refratário à mistura de timbres e gêneros.
Sobre a Fundação Bienal de São Paulo
Fundada em 1962, a Fundação Bienal de São Paulo é uma instituição privada sem fins lucrativos e vinculações político-partidárias ou religiosas, cujas ações visam democratizar o acesso à cultura e estimular o interesse pela criação artística. A Fundação realiza a cada dois anos a Bienal de São Paulo, a maior exposição do hemisfério Sul, criada em 1951, e suas mostras itinerantes por diversas cidades do Brasil e do exterior. A instituição é também guardiã de dois patrimônios artísticos e culturais da América Latina: um arquivo histórico de arte moderna e contemporânea referência na América Latina (Arquivo Histórico Wanda Svevo), e o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, sede da Fundação, projetado por Oscar Niemeyer e tombado pelo Patrimônio Histórico. Também é responsabilidade da Fundação Bienal de São Paulo a tarefa de idealizar e produzir as representações brasileiras nas Bienais de Veneza de arte e arquitetura, prerrogativa que lhe foi conferida há décadas pelo Governo Federal em reconhecimento à excelência de suas contribuições à cultura do Brasil.
Serviço
Festival Bienal no Mangue – Shows de BUHR, Maciel Salú e Mundo Livre S/A
dom, 23 nov 2025
15h, BUHR
17h, Maciel Salú
19h, Mundo Livre S/A
Praça das Bandeiras – Pavilhão Ciccillo Matarazzo
Fundação Bienal de São Paulo
Parque Ibirapuera · Portão 3 · São Paulo, SP
admissão gratuita
Em razão da programação, a exposição encerrará a visitação às 18h (última entrada às 17h30). Após esse horário, o público poderá acessar o show pela entrada da Praça das Bandeiras.
36ª Bienal de São Paulo – Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática
Curador geral: Bonaventure Soh Bejeng Ndikung / Cocuradores: Alya Sebti, Anna Roberta Goetz, Thiago de Paula Souza / Cocuradora at large: Keyna Eleison / Consultora de comunicação e estratégia: Henriette Gallus
6 set 2025 – 11 jan 2026
ter – sex e dom, 10h – 18h (última entrada: 17h30)
sáb, 10h – 19h (última entrada: 18h30)
Pavilhão Ciccillo Matarazzo
Parque Ibirapuera · Portão 3 · São Paulo, SP
entrada gratuita
Contato para a imprensa:
Fundação Bienal de São Paulo
Index
Piky - Mariana Candeias | Assessoria de BUHR
Grão Comunicação e Cultura | Assessoria Maciel Salú
Zeroneutro Recife | Assessoria de Mundo Livre S/A
O título da 36ª Bienal de São Paulo, Nem todo viandante anda estradas, é formado por versos da escritora Conceição Evaristo.
[News] BUHR, Mundo Livre SA e Maciel Salú fazem show gratuito no Festival Bienal no Mangue, que celebra o legado e a vitalidade do manguebeat na 36ª Bienal de São Paulo
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Paula Ramagem
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