[Critica] A última vez que fomos crianças



Sinopse:
Roma, 1943. Quatro crianças, incluindo Italo, filho de um líder fascista, e Riccardo, de uma família judia, formam uma amizade inseparável em meio à guerra. Quando Riccardo é capturado pelos nazistas, seus amigos embarcam em uma missão arriscada para resgatá-lo, viajando por uma Itália devastada. Paralelamente, dois adultos, Agnese e Vittorio, partem em busca das crianças, enfrentando desafios e diferenças pessoais. A jornada revela a inocência da infância contrastando com os horrores da guerra, culminando em um desfecho impactante.


O que eu achei?

Durante a guerra, algumas crianças brincam durante ataques e um mundo tomado por adultos apavorados. Crianças que apontam uns aos outros replicando o que aprendem com adultos, apontando judeus e julgando como errados. Estas crianças são: Ítalo, Vanda, Riccardo e Cosimo. Logo no começo do filme percebemos a diferença entre eles, mas tudo muda quando um deles desaparece de um dia pro outro,


Riccardo some durante a noite, não há nenhum sinal dele ou da família, ao adentrar em sua casa seus 3 amigos descobrem que ele recebeu uma carta por ser judeu e que deveria sumir. A inocência das crianças e de tantos que achavam que os judeus "apenas" seriam separados os levam numa busca extrema por seu amigo. 
Ítalo, filho de um general fascista, recita suas falas e tudo mais, mas obviamente apenas fica na brincadeira de xingamento com seu amigo que foi levado por soldados italianos para campos de concentração.
O trio decide ir em busca de Riccardo e começam uma longa caminhada entre linhas de trem, passando dificuldades que seriam absurdas até mesmo para adultos. Em sua busca encontram homens mortos pelo caminho, passam fome, sede e frio, mas nunca desistem de resgatar Riccardo.

Paralelo a isso, Agnese, freira e que cuida de Vanda como uma filha se une a Vitório, capitão e irmão de Ítalo em busca dos três fujões.
A partir daqui o filme fica dividido entre os meninos e os dois que buscam os três que fugiram, tem-se um breve encanto entre eles, mostrando química de casal. Num determinado momento quem acaba ajudando são as crianças que salvam a vida dos adultos.

O filme tem um roteiro enxuto, com falas pesadas sendo ditas e reproduzidas por crianças que ouviam absurdos como "judeu é inimigo e merece ser morto", até ter momentos engraçados e bem ajustados dentro do esperado. Enquanto temos uma busca por seus amigos, encontramos a sensibilidade no roteiro em cuidar das crianças, mas não deixa de chocar e ser triste. O final lembrou de alguns filmes com a mesma temática, que por tantas vezes fizeram nossos olhos lacrimejarem.
Vale o play e ser assistido, o filme é bem desenvolvido e não deixa nenhum fio solto.
  


Trailer:

  






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