[Livros] Prêmio Oceanos de Literatura em Língua Portuguesa 2025 anuncia os vencedores desta edição

 Prêmio Oceanos de Literatura em Língua Portuguesa 2025 anuncia

os vencedores desta edição





 

Os livros premiados pelo Oceanos de 2025 na categoria poesia e prosa são, respectivamente, Longarinasda alagoana Ana Maria Vasconcelos editado pela 7Letras e Ressuscitar mamutes, da paulista Silvana Tavano, em edição da Autêntica Contemporânea. Os livros finalistas de prosa e de poesia foram selecionados entre 3.142 concorrentes de 488 diferentes editoras do Brasil, de Portugal e dos países africanos de língua portuguesa

 

 

 

Os nomes vencedores foram anunciados nesta terça-feira, 9 de dezembro, no auditório da Biblioteca Mario de Andrade. Rodrigo Massi, diretor da instituição, abriu a noite, a coordenadora do prêmio e diretora da Oceanos Cultura, Selma Caetano, deu boas-vindas ao público e celebrou os 100 anos desta biblioteca lembrando as gerações de escritores, músicos e artistas, de várias nacionalidades, herdeiras de Mário de Andrade.

 

Este ano, o escritor e ativista indígena Daniel Munduruku participou da cerimônia, lembrando ao público a importância de se conhecer a literatura indígena do Brasil. “Isso é necessário para que a sociedade brasileira enxergue a si mesma pelo convexo do espelho e possa, assim, perceber o quanto tem perdido ao deixar tão ricos olhares fora da construção de uma identidade que se faz da nossa ancestralidade”, disse ele, ganhando aplausos da plateia.


Antes do anúncio, os 10 finalistas foram homenageados por uma apresentação artística dirigida pelo escritor, compositor e cantor Luca Argel, que criou uma melodia para cada livro. No palco, Luca declarou: “nunca tinha feito algo assim, foi um desafio incrível, como mergulhar num oceano, ler os 10 livros e encontrar as melodias dentro de cada um.” Participaram também da performance a cantora e compositora Iara Rennó, que cantou Elástica, canção criada por ela sobre poema de Mário de Andrade, e a percussionista Victória dos Santos.

 

Finalistas

Os livros finalistas de prosa e de poesia foram selecionados entre 3.142 concorrentes de 488 diferentes editoras. Eles passaram por três etapas classificatórias e foram lidos e avaliados por três júris formados por especialistas de três continentes, até chegar aos dois vencedores.

 

Coube à curadora do Oceanos por Portugal, Isabel Lucas, apresentar os finalistas portugueses: As Melhoras da Morte, romance de Rui Cardoso Martins e Vermelho delicado, contos de Teresa Veiga, ambos pela Tinta-da-China (Portugal); e Lições da Miragem, poemas de Ricardo Gil Soeiro (Assírio & Alvim – Portugal).       

 

Os livros africanos ficaram a cargo da professora da USP Rita Chaves, especialista em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa: A cegueira do rio, romance do moçambicano Mia Couto (pelas editoras Caminho – Portugal; Companhia das Letras – Brasil, e Fundação Fernando Leite Couto – Moçambique); Mestre dos Batuques, romance do angolano José Eduardo Agualusa (editoras Quetzal – Portugal; Tusquets – Brasil, e Elivulu Editora - Angola) e As Coisas do Morto, do poeta moçambicano Francisco Guita Jr., pela Gala-Gala (Moçambique) e Kacimbo (Angola).

 

O curador do Oceanos no Brasil, Manuel da Costa Pinto, falou dos livros brasileiros: Coram populo – Poesia reunida, de Maria do Carmo Ferreira (editora Martelo); O pito do pango & outros poemas, de Fabiano Calixto (Corsário-Satã), além dos dois vencedores.

 

Segundo o curador brasileiro Manuel da Costa Pinto, o vencedor de poesia, Longarinas (7letras, Brasil), quarto livro de Ana Maria Vasconcelos, privilegia a forma curta para tratar da passagem do tempo e da permanência; uma poesia que se organiza em torno do mínimo e da observação. A poeta alagoana foi semifinalista do Oceanos 2024, com o livro O rosto é uma máquina aquosa (Ofícios Terrestres).

 

Para Manuel, o vencedor de prosa, Ressuscitar Mamutes, segundo romance de Silvana Tavano, mescla os registros do ensaio e da ficção, cruza especulações e experiências científicas com o relato de uma experiência de luto. “O resultado é uma narrativa que aborda de modo imaginativo e comovente as possibilidades de lidar com o tempo, de fazer uma redenção e uma modificação do passado (e, portanto, do futuro) pela imaginação.

 

A cerimônia foi transmitida ao vivo pelo canal do Oceanos no YouTube https://www.youtube.com/@OceanosCultura 

 

O prêmio

A curadoria do Prêmio Oceanos é feita por Matilde Santos, de Cabo Verde, João Fenhane, de Moçambique, Isabel Lucas, de Portugal, e Manuel da Costa Pinto, do Brasil, com coordenação geral de Selma Caetano.

 

A cada ano, o Oceanos recebe um número maior de inscrições, de diferentes países. Novos recordes de inscrição são batidos tanto no Brasil, quanto em Portugal e nos países africanos, o que mostra não só a importância crescente do prêmio no calendário cultural internacional, como também o vigor literário da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. O histórico de inscrições do Prêmio de 2015 a 2025 está disponível no site: oceanosmapeamento.com.

 

O Oceanos é realizado via Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), pelo Ministério da Cultura, e conta com o patrocínio do patrocínio do Itaú Unibanco, da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas da República Portuguesa, o apoio do Itaú Cultural, da Biblioteca Nacional de Moçambique e do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde; e o apoio institucional da CPLP. O Prêmio Oceanos é realizado pela Associação Oceanos e pela Oceanos Cultura.

 

 

 

ASSESSORIAS DE IMPRENSA:

Pela curadoria Oceanos: 

Marise Hansen

mhansen@associacaooceanos.org

 

Pelo Itaú Cultural:

ConteúdoInk Comunicação

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