[Crítica] Make a girl
Sinopse:
Dirigido por Gensho Yasuda, o filme Make a Girl acompanha o jovem Mizutamari Akira, que dentro de uma jornada emocional inigualável, recorre à ciência para criar sua namorada, feita pela inteligência artificial. Dentro desse amor cibernético, ele passa a programar emoções a se desenvolverem dentro da garota, obrigando-a a sentir coisas em seu interior que jamais imaginaria ter. Em uma trajetória de tentar compreender seus valores e razões, em um despertar próprio ele irá descobrir se o que ela sente por ele é de fato amor ou outra coisa.
O quê eu achei?
Dirigido por Gensho Yasuda, um animador que ficou conhecido por seus vídeos no YouTube com garotas raposas e robôs, faz sua estreia na direção com esse anime que é baseado em sua light novel homônima(que, no momento em que escrevo essa crítica, ainda não foi publicada em português), Make a girl é um anime fascinante sobre IA e sentimentos.
Akira Mizutamari(voz de Shun Horie) é um jovem aluno do Ensino Médio que fez sucesso ao comercializar o SALT, um robô que faz as tarefas para facilitar as vidas das pessoas. Um dia, seu amigo Kunihito(voz de Toshiki Masuda) sugere que ele crie uma namorada para se tornar mais forte. O resultado é Zero, uma robô que a primeira vista, parece ser perfeita e submissa; porém, não demora muito e ela passa a se rebelar, a demonstrar sentimentos e a se questionar se seus sentimentos são genuínos ou programados.
O trabalho de Akira é a continuação do legado de sua falecida mãe, que também era cientista, e pesquisava formas de inteligência artificial.
A forma como a trama aborda temas como a complexidade do amor, os dilemas éticos da criação da vida e inteligência artificial, são retratados com profundidade. Conforme Zero vai ganhando autonomia e se tornando mais autoconsciente, ela passa a refletir se o relacionamento entre ela e Akira é verdadeira ou não passa de uma ilusão.
A animação é em estilo 3-D, algo que vem se tornando uma tendência entre filmes de animes nos últimos tempos. Particularmente, eu ainda prefiro o 2-D clássico, embora deva admitir que o modelo 3-D também tenha seus encantos.
Como não li a light novel, não posso traçar paralelos nem fazer uma comparação com a obra original, mas posso dizer que achei um trabalho bem criativo e original. Vale a pena ser conferido, especialmente pelos fãs de animação japonesa e para quem curte histórias como Eu, Robô e Ghost in the shell.
Estreia nos cinemas dia 13 de novembro com distribuição da Sato Company.
Trailer:



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