[Show] Artista indicada ao Grammy Latino 2025 faz show gratuito no Museu do Jardim Botânico nesta sexta (31), às 19h
Artista indicada ao Grammy Latino 2025 faz show gratuito no Museu do Jardim Botânico nesta sexta (31), às 19h
Juliane Gamboa disputa na categoria Artista Revelação, com seu álbum de estreia “Jazzwoman”, lançado pela gravadora Biscoito Fino
Foto: Isabela Espindola
Com voz magnética e alma jazzística, Juliane Gamboa vem despontando como uma das artistas mais singulares da nova música brasileira. A cantora e compositora indicada ao Grammy Latino 2025 fará show gratuito nesta sexta (31), às 19h, no Museu do Jardim Botânico. O público pode esperar um repertório que transita entre afrosambas, samba-jazz e improvisos, em um encontro poético entre liberdade criativa e a energia das florestas.
Juliane Gamboa foi indicada ao Grammy Latino 2025 na categoria Artista Revelação, pelo seu primeiro álbum “Jazzwoman”, lançado em novembro de 2024 pela gravadora Biscoito Fino. Produzido por Lucas Fixel, o disco reúne 13 faixas, entre elas a narração de “Vozes mulheres”, de Conceição Evaristo, e foi descrito pela própria artista como uma narrativa sobre o rompimento do silêncio da mulher preta e da busca pela libertação através da cura e do autoamor.
Aclamado pela crítica, “Jazzwoman” foi destacado por Mauro Ferreira (G1) e entrou na lista de 20 álbuns favoritos do ano de Guilherme Guedes (Multishow / BIS), que o definiu como “um amálgama conciso de jazz, blues e ritmos brasileiros, com canções urgentes que evocam o passado sem soar datadas”. O álbum também foi antecipado pelo single Lote XV, lançado pela Biscoito Fino, e sucede uma trajetória marcada por pesquisa, experimentação e parcerias relevantes.
Seu trabalho já a levou a programas como Experimente, do Canal Bis/Multishow, e Um Café Lá em Casa, do guitarrista Nelson Faria, além de apresentações com o Medusa Samba Jazz Trio e a curadoria musical do bar Medusa Urbana. Em 2024, foi uma das 20 artistas selecionadas para o prestigiado programa internacional OneBeat, nos Estados Unidos, colaborando com músicos de diferentes países. Na sequência, integrou a residência StopOver3, estreando em Berlim e depois se apresentando em Copenhague com a renomada DR Big Band.
Sobre Juliane Gamboa
A relação de Juliane Gamboa com a música começou cedo, em sua casa em Petrópolis (RJ), onde convivia com o pai percussionista e com a mãe, que a levava a shows. Cresceu no Morro da Cocada cercada por encontros musicais de família, churrascos e a presença constante do rádio. O samba foi a primeira grande referência, especialmente com o grupo Fundo de Quintal, mas sua formação também bebeu em influências como Elis Regina, Djavan, Esperanza Spalding e Jovelina Pérola Negra.
Ainda na adolescência, Juliane cantou em corais da igreja e começou a postar vídeos e áudios na internet. A princípio, tratava a música como um hobby, mas as conexões criadas a partir desse espaço virtual mostraram que sua voz poderia ir muito além. O impulso profissional veio quando passou a frequentar a Casa do Nando, no Centro do Rio, onde rodas musicais revelaram sua potência interpretativa e lhe renderam os primeiros convites para subir ao palco.
Em 2017, realizou seu primeiro show autoral. No ano seguinte, deixou o trabalho como arte-educadora para se dedicar integralmente à carreira musical. Vieram então participações em festivais, entre eles o Mississippi Delta Blues Bar, além de colaborações com artistas como Josiel Konrad, Zélia Duncan, Ana Costa e Preta Gil. Entre 2020 e 2022 integrou o Medusa Samba Jazz Trio e foi residente do programa MARES, do Instituto Oi Futuro, que resultou em um álbum coletivo com 25 músicos.
Seu repertório se expandiu com os singles Vambora e No Espelho, que anteciparam o que viria a se consolidar em “Jazzwoman”. No projeto, Juliane afirma sua identidade artística com força e delicadeza, aproximando o jazz de outras matrizes da música brasileira e reafirmando a centralidade da mulher negra em sua pesquisa poética e musical.
Informações para a imprensa:
Andrea Pessôa
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