A partir da próxima quinta (30), o CINE MATILHA apresenta dois grandes sucessos de público da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo do ano passado: o brasileiro MALU e o japonês SOL DE INVERNO, que são exibidos em sessões gratuitas.
SOL DE INVERNO fez sua estreia mundial na mostra Un Certain Regard, do Festival de Cannes de 2024, e, também, concorreu à Queer Palm, concedido a filmes com temática LGBTQIAPN+.
Escrito e dirigido por Hiroshi Okuyama, o filme é protagonizado pelo pequeno Takuya (Keitatsu Koshiyama), um menino sem amigos, que encontra na patinação artística um motivo de alegrias. Ele também conhece Sakura (Kiara Takanashi), sua parceira na patinação, e Arakawa (Sôsuke Ikematsu), seu técnico, e ambos transformarão sua vida.
“O jovem, Takuya, é o que mais se parece comigo. Eu mesmo pratiquei patinação no gelo na infância e guardei algumas lembranças disso. No entanto, o filme não é autobiográfico; é principalmente uma situação da qual tirei inspiração, especialmente o cenário gelado em que o filme foi concebido. No entanto, a história e os lances dramáticos são inteiramente originais”, contou o diretor em entrevista.
Já MALU foi o grande vencedor do Festival do Rio, e é escrito e dirigido por Pedro Freire, baseado na própria mãe do cineasta, a atriz Malu Rocha, que é interpretada por Yara de Novaes, também premiada com o Redentor, enquanto Juliana Carneiro da Cunha e Carol Duarte dividiram o troféu de atriz coadjuvante. O filme também ganhou o prêmio de melhor roteiro no evento carioca.
Malu é uma atriz que ainda vive de seu passado glorioso. Morando numa comunidade carioca, ela vive em crise, transitando entre momentos de euforia e depressão. Sempre em atrito com a mãe, ela também tem um comportamento instável. Decida a montar um centro cultural em sua casa, ele mergulha cada vez mais na arte, mas também numa profunda crise emocional.
“Quase tudo que acontece no filme aconteceu de alguma forma na vida real, mas é claro que toda memória é ficção. Nós estamos recontando a história ficcionalizada na nossa cabeça, então é um filme de ficção, mas muito baseado em fatos reais. Eu tomei algumas liberdades, por exemplo, tem muito de mim e da minha irmã na personagem Joana. A Joana é uma personagem que é uma mistura de Pedro e Isadora. Eu decidi fazer isso porque eu queria concentrar numa filha só, não queria ter dois filhos, e queria que fosse uma filha mulher, para ter três gerações de mulheres, mas não queria que fosse a minha irmã”, contou Freire em entrevista.
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