[News]Marcos Lacerda lança a biografia de Vitor Ramil no Rio de Janeiro - 21 de maio
Vitor Ramil, o astronauta lírico
Marcos Lacerda lança a biografia de Vitor Ramil no Rio de Janeiro com a presença do biografado em um papo com o autor e o filósofo Francisco Bosco
Marcos Lacerda, escritor, sociólogo e pesquisador musical, lança seu mais recente livro, Vitor Ramil, o astronauta lírico, no Rio de Janeiro,. No dia 21 de maio, às 19h, na Livraria da Travessa de Botafogo, o autor recebe o biografado Vitor Ramil e o filósofo Francisco Bosco para uma conversa mediada pelo editor do livro, Paulo Almeida. O evento será gratuito e aberto ao público, que poderá adquirir o livro na sessão de autógrafo logo após o debate.
Sobre o livro
Vitor Ramil, o astronauta lírico é um ensaio biográfico sobre o compositor e escritor pelotense Vitor Ramil, que abrange sua carreira e formação desde a adolescência e juventude, especialmente a partir do lançamento de Estrela, estrela (1981), seu primeiro álbum, passando pela consolidação e consagração nacional e internacional com os experimentos radicais de A paixão de V segundo ele próprio (1984) e a proposta da “estética do frio” de Ramilonga – A estética do frio (1997), na canção, e Pequod (1995) e A primavera da pontuação (2014), na literatura, até Avenida Angélica (2022), seu álbum mais recente, com poemas de Angélica Freitas, sua conterrânea. Orientado pela crítica da canção, da literatura e dos shows, e pelo diálogo com o próprio Vitor Ramil, este ensaio contém ainda um levantamento minucioso da repercussão da obra desse compositor na imprensa, na academia e na crítica.
Sobre o autor
Marcos Lacerda é sociólogo e ensaísta. Foi diretor de música da Funarte, responsável por políticas de âmbito nacional. É autor de Hotel Universo: a poética de Ronaldo Bastos (2019) e organizador de Música: ensaios brasileiros contemporâneos (2016) e A canção como música de invenção (2018). É um dos curadores da coleção Cadernos Ultramares e da coleção Certas Canções (Hedra/Acorde).
Trechos do livro
“O palco está já preparado. Acendem as primeiras luzes. O teatro lotado aguarda, com certa ansiedade. Começam a entrar os primeiros músicos. Gutcha Ramil, Ian Ramil, Thiago Ramil, João Ramil, Kleiton e Kledir Ramil e, por fim, Vitor Ramil. Estão reunidos os músicos da Casa Ramil, projeto de shows, gravações e encontros entre os artistas da família. O nome é sugestivo. A importância da casa como lugar real e metáfora na obra de Vitor é enorme. A casa das canções em “Autorretrato” (1984); a descrição de quartos, salas, portas, pátios em “Espaço” (2000); no mesmo ano de 2000 a “Ilusão da casa”; a importância da casa dos pais como cenário fundamental na novela Pequod, com quartos secretos, poltronas, relógios, um casarão de um amigo próximo do pai (1995); os pátios pequenos da concisão onde se revelam o universo e o sentido das coisas em “Milonga de sete cidades” (1997); a alegoria da casa da família em ruínas no romance Satolep (2008); a descrição de corredores, mesas da “casa nova” na canção “Satolep” (1984); o tapete deslocado da sala para os pais dançarem tango no texto do encarte do disco Ramilonga – A estética do frio (1997); a descrição de cama, livro, televisão, abajur em “Livro aberto” (2007) e, claro, a volta para a casa onde nasceu na cidade de Pelotas, fundamental para uma reorientação na sua carreira, no ano de 1992”.
“Vitor me disse algo surpreendente: “Eu não me sinto nem músico, nem escritor, eu não me sinto nada. Eu sou um cara interessado em muitas coisas”. Essa afirmação veio quando estava falando a respeito da sua relação com o ambiente da música, sobre algumas necessidades próprias ao ofício, como a de viajar para encontrar músicos, produtores, arranjadores, o que for. Viver dentro das ambiências do campo cultural, vamos dizer assim, como protagonista entre os atores sociais que compõem este campo”.
“Conta-se que a criação do personagem “Barão de Satolep”, um “alter ego” de Vitor Ramil, como dizem os seus principais críticos, teria funcionado, ainda que involuntariamente, como uma forma de conseguir atuar bem no palco. O Barão serviria assim como uma maneira de Vitor romper com a timidez no palco, e agir de modo mais profissional nos shows”.
Imprensa
Biografia inédita preenche lacuna nos estudos críticos sobre a música popular brasileira
Ensaio biográfico sobre o cantor e compositor gaúcho Vitor Ramil desvela uma das trajetórias artísticas mais instigantes da cena musical do Brasil contemporâneo
Vitor Ramil, o astronauta lírico é um ensaio biográfico sobre o cantor e compositor gaúcho Vitor Ramil, escrito pelo crítico Marcos Lacerda. O livro se concentra na trajetória artística do biografado, mas sem deixar de lado as informações relevantes de momentos de sua vida pessoal. As análises da obra de Vitor Ramil se condensam assim, na proporção exata, com as inquietudes do homem crescido no extremo sul do país, nas derradeiras décadas do século XX. Trata-se de um livro essencial sobre vida e a poética musical única do cantautor tanto para o leitor leigo quanto para o já iniciado na “estética do frio”.
Construído a partir de diálogos do autor com o biografado ao longo de quatro anos e de minuciosa pesquisa em periódicos e materiais inéditos, o livro de Marcos Lacerda trata da vida e da obra de Vitor Ramil de maneira singular e propõe uma leitura crítica e informativa. Por sua formação como sociólogo e sua atuação como crítico musical, o autor não desperdiça linha ou vírgula neste livro.
Vitor Ramil, o astronauta lírico vem cumprir uma lacuna de jogar luz à obra de um dos mais inventivos artistas contemporâneos brasileiros.
Serviço
Vitor Ramil, o astronauta lírico
Autor: Marcos Lacerda
com a presença de Vitor Ramil e Francisco Bosco
Preço: R$89,00
Editora: Acorde Editorial e Hedra
ISBN 978-65-84716-19-3
Número de páginas: 340
Lançamento no Rio de Janeiro
Livraria da Travessa
Endereço: Rua Voluntários da Pátria, 97
Data: 21 de maio de 2025
Horário: 19h
Entrada gratuita
Assessoria de Imprensa
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