[News] O RISO E A FACA ESTREIA EM CANNES COM RECEPÇÃO CALOROSA E ELOGIOS DA CRÍTICA
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Elenco e equipe em Cannes |
Com a estreia de O RISO E A FACA, uma coprodução entre Brasil, Romênia, França e Portugal, o 78º Festival de Cannes recebeu um dos filmes mais comentados da mostra Un Certain Regard. Dirigido pelo cineasta português Pedro Pinho, o longa conquistou a crítica internacional com sua abordagem estética e narrativa política.
As reações da imprensa foram calorosas, veja abaixo algumas frases de críticas dos principais veículos internacionais que assistiram ao filme:
LE MONDE descreveu O RISO E A FACA como "uma das propostas mais entusiasmantes vistas este ano na Croisette", LINK
LIBÉRATION não poupou adjetivos: “uma espécie de obra-prima louca”. LINK
O site C7NEMA chamou atenção para a ambição do projeto: “uma saga de proporções épicas por diferentes continentes e por uma língua de errância”. LINK
Em resenha publicada pela ICS FILM, o longa foi comparado à obra de Lucrecia Martel: “O RISO E A FACA é visualmente impressionante, filmado em um formato muito amplo que frequentemente faz os ambientes externos parecerem hostis a Sérgio e aos demais.” LINK
Para o IN REVIEW ONLINE, Pinho é “um cineasta paciente, perceptivo e generoso — nenhum personagem é indigno de desenvolvimento ou compaixão”. LINK
Segundo o SCREEN DAILY, o trabalho de edição — assinado por Pinho e outros três colaboradores — “cria uma história humana envolvente, repleta de subcorrentes sociopolíticas e históricas”. LINK
O site JOURNEY INTO CINEMA foi além, declarando: “Esta é uma obra monumental. Deveria ter participado da competição principal.” LINK
Para o FILM NEW EUROPE, a obra é “uma narrativa impressionante, assim como uma odisséia visual que explora relações e dinâmicas complexas em uma comunidade de imigrantes”. LINK
Com coprodução brasileira pela Bubbles Projects e distribuição pela Vitrine Filmes, O RISO E A FACA chega aos cinemas nacionais em breve, carregando consigo não apenas suas críticas que recebeu em Cannes, mas também a promessa de ser uma experiência cinematográfica profunda, estética e política.
SINOPSE
Sérgio viaja para uma metrópole da África Ocidental. Vai trabalhar como engenheiro ambiental para uma ONG, na construção de uma estrada entre o deserto e a selva. Ali, envolve-se numa relação íntima mas desequilibrada com dois habitantes da cidade, Diára e Gui. À medida que adentra nas dinâmicas neocoloniais da comunidade de expatriados, esse laço frágil torna-se o seu último refúgio perante a solidão ou a barbárie.
O DIRETOR
Pedro Pinho nasceu em Lisboa e viveu em Paris, Barcelona, Maputo (Moçambique) e Mindelo (Cabo Verde). Em 2009, fundou, com outros cinco cineastas, a produtora Terratreme. O seu primeiro documentário, “Bab Sebta” (co-realizado com Frederico Lobo), estreou no FIDMarseille em 2008, onde ganhou o Prêmio Esperance de Marselha. A média-metragem de ficção “Um Fim do Mundo” participou da seção Generation, da Berlinale, em 2013. Em 2014, o documentário “As Cidades e as Trocas” (co-realizado com Luísa Homem) estreou no FIDMarseille e no Art of the Real no Lincoln Center, em Nova York. Em 2017, sua estreia em longas-metragens de ficção, “A Fábrica de Nada”, estreou na Quinzena de Cineastas de Cannes, onde ganhou o Prêmio FIPRESCI da Crítica Internacional e recebeu outros 20 prêmios em festivais em todo o mundo. O filme recebeu ainda dois prêmios Sophia, o Oscar do cinema português e foi lançado comercialmente em países da Europa, Ásia e América Latina, entre eles o Brasil. Em 2025, “O RISO E A FACA”, seu segundo longa de ficção, estreia na mostra Un Certain Regard da Seleção Oficial do Festival de Cannes.
FICHA TÉCNICA
Direção: Pedro Pinho
Roteiro: Pedro Pinho, com colaboração de Miguel Seabra Lopes, José Filipe Costa, Luísa Homem, Marta Lança, Miguel Carmo, Tiago Hespanha, Leonor Noivo, Luis Miguel Correia e Paul Choquet
Elenco: Sérgio Coragem, Cleo Diára, Jonathan Guilherme, Renato Sztutman, Jorge Biague, Bruno Zhu, Kody McCree e Everton Dalman
Produção: Uma Pedra no Sapato e Terratreme (Portugal), Bubbles Project (Brasil), Still Moving (França), De Film (Romênia)
Produtores: Filipa Reis, Tiago Hespanha, Tatiana Leite, Juliette Lepoutre, Pierre Menahem, Ioana Lascăr e Radu Stancu
Produtores Associados: Rodrigo Letier (Kromaki Filmes), Geba Filmes e Maison des Cinéastes
Direção de Produção: Eduardo Nasser
Fotografia: Ivo Lopes Araújo
Montagem: Rita M. Pestana, Karen Akerman, Claúdia Oliveira e Pedro Pinho
Direção de Arte e Figurinos: Camille Lemonnier, Livia Lattanzio e Ana Meleiro
Maquiagem e Cabelo: Ami Camará
Som: Jules Valeur
Edição de Som: Pablo Lamar
Ano e países de produção: Portugal/Brasil/Romênia/França, 2025
Duração: 212 min
Distribuição no Brasil: Vitrine Filmes
SOBRE TATIANA LEITE E A BUBBLES PROJECT
Pós-graduada em História da Arte pela Universidade Sorbonne (França) e em Cinema pela Unesa (Brasil), Tatiana Leite foi coordenadora e curadora internacional do Festival do Rio, produziu diversas mostras e festivais independentes e fez parte do comitê de seleção do Kinoforum e do Curta Cinema. Foi assessora internacional da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro e, em 2012, criou a produtora independente Bubbles Project, focada em filmes de novos autores, como "Aspirantes" (2014), de Ives Rosenfeld, "Pendular" (2017), de Julia Murat, "Benzinho" (2018), de Gustavo Pizzi. Com Argentina, Alemanha e Noruega, a Bubbles Project coproduziu “Família Submersa” (2018) de Maria Alché, com Chile, França e Coreia do Sul, fez "Nona" (2019), de Camila Jose Donoso, e em coprodução com a França, “Regra 34” (2022), de Julia Murat,.
Seus trabalhos mais recentes são "Malu" (2024), "A Herança" (2024), de João Cândido Zacharias (com a Sony Pictures e a Kromaki Filmes); e a produção associada "Retrato de um Certo Oriente" (2024), de Marcelo Gomes. Outro destaque é "Puan" (2023), de Maria Alché e Benjamin Naishtat, parceria com Argentina, França, Itália e Alemanha; Melhor Roteiro e Melhor Ator em San Sebastián e “O RISO E A FACA” que faz sua estreia mundial em Cannes.
SOBRE A MOSTRA UN CERTAIN REGARD
A mostra Un Certain Regard foi criada em 1978 para abrigar filmes mais ousados e cineastas menos conhecidos do que os selecionados para a competição principal do Festival de Cannes. Vinte anos depois, com a instituição de uma premiação, se transformou na segunda mostra competitiva do evento. Nos últimos 26 anos, premiou e impulsionou a carreira de cineastas como o tailandês Apichatpong Weerasethakul, o grego Yorgos Lanthimos, o coreano Hong Sang-soo e o brasileiro Karim Aïnouz, que venceu o prêmio principal em 2019 com “A Vida Invisível”.
SOBRE A VITRINE FILMES
A Vitrine Filmes é uma distribuidora de cinema independente que, há 15 anos, promove e valoriza o audiovisual brasileiro e latino-americano. Foi pioneira na descentralização do circuito exibidor com o projeto Sessão Vitrine e, desde 2020, vem ampliando sua atuação com iniciativas como a Vitrine España, dedicada à produção e distribuição de filmes na Europa; o selo Manequim, voltado a títulos com apelo mais amplo; o curso online Vitrine Lab; e a Vitrine Produções, focada no desenvolvimento de novos projetos brasileiros.
Mais de 5 milhões de pessoas já assistiram aos filmes da Vitrine nos cinemas. Entre os destaques do catálogo estão "Bacurau", vencedor do Prêmio do Júri em Cannes; "Druk - Mais Uma Rodada", vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro; e "Nosso Sonho", a cinebiografia de Claudinho e Buchecha, maior bilheteria nacional em 2023.
Em 2025, a Vitrine já lançou "Baby", de Marcelo Caetano, exibido em Cannes, e prepara o relançamento de "Saneamento Básico" e "Ilha das Flores", de Jorge Furtado, com cópias restauradas em 4K. Ainda este ano, chegam aos cinemas "O Último Azul", de Gabriel Mascaro, vencedor do Urso de Prata em Berlim, e "O Agente Secreto", novo longa de Kleber Mendonça Filho com Wagner Moura, Maria Fernanda Cândido e Gabriel Leone no elenco.
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