[News] Uma Mulher Na Escuridão

Sinopse: Ao limpar o escritório de seu pai, falecido há uma semana, a investigadora forense Rory encontra pistas e documentos ocultados da justiça que a fazem mergulhar num caso sem solução ocorrido 40 anos atrás. No verão de 1979, cinco mulheres de Chicago desapareceram. O predador, apelidado de Ladrão, não deixou nenhum corpo ou pista — até que a polícia recebeu um pacote enviado por uma mulher misteriosa chamada Angela Mitchell, cujas habilidades não-ortodoxas de investigação levaram à sua identidade. Mas antes que a polícia pudesse interrogá-la, Angela desapareceu. Agora, Rory descobre que o Ladrão está prestes ser posto em liberdade condicional pelo assassinato de Angela: o único crime pelo qual foi possível prendê-lo. Sendo um ex-cliente de seu pai, Rory reluta em representar o assassino, que continua afirmando não ser o assassino de Angela. Agora o acusado deseja que Rory faça o que seu pai prometeu: provar que Angela ainda está viva. Enquanto Rory começa a reconstruir os últimos dias de Angela, outro assassino emerge das sombras, replicando o mesmo modus operandi daqueles assassinatos. A cada descoberta, Rory se enreda mais no enigma de Angela Mitchell, e na mente atormentada do Ladrão.Traçar conexões entre passado e presente é a única maneira de colocar um ponto final naquele pesadelo, mas até Rory pode não estar preparada para a verdade...


O que eu achei?
Então eu tive a minha primeira experiência com o escritor Charlie Donlea, lendo o seu mais novo suspense, “Uma Mulher Na Escuridão” e posso dizer que foi uma leitura bastante proveitosa. Contudo, não consegui ver toda essa excelência que dizem por aí. A sinopse consegue explicar muito bem os rumos da história e seus pontos mais importantes, então vamos focar um pouco nos pormenores de toda a experiência.

Como um leitor apaixonado por thrillers e suspenses, a escrita de Donlea me agradou bastante, se mostrando concisa e direta, sem firulas chatas e sem divagar. Os capítulos curtos tornam a leitura muito mais dinâmica, rápida e agradável – tudo isso unido ao bom ritmo que a narrativa mantém. Mesmo os idas e vindas de épocas – visto que o livro conta uma história antiga e a atua -, nada ficou cansativo ou chato, pois a criação dos dois momentos históricos foram muito bem trabalhadas, ricos em detalhes e suspense.

As personagens também são muito boas, principalmente nossas protagonistas, que ficam ali num meio termo entre extremamente distantes emocionalmente e completamente frágeis e vulneráveis – mas elas têm seus motivos para esse desequilíbrio emocional equilibrado. Contudo, mesmo com uma construção muito boa, foi difícil me conectar com Rory – a protagonista da história. Algo nela não foi capaz de me fazer conectar tanto quanto a outra personagem, que aparece na narrativa que investiga o passado da história. Mas ainda assim são personagens muito bons, complexos e totalmente fora do padrão para esse tipo de história.

O mistério do livro se divide em tantas vertentes que você fica sem fôlego! A cada capítulo algo se desdobra diante dos seus olhos, e surpresas brotam a cada piscar de olhos. Pontos que se parecem desconexos e distantes, vão se ligando e se juntando numa imagem que você jamais seria capaz de imaginar, e conexões improváveis vão surgindo a todo o instante. Nesse ponto, Donlea soube criar plots-twists hipnotizantes, tecendo uma teia de acontecimentos que, a principio parece confusa e sem sentido mas ao decorrer da leitura, ganha uma forma chocante.

O livro consegue ser bom por sua história e pelos elementos que usa para dar forma as suas personagens, mas talvez peque um pouco na hora de manter o peso do suspense. É fato que ele segue uma linha de investigação policial extremamente diferente dos livros comuns de assassinos em série, o que torna impossível comprar este livro com outros do mesmo gênero. Contudo, o livro poderia pesar um pouco mais em suas descrições e na mente do criminoso – o Ladrão -, dando um ar mais perverso a história, que é o que a sinopse evoca.

Não é de todo o ruim, tem mais pontos positivos do que negativos e é sim uma boa leitura, mas para mim, não chegou a ser um mindblowing.

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