[News] “Pelada - A Hora da Gaymada”
“Pelada - A Hora da Gaymada”
A premiada comédia faz uma apresentação única no Teatro Adolpho Bloch
Crédito: Nina Pires
Espetáculo vencedor do Prêmio Shell de Teatro/RJ na categoria Música (Muato – pela direção musical, percussão corporal e trilha original) e no Prêmio do Humor/RJ nas categorias Melhor Texto, Melhor Direção e Melhor Espetáculo, “Pelada – A hora da Gaymada” reforça sua vocação para fazer o público refletir através do bom humor e segue sua trajetória alcançando novas plateias através do Edital de Cultura Firjan Sesi. Idealizada e dirigida por Orlando Caldeira e escrita por Eudes Veloso, a peça traz na raiz o tom de comédia que, sem ridicularizar, cria e brinca com estereótipos para contar uma típica história do subúrbio carioca. O Teatro Adolpho Bloch terá uma única apresentação no próximo dia 18 de junho.
A dramaturgia apresenta os bastidores da disputa de dois times pelo uso do ‘Campo do Furão’, em Olaria, bairro da zona norte da cidade do Rio de Janeiro, antes que uma empreiteira o compre e destrua. Um embate por ocupação de espaço entre o time de futebol, que joga desde a criação do campo há 40 anos, e o time LGBTQIAPN+ de queimado, que tem o desejo de realizar o primeiro Campeonato de ‘Gaymada’ da região. Além do clima de disputa pelo campo, entra em cena também as divergências entre os jogadores – algumas vezes, até no vestiário. E momentos de estranhamento entre gays e héteros se fazem presentes na história. “A gente escolhe, a partir do riso, mostrar o ridículo do ser humano. Nesse caso, estamos falando do ridículo desta heterossexualidade que precisa ser revisada e que só atrapalha o desenvolvimento pessoal de cada um, inclusive do próprio
homem hétero a expressar suas subjetividades. E como este comportamento também é violento com o corpo da mulher, do gay e das pessoas transexuais, escolhemos o riso para fazer esta análise”, antecipa o diretor Orlando Caldeira.
Embora seja bastante popular em alguns bairros no subúrbio, sendo disputado até em torneios e campeonatos regionais, a ‘gaymada’ ainda é desconhecida por muitas pessoas. “No elenco temos dois atores que praticam já há algum tempo, o Aleh Silva e o Guilherme Canellas. Eles são artistas circenses oriundos da Baixada Fluminense e acho importante que tenhamos o lugar de legitimidade da fala deles, que são praticantes, apresentando esta cultura para além de um esporte, mas também como um espaço de resistência. A Gaymada é um lugar de construção de narrativa preta gay suburbana”, ressalta Caldeira.
Na concepção do espetáculo, a busca é por revelar a poesia e diversidade do povo suburbano e promover a sua identificação com uma obra artística criada a partir de histórias sobre seu cotidiano. Com linguagem popular, utiliza uma linguagem popular, mas foge de caricaturas que diminuem a beleza e a potência criativa das periferias brasileiras.
Essa é a nova parceria do diretor com o Complexo Negra Palavra, um grupo artístico multilinguagem, que acredita na potência de novas narrativas e, em especial, as de subúrbio e da cultura afro-brasileira. “Hoje o Complexo tem duas linhas de trabalho e pesquisa: uma é o poema-em-cena e a outra é a comédia. ‘Pelada – A Hora da Gaymada’ é a nossa primeira investigação sobre comicidade. Um texto nosso, com a nossa cara, que vai além da diversão e do entretenimento, provoca uma reflexão sobre um assunto cada vez mais urgente. E provocando muita risada, a gente pode chegar em algum lugar... É a nossa tentativa”, explica Eudes Veloso, autor do texto do espetáculo e um dos diretores artísticos do ‘Negra Palavra’.
Teatro Adolpho Bloch
Localizada no histórico Edifício Manchete, na Glória, Rio de Janeiro, projetado por Oscar Niemeyer e com paisagismo de Burle Marx, o Teatro Adolpho Bloch é palco de momentos célebres da nossa cultura. Desde maio de 2019, o Instituto Evoé é responsável por devolver ao Rio de Janeiro esse espaço icônico, porém ainda mais moderno, transformado num complexo cultural. Graças à genialidade de Niemeyer, que criou um palco reversível, tornou-se possível, em um período desafiador, como a pandemia, promover espetáculos e eventos tanto na área externa, ao ar livre, quanto na interna. Ou nas duas ao mesmo tempo, em formato arena, proporcionando aos artistas, produtores, além dos cariocas e turistas, múltiplas formas de se criar e consumir arte e entretenimento. A construção é um ícone carioca – na arquitetura e na história que carrega.
Único teatro na cidade do Rio de Janeiro que possui um palco reversível, permitindo que o público se acomode na área externa da casa de espetáculos, o Teatro Adolpho Bloch ganhou, em 2021, o formato arena, com capacidade para 359 lugares internos e 120 externos e um palco de 140m², equipado com a melhor estrutura. O espaço abriga ainda bistrô Bettina Café & Arte.
Serviço:
Pelada - A Hora da Gaymada
18 de junho, quarta-feira - 20h
Quinta a sábado, às 20h | domingo, às 18h
Classificação: 12 anos
Valores:
PLATEIA A – R$ 70,00 / 35,00
PLATEIA B – R$ 50,00 / 25,00
Informações para a imprensa:
MNiemeyer Assessoria de Comunicação - www.mniemeyer.com.br
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