[News] Tagarela – o Festival, de 09 de agosto a 26 de setembro de 2025 apresenta sua primeira edição no Rio de Janeiro.
O Festival Tagarela, primeiro slam do Rio de Janeiro, projeto de literatura performática, vai acontecer de 09 de agosto a 26 de setembro, na cidade carioca, na Baixada Fluminense, nas regiões Metropolitana e na Costa Verde do Estado do Rio de Janeiro. As ações envolvem batalhas de experimentação da palavra, oficinas, interferências, debates, performances, entre outras atividades experimentais. Com concepção e curadoria do antropólogo e escritor Paulo Azevedo e produção executiva de Flávia Menezes, os Tagarelas conduzidos pelo MC Slow DaBF empunharão seus megafones para potencializar a "poesia na boca do povo".
A abertura do Festival Tagarela ocorrerá na Sala Guarani do Teatro Carlos Gomes, com 32 poetas duelando nos playoffs de experimentação da palavra, culminando no concerto “Pe Espejo: uma rapsódia do tempo perdido” do Coletivo Le Fucoh, com performances de Max Medeiros, Jeni Felippe, Tiago Miçanga e artistas convidados.
Nesta mesma data em que se comemora os 13 anos de travessia da Cia Gente - Rede a qual o Tagarela é integrante - e é também celebrado o Dia Internacional dos Povos Indígenas, a apresentação segue com um cortejo na Praça Tiradentes, marcando a abertura oficial do Festival, nos arredores onde nasceu o Tagarela.
Slam TAGARELA
A abertura do Festival terá a ação de 32 poetas disputando uma vaga pros playoffs do Slam Tagarela.
As regras são: 1x1, poema autoral, tempo livre e uso permitido de materiais, importando a experimentação da palavra em 1° lugar. Nesse dia, 16 poetas se classificarão para a próxima fase, concorrendo ao prêmio de 2 mil reais. A cena está marcada pra 09 agosto, 10h, no Teatro Gomes e as informações sobre as inscrições estão disponíveis no Serviço, ao fim do texto.
Coletivo Le FUCOH
Apesar da identidade Le FUCOH (Filosofias Urbanas Concertos para Ouvidos Hipersensíveis) ter sido difundida a partir de junho de 2011, sua formação é datada de 14 de março de 2005; quando se chamava Art. 1. Criado pelo arteiro-cientista Paulo Azevedo, o Coletivo tem por característica a transposição de linguagens entre o corpo e a palavra; tendo a música trânsito nessas gramáticas. Assim, aparece o spoken word, o slam, o Jazz, o Soul, o Samba, o RAP, a música erudita etc, além de conexões com o Teatro e a Performance a partir das artes visuais e plásticas.
O concerto
Justamente fazendo uso destas linguagens é que o novo concerto do Coletivo [opus n°4], traz em cena outra transposição; desta vez em "Pe espejo: uma rapsódia do tempo perdido". Ambientado na sala Guarani do Teatro Carlos Gomes, o concerto regido pelo DJ Tiago Miçanga, revela uma espécie de bricolagem que está presente tanto no cenário "pop art", protagonizado por um varal de memórias e objetos sem pares, quanto na disposição performática costurada pelas vozes corporais de Jeni Felippe e Max Medeiros, com participação especial da bailarina Yasmin Joanes e do poeta Valmir miri Macena lima.
Com direção de Paulo Azevedo, regência técnica de Filipe Itagiba e Hugo Abrahão, potencializado pela Artkula produções em parceria com o Teatro Carlos Gomes, o evento com início marcado para às 10h, desse sábado de 09 de agosto, tem entrada gratuita regado à mate leão e biscoito globo - tipicamente uma gastronomia carioca para marcar a abertura do Festival Tagarela que tem patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro [Secec- RJ].
Serviço
Le FUCOH - "Pe espejo: uma rapsódia do tempo perdido"
Concerto com performers e DJ
TAGARELA "batalha de experimentação da palavra"
Slam com 32 poetas
09 de agosto, 10h, Teatro Carlos Gomes
Praça Tiradentes s/n - Centro, RJ
Acesso livre
Inscrições para batalha via Google form na @cia.gente
Após a apresentação, convida-se o público para um cortejo na Pça. Tiradentes, arredores onde nasceu o "Tagarela"
*Programação integrante do Festival Tagarela, 1a edição.
Mais informações Tagarela
Contemplado em 1° lugar pelo edital Fomenta Secec-RJ, Tagarela – o Festival sugere uma programação diversificada, envolvendo diferentes públicos, acesso gratuito e ampla acessibilidade. Dentre as atrações, chama-se atenção para as "Travessias dos Tagarelas" a ocorrer nas barcas e trens, bem como as oficinas "Cartografia da Palavra" e "Palavra Projétil", voltadas para adolescentes e educadores. "O Tagarela foi criado com o objetivo de potencializar ainda mais o uso da palavra na rua, fato que ratifica a ideia original do Slam em democratizar a poesia como forma de comunicação popular. Porém, no Tagarela a preocupação maior é com a experimentação da palavra, sendo a competição um dos meios para tal forma de emancipação dos seus interlocutores". Explica Paulo.
Como eixo curatorial, levou-se em consideração três aspectos: mobilidade, sendo a palavra veículo de travessia desejo movido; o reconhecimento e potencialização das diversas vozes que habitam a "cidade" e a relação de envolvimento com as diferentes comunidades por onde os tagarelas passarem.
O que é o Tagarela?
É originalmente a primeira comunidade de slam poetry do Rio de Janeiro, nascido em 25 de setembro de 2013, no Largo São Francisco de Paula, centro da cidade maravilhosa. Foi concebido pelo antropólogo Paulo Azevedo, co-fundado pelo MC Slow DaBF, e os poetas Tom Grito e Max Medeiros, tendo como base a ideia de fortalecer o uso da palavra no meio urbano. A motivação inicial veio da combustão deixada pelas manifestações de junho de 2013 que aqueceram novamente a importância da palavra estar de volta na boca do povo. Um megafone e dois caixotes de feira formam a semiótica do projeto. O Tagarela é sarau, livro, artigo, filme, exposição fotográfica e agora FESTIVAL.
O que é Slam?
Genuinamente uma competição de poesias que surgiu em meados da década de 80 em Chicago (EUA), na invenção de Marc Smith que queria aproximar a poesia das pessoas, popularizando-a e valendo-se da emoção do momento, da musicalidade presente nas palavras e no valor inusitado das performances.
Pode-se dizer que o Slam é um espaço onde todo e qualquer gênero poético pode ser exposto, valendo mais a performance do "narrador" que o uso da norma culta da língua em sua escrita. Está aí, aliás, um de seus elementos mais democráticos como atividade, ao retomar a tradição da oralidade, incentivando não apenas aqueles que detêm o meio da grafia para se expressar. Atualmente, existem diversas comunidades de slam no Rio de Janeiro, sendo um movimento de abrangência mundial. Afinal, como nos lembra um dos pilares da cultura urbana: "falar é barato" e todo mundo tem uma história pra contar.
Ficha técnica
Curadoria, docência e direção artística: Paulo Azevedo
Mestre de cerimônia: Slow DaBF
Performances: Max Medeiros, Jeni Felippe, Tiago Malta
Direção técnica e programação visual: Filipe Itagiba
Assistente técnico: Hugo Abrahão
Coordenação de produção e produção executiva: Flávia Menezes
Assistente de produção: Pamela Gomes
Acessibilidade e formação de público: Davi Vasconcelos e Mayck Ramilgton
Realização: Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Política Nacional Aldir Blanc
Serviço
Tagarela – o Festival
Rio de Janeiro, Baixada Fluminense, Região Metropolitana e Costa Verde
De 09 de agosto a 26 de setembro de 2025
Entrada gratuita
Programação com acessibilidade: intérpretes de LIBRAS, legendagem e formação de público
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