[Crítica] Roteiro de Casamento

O filme mescla drama, romance e comédia ao mesmo tempo. Nunca pensamos que um filme argentino pudesse ser tão engraçado, e interpretado tão bem por atores não muito conhecidos aqui no Brasil. Uma produção totalmente conectada a sua cultura, sem se apegar a clichês que estamos acostumados a ver. 
Sinopse: Uma atriz iniciante e desconhecida, namorada do diretor do filme no qual está trabalhando, acaba se apaixonando por outro homem. No entanto, o maior problema é que sua nova paixão não é uma pessoa real: é o personagem que é o protagonista do filme, interpretado pela estrela da produção.

O que achamos?
Você acha que pode ser mais uma comédia romântica clichê do Brasil, ou dos Estados Unidos... Mas não! O cinema argentino está cada vez mais afiado em suas piadas e interpretações de comédia, algo que, com certeza, você não viu em alguma produção.

Juan Taratuo, o diretor, conseguiu passar uma grande mensagem através da 1h40m de filme que te esperam: “Em relacionamentos, é preciso atuar”. Muito pode se especular dessa frase, mas o que entendi é que sempre precisamos nos adaptar para acompanhar aquela pessoa. Apesar de chorarmos de rir com os personagens Fábian Duran (Adrian Suar) e Florencia Córmik (Valeria Betuccelli), e seus desencontros psicológicos, você consegue tirar essa moral de tudo.

Tudo começa com uma nova proposta para Fábian para um filme, porém o mesmo rejeita pois acha que é um ator de alto escalão para contracenar com uma atriz novata, e ruim, e ser dirigido por um diretor cheio de si. Proposta vai, proposta vem... E ele aceita! Depois de ver Florencia, também chamada de Flor, tão maltratada nos estúdios e durante as filmagens, Fábian começa a se aproximar dela, e a partir daí o romance vai de vento em popa. Depois da linda e divertida Lua de Mel, Flor começa a perceber que o seu príncipe não é tão real assim... Ela percebe que se casó com um boludo*! Seu galã é totalmente diferente daquilo que pensava, e aí começam as complicações e mais risos.

Uma coisa interessante, é que você sente a produção do país em si, você vê coisas da cultura destacadas ali dentro, e um exemplo grande disso é a trilha sonora, que dá preferência aos cantores argentinos. Nem um tanto americanizado (Fora as menções a outros atores e produtores do cinema), nem um tanto de outro país... Somente a pura Argentina.

Crítica feita em colaboração com Luiz Fernandes, do blog/vlog Bug Literário. 



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