[Crítica] Ruídos
Sinopse:
Ruídos acompanha a história de Joo-Young (Lee Sun-Bin), uma jovem sul-coreana com deficiência auditiva que, após o desaparecimento de sua irmã mais nova Joo-Hee (Han Su-A), resolve investigar o problema que mudou toda a sua vida, já que as duas moravam juntas. Quando Joo-Young percebe que ela desapareceu dentro do próprio apartamento, a situação logo fica mais complicada do que deveria. Aos poucos, ela começa a escutar um ruído ensurdecedor, e nota que provavelmente há uma presença diferente - e muito provavelmente maligna - debaixo do seu próprio teto.
O quê eu achei?
Dirigido por Kim Soo-jin, Ruídos é um longa coreano que fala sobre vizinhos barulhentos, rancor, luto e culpa.
Joo-Young(Lee Sun-Bin, das séries Missing 9 e Seukechi) é uma jovem sul-coreana que é deficiente auditiva. Ela morava num conjunto habitacional com sua irmã caçula Jo-Hee(Han Su-A, das séries A Cobertura e Íntima Traição), porém após o desaparecimento desta, Joo-Young resolve investigar o que aconteceu.
A situação se agrava quando ela passa a ouvir ruídos com uma frequência ensurdecedora- que ninguém mais pode ouvir- e o vizinho de baixo passa a deixar bilhetes ameaçadores ordenando que ela pare com o barulho. Não demorará a descobrir que sua irmã pode ter desaparecido dentro do próprio apartamento e que o condomínio esconde segredos como o apartamento de cima que supostamente estava vazio...
Destaco a maneira como a tensão é construída-a iluminação, o som, o terror psicológico...Na primeira meia hora do longa, o filme pode parecer um tanto lento, porém conforme as explicações de como os acontecimentos vão sendo lentamente reveladas, o espectador vai sendo fisgado. Também gostei do fato de que a trama não se baseia nos jump-scares; são apenas dois ou três, em momentos propícios; e as atuações de todo o elenco são bem executadas, especialmente da protagonista e da síndica.
Eu não darei spoilers do fim; direi apenas que a cena final é bem interessante e levanta a questão:A pressão da presidente para derrubar as paredes podres e reconstruir apartamentos elegantes e modernos pode parecer um progresso, mas levanta uma questão sombria: é possível enterrar uma assombração sob concreto e vidro, ou a maldição simplesmente se infiltra nas fundações do que quer que venha a substituí-la? Na verdade, a promessa de reconstrução parece menos uma salvação e mais um convite; novos inquilinos se mudarão para lá, sem saber da história repleta de rancores, mortes e espíritos inquietos. Se o prédio em si se tornou um receptáculo de dor acumulada, derrubá-lo não a apagará; apenas a espalhará, como se espalhasse cinzas de volta no ar.
Estreia nos cinemas com distribuição da A2 Filmes dia 9 de outubro.
Trailer:



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