[Crítica] Napoli New York
Sinopse:
Em Napoli-New York, dois jovens napolitanos embarcam numa aventura rumo a Nova York. No período pós-guerra, em meio a uma Nápoles acometida pela miséria e pela destruição, dois amigos Carmine e Celestina tentam sobreviver as condições precárias da vida através da amizade que cultivam, ajudando-se mutuamente. Uma noite, a dupla entra secretamente num navio que se dirige para os Estados Unidos, na esperança de encontrar com a irmã de Celestina que emigrou para o país anos atrás. Assim, ao lado de tantos outros imigrantes italianos, os amigos chegam numa metrópole em crescimento e desconhecida, buscando uma nova vida. Após uma série de aventuras inesperadas e desafios inéditos, Celestina e Carmine aprenderão a chamar Nova York de casa.
O quê eu achei?
A história é inspirada em um roteiro original dos lendários Fellini e de Tullio Pinelli escrito na década de 40, porém nunca finalizado. Encontrada nos arquivos de Pinelli em 2006, o diretor Gabriel Salvatores finalmente trouxe essa história à vida.
Celestina(Dea Lanzaro) é uma órfã que perde sua casa e sua tia Amélia numa explosão acidental. A única parente que lhe resta é sua irmã Agnese, que havia imigrado para os Estados Unidos anos antes. Seu único companheiro é Carmine, outro órfão que mora nas ruas de Nápoles vendendo cigarros.
Um dia, eles conhecem George(Omar Benson Miller) um cozinheiro afro-americano que trabalha no navio que irá zarpar para Nova York. As crianças prestam um favor para ele, que se recusa a pagar e eles o seguem para dentro do navio, onde embarcam como clandestinos. Acabam sendo descobertos pelo comissário de bordo Garofalo(Pierfrancesco Favino) que os denuncia ao capitão e ajuda a convencê-lo a não jogar as crianças no mar.Quando eles chegam em Nova York, para evitar perder sua reputação de invicto, Garofalo chantageia o capitão de revelar sobre as crianças ameaçando contar a todos de seu alcoolismo. Carmine e Celestine embarcam numa jornada para encontrar Agnese.
A dura realidade dos imigrantes italianos é retratada com fidelidade. Há uma cena em que Celestina fala: "Você não é imigrante, você é pobre. Porque um rico nunca será um estrangeiro em lugar nenhum" -o que ressoa profundamente. Além disso, os temas do poder da coragem, da imaginação e de batalhar pelos seus sonhos também são abordados com profundidade. A fotografia é bem feita e destaque para as atuações dos atores, especialmente os dois principais e a de Pierfrancisco Favino como Garofalo.
Filme de abertura da edição 2025 do Festival de Cinema Italiano, que tem formato híbrido, presencial e online. Estreará em breve no cinema.
Trailer:



Nenhum comentário