[News] Cinco autores na FLIP 2025: de Portugal a Paraty, ideias, vivências, afetos e resistência

 

Anabela Mota Ribeiro - A estreia na FLIP de uma estrela da TV Portuguesa

Conhecida do grande público em Portugal, onde se destacou como entrevistadora de televisão, a escritora e jornalista portuguesa Anabela Mota Ribeiro faz sua estreia como autora convidada da FLIP 2025, com o O Quarto do Bebê (Bazar do Tempo), seu primeiro romance. A obra foi um dos lançamentos mais comentados em Portugal em 2023. Elogiado pela crítica e por nomes como Lídia Jorge, Djaimilia Pereira de Almeida e Milton Hatoum, sua autoficção toca em temas como a infertilidade, o corpo feminino, a descoberta de um câncer de mama e a própria escrita, inspirada na força ambígua da obra de Machado de Assis (objeto de seu mestrado e doutorado). 

A escritora integra a mesa da programação oficial “Tristes Tramas”, composta pela romancista francesa Neige Sinno, com mediação de Rita Palmeira. Ela também participa de mesas da Casa 7Selos e da Casa Portugal: livros e sabores. 

31/07 às 12h - Tenda Principal - Mesa 3 – Tristes Tramas, com Anabela Mota Ribeiro e Neige Sinn

01/08 às 10h - Casa 7 Selos - Mesa 4 “Lembrar, contar: memória, diários e escritas de si” com Ingrid Fagundez, Sylvia Gomez e mediação de Nanni Rios

02/08 às 16h15 - Casa de Portugal - Mesa “Das prisões do corpo à liberdade da criação: o papel da literatura na resistência às imposições sociais”, com Izabella Cristo e mediação da Bárbara Krauss

Joaquim Arena - A pouco conhecida presença negra na Europa

O escritor cabo-verdiano está vindo ao Brasil a convite da FLIP+, onde vai falar sobre o livro com o qual venceu o Prêmio Oceanos em 2023, Siríaco e Mr. Charles, e com isso vai também lançar outro título, Debaixo da Nossa Pele, ambos publicados pela editora Gryphus. Numa espécie de road movie literário pelo interior de Portugal, o autor investiga a presença negra na Europa ao longo dos últimos cinco séculos. Arena entrelaça histórias de personagens surpreendentes, apagadas pelas narrativas oficiais, à sua própria biografia, enquanto imigrante de Cabo Verde em Lisboa. 

O autor, um dos mais importantes da literatura contemporânea de língua portuguesa, está na programação da Casa de Cultura, e também integra uma mesa promovida pela Casa Portugal: livros e sabores. 

01/08 às 10h - FLIP+ na Casa da Cultura - Entrevista ”Cumplicidade e memória em Charles e Siríaco”, com mediação de Gabriel Pinheiro

02/08 às 17h30 - Casa Portugal: livros e sabores - Mesa “Criação literária nas duas margens do atlântico – o contexto da criação literária: memória e reinvenção”, com Joaquim Arena e Ondjaki

Cecília Oliveira - O crime organizado e as estruturas do poder

Referência no jornalismo investigativo e no debate sobre segurança pública, a jornalista Cecília Olliveira lança também em Paraty o seu primeiro livro: Como nasce um miliciano (Bazar do Tempo). A partir da trajetória real de um ex-PM que virou líder miliciano, a autora traça um retrato profundo do crime organizado no Brasil e da infiltração das milícias nas estruturas do Estado. 

Cecília falará sobre sua investigação inédita, documentos sigilosos, infográficos e uma análise rara sobre o modelo de "franquia" adotado pelas milícias para crescer e se espalhar pelo país na Casa República, na Casa 7Selos e na Casa Poéticas Negras. Fotos, capa e release, aqui. 

01/08 às 11h - Casa República - Mesa “Mulheres, milícias e memórias” com Eliane Barbosa e mediação de  Natasha Felix

01/08 às 14h - Casa 7Selos - Mesa “Como a periferia lê o centro e como o centro lê a periferia?” com Pedro Abramovay e mediação de Paula Miraglia

02/08 às 13h - Casa Poéticas Negras - Mesa  “Da favela ao parlamento: Narrativas de resistência e a luta contra o extermínio” com Renata Souza e mediação de  Angela DaCor 

Danichi Mizoguchi - Amor, política e desilusões

Eterna Fantasia (Dublinense) é o segundo romance do premiado autor gaúcho, que lança um olhar afiado sobre o Brasil contemporâneo ao destrinchar as desilusões e contradições do campo progressista do país, e sua própria implosão, em meio ao conturbado cenário político brasileiro. Uma história de amor instigante, que mistura desencanto político, pulsão de vida, e o desejo como resistência.

Na FLIP 2025 o autor participa de três mesas,  uma com o jornalista Jamil Chade, na Casa Libre, outra com Sérgio Tavares e Hugo Paz, na Casa Poéticas Negras, e mais uma com Jean Wyllys e Paula Carvalho, na Casa Paratodos. Fotos, capa e release, aqui. 

31/07 às 15h - Casa Libre - Mesa "Distopia americana: a extrema-direita e a crise democrática no Brasil e nos EUA", com o jornalista Jamil Chade e mediação de Paula Carvalho

31/07 às 16h - Casa Poéticas Negras - Mesa “Brasil em crise: Por que a Democracia está em risco?” com Sérgio Tavares e Hugo Paz 

02/08 às 9h30 - Casa Paratodos - Mesa “Golpes, violência e fake news: a crise da democracia brasileira”, com Jean Wyllys e mediação de Paula Carvalho

Renato Noguera - O amor como (r)evolução

Referência nacional no pensamento de perspectiva afro, o autor convida os leitores a uma reinterpretação do amor em seu novo livro – ABC do amor: O que a poesia e a filosofia têm a dizer sobre os afetos (Oficina Raquel). Entrelaçando saberes da tradição ocidental e conhecimentos ancestrais afro diaspóricos e indígenas, a obra apresenta, a partir de 103 palavras ou expressões, breves ensaios sobre as múltiplas sintaxes da experiência amorosa. Uma verdadeira defesa da potência revolucionária das relações afetivas. 

O lançamento será na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), onde Noguera participa da abertura da Casa Poéticas Negras, além de mesas e debates na Estante Virtual e na Casa Libre, entre os dias 30 de julho e 1º de agosto. Fotos, capa e release, aqui.

30/7 às 19h30 - Abertura Casa Poéticas Negras  - ABC do amor: ancestralidade e letramento afetivo

31/7 às 10h - Estante Virtual - Renato Noguera e Daniel Dornelas     

31/7  às 13h30 - Casa Libre - Palavras de cuidado e de luto com Cynthia Araújo, Daniel Dornellas e Renato Noguera

01/7 às 19h30 - Casa Poéticas Negras - Quando a palavra cura: racismo, saúde  Henrique Marques Samym, Elisa Mattos e Renato Noguera.