[Crítica] Drácula:Uma história de amor eterno

 

Sinopse:

Em Drácula - Uma História de Amor Eterno, Luc Besson é o diretor que reeimagina a clássica história de Bram Stoker com uma abordagem fresca e emocional. A trama se desenrola após a morte de sua esposa Elisabeta (Zoë Bleu Sidel) no século XV, um príncipe desiludido renuncia a Deus e se transforma em vampiro. Séculos depois, em Londres no século XIX, durante a Belle Époque de Paris, este homem, agora conhecido mundialmente como Drácula (Caleb Landry Jones), encontra uma mulher que lembra estranhamente sua falecida e amada esposa. Então, ele decide persegui-la, pois acredita que ela possa ser uma reencarnação de Elisabeta, e assim ele sela seu próprio destino. Drácula: A Love Tale é uma profunda narrativa de amor e paciência, onde um homem precisa esperar por 400 anos pela possível reencarnação da sua amada. O filme vai explorar a eterna busca por amor e a esperança de reencontrar a alma gêmea através dos tempos.



                           O quê eu achei?

Como fã da obra clássica de Bram Stoker publicada em 1897 e de tudo que envolva o universo dos vampiros, fiquei animada quando soube que Luc Besson(de O quinto elemento) faria sua própria versão. Mas infelizmente acabei decepcionada.

Caleb Landry Jones(Banshee de X-Men:Primeira Classe e Jeremy de Corra) entrega um Drácula bem cavalheiresco e em sua versão envelhecida, lembra o de Gary Oldman no filme de 92 do Coppola(mais comparações adiante).A essência da obra é mantida, mas há vários elementos novos como a personagem Lucy Westenra, que foi misturada na personagem Maria(Matilda de Angelis) uma vampira italiana com Renfield, o clássico servo do conde do livro.

O que me incomodou em especial foi o excesso de teatralidade, como, por exemplo, a cena das freiras no convento que são seduzidas pela oferta de vida eterna e as gárgulas que ganham vida. 

Destaco a atuação do sempre ótimo Christoph Waltz(conhecido por suas aparições de filmes do Tarantino como Bastardos Inglórios e por interpretar Blofeld, arqui-inimigo de James Bond) como o padre membro de uma organização que estuda os vampiros há séculos; creio que seria equivalente ao Van Helsing, o caçador da obra original. 

Um elemento novo introduzido nessa adaptação foi o uso de um perfume cuja fragrância foi desenvolvida pelo conde para aumentar seu poder de persuasão e ele faz uso dela sempre que possível. Achei seu uso um artífice desnecessário, já que é dito na lenda do vampiro que um de seus poderes é o de manipular os humanos. E outras habilidades como se transformar em morcego ou em rato, não aparecem.

Outros personagem clássicos, Quincey Morris-um dos três homens que pedem a mão de Lucy em casamento- e Arthur Holmwood, o noivo dela e melhor amigo dos outros dois que pediram, foram representados na figura de Henry Spencer, o noivo de Maria,embora ele seja quase irrelevante para o desenrolar dos fatos.

Outra mudança importante foi a maneira como Elisabeta, a amada de Drácula, de quem Mina é a reencarnação, morre após a luta contra os otomanos, que o faz renegar Deus.

Não chega a ser péssimo, mas não me agradou- ainda prefiro a versão do Coppola, que é bem mais fiel ao livro. Entendo que nenhuma adaptação vá ser 100% fiel ao material original, mas não curti as mudanças.

Estreia nos cinemas dia 7 de agosto.

                          Trailer:









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