[Crítica] Yõg Ãtak: Meu pai, Kaiowá

 

Sinopse:

Yõg ãtak: Meu Pai, Kaiowá é um documentário que acompanha a busca de Sueli Maxakali, uma das diretoras do longa, e Maiza Maxakali pelo seu desaparecido pai. Durante a ditadura militar brasileira, Luis Kaiowá foi levado e afastado completamente da vida que levava. Agora, mesmo após 40 anos, suas filhas se mantêm firmes na jornada de encontrá-lo, mas se deparam com uma dura realidade para os povos originários. Além do desejo pessoal, elas passam a enxergar as etnias indígenas Tikmũ’ũn e Kaiowá dentro de suas lutas por defesa de seus territórios e preservações de um modo de vida único, tentando resistir contra um Estado violento.



                         O quê eu achei?

 Dirigido por Roberto Romero e pelas próprias irmãs(sim, o filme é baseado em fatos reais) Sueli e Maiza Maxakali na busca por seu pai, que há 40 anos foi afastado de seu povo pela ditadura militar.

Logo na primeira cena,o espectador é apresentado à cada membro da família; todos os filhos, netos, cunhados, genros, noras, etc. Eles moram em quatro munícipios no norte de Minas Gerais perto da fronteira da Bahia: Teófilo Otoni (vemos algumas cenas de trabalhadores fazendo uns ajustes na placa da cidade), Bertópolis, Santo Helena de Minas e Ladainha. Ainda no começo dos anos 80, um capitão do Exército identificado apenas como Pinheiro, exigia que seus soldados recolhessem pessoas de outras etnias, como os povos originários, resultando no afastamento do patriarca da família.

Décadas depois, com as duas filhas já adultas, e Sueli já era doutora em Letras, cineasta e professora, quis começar a busca pelo seu pai com a ajuda da irmã e dos co-diretores, após ouvir rumores de que ele poderia estar no Mato Grosso do Sul.

Uma carta de amor ao pai, Yõg Ãtak: Meu pai, Kaiowá carrega uma importante marca: é o único documentário do mundo falado nas línguas maxakali e kaiowá. Além disso, é um retrato de como os indígenas tiveram que incorporar tecnologias dos não-indígenas para sobreviver, como celulares. Fica a lição de que nós também devemos adotar algumas ferramentas deles se quisermos sobreviver.

Estreia nos cinemas com distribuição da Embaúba Filmes dia 10 de julho.


                        Trailer:







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