[News] UNIVERSAL MUSIC LANÇA O ICÔNICO ÁLBUM “NOSSO SAMBA TÁ NA RUA”, DE BETH CARVALHO, PELA PRIMEIRA VEZ NAS PLATAFORMAS DIGITAIS


 

UNIVERSAL MUSIC LANÇA O ICÔNICO ÁLBUM

NOSSO SAMBA TÁ NA RUA”, DE BETH CARVALHO, PELA PRIMEIRA VEZ NAS PLATAFORMAS DIGITAIS

 

O último disco de inéditas lançado pela saudosa cantora, que ganhou o Grammy Latino em 2012,  marcou o reencontro de Beth com o produtor Rildo Hora após hiato de quase 30 anos

 

 

No próximo dia 5 de maio, a “Madrinha do Samba” Beth Carvalho completaria 78 anos. Para homenagear o imensurável legado da cantora, a Universal Music Brasil faz, no dia 3 de maio, o lançamento do antológico álbum “Nosso samba tá na rua”, que chega pela primeira vez às plataformas digitais. Já no dia 5, data de aniversário da sambista, também estreia o lyric video da faixa homônima.

 

O então aguardado CD de Beth, que foi lançado em novembro de 2011 pelo selo Andança/EMI Music, foi o primeiro disco de inéditas da sambista depois de uma pausa 15 anos (seu trabalho de estúdio anterior foi “Brasileira da Gema”, de 1996). Aclamado pela crítica e pelo público, o álbum ganhou em 2012 o Grammy Latino na categoria de “Melhor Álbum de Samba e Pagode”. O disco também marcou o reencontro de Beth com Rildo Hora, após um hiato de 27 anos. Rildo foi responsável pela produção de antológicos discos da cantora, como “De pé no chão” (1978) e “Na fonte” (1981). Seu último trabalho com a cantora havia sido “Coração Feliz”, lançado em 1984.

 

Além de Rildo Hora, que também assinou os arranjos de nove faixas do disco, Beth Carvalho se reencontrou com outros importantes profissionais, como o engenheiro de som Luiz Carlos T. Reis, o maestro Ivan Paulo (que assinou a regência e o arranjo de seis faixas) e o maestro Leonardo Bruno (que assinou o arranjo do coro). Todos trabalharam juntos em vários discos importantes da cantora, nas décadas de 70 e 80.

 

O disco trouxe em sua capa/encarte a reunião da “Madrinha” (que partiu há exatos cinco anos, em 30/04/2019) com diversos compositores, cantores e músicos do samba, em registro feito por Guto Costa. A memorável foto, feita no Cacique de Ramos, reuniu nomes como os maestros Ivan Paulo, Leonardo Bruno e Rildo Hora; os compositores Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Sombrinha, Almir Guineto, Dona Ivone Lara, Alamir, Nilo Penetra, Marquinho PQD, Ciraninho, Leandro Fregonesi, Rafael dos Santos, Wanderley Monteiro, Claudinho Guimarães, Dayse do Banjo e Luana Carvalho, filha da cantora; além dos músicos e o coro que gravaram o CD de Beth. Na foto, que teve registro de Guto Costa, também estavam presentes os integrantes do Grupo Fundo de Quintal. A imagem da capa do álbum foi inspirada na foto que estampa o disco “De pé no chão” (1978), um divisor de águas na discografia da cantora, após ela ter descoberto o Cacique de Ramos.

 

Como fazia tradicionalmente, Beth Carvalho dedicava o álbum a um nome importante do samba. Nesse disco, a cantora fez uma homenagem à outra grande dama do samba, Dona Ivone Lara, que completou 90 anos em 2011: “Dedico este CD à D. Ivone Lara, a Deusa do Samba, a grande compositora e intérprete e a que faz os lararas mais bonitos da MPB!”. No disco, Beth regravou o clássico “Em cada canto uma esperança”, composição de D. Ivone com seu fiel parceiro, Délcio Carvalho.

 

Nosso samba tá na rua” traz ao todo 15 faixas, a maioria delas inéditas à época de seu lançamento físico. O álbum abre com a faixa homônima de Roberto Lopes, Canário, Alamir e Nilo Penetra, que faz uma exaltação ao samba. A música é seguida de “Tambor” (Almir Guineto/Adalto Magalha/Daniel Oliveira), samba de temática religiosa. A seguir, “Chega”, criada por Leandro Fregonesi e Rafael dos Santos, compositores da nova geração, mostra uma letra declaradamente feminista (“Você zombou de mim/ Brincou com meu amor/ Eu já tô cansada de chorar/ Se um novo amor me convidar, eu vou”)Outras duas canções inéditas batem na mesma temática: “Colabora”, de Serginho Meriti, e “Se Vira” (Arlindo Cruz/Marquinho PQD).

 

A exaltação à negritude também está presente no disco em músicas como “Samba Mestiço”, de Ciraninho, Rafael dos Santos e Leandro Fregonesi (“O samba é mestiço / Que nem o meu sangue brasileiro / Retrato de um povo guerreiro / Que não cansa de lutar”) e “Negro sim sinhô”, parceria de Efson, Marquinho PQD e Franco.

 

Reconhecida por revelar talentos do samba, Beth Carvalho apresentou neste disco composições de autores da nova geração, como sua filha, Luana Carvalho, que compôs a (então) inédita “Arrasta a sandália”, partido alto de refrão contagiante, feito em parceria com Dayse do Banjo. Essa foi primeira composição de Luana que ganhou uma gravação. A canção ainda contou com a participação especial de Zeca Pagodinho, um dos mais ilustres afilhados de Beth. Zeca novamente se faz presente no samba “Guaracy”, que ele compôs em parceria com Arlindo Cruz e Sombrinha.

 

Beth Carvalho também apresentou o talento de Edinho do Samba, que estreava como compositor com o samba romântico “Tô feliz demais” (“Tô feliz demais / Sinto tanta paz / Dessa vez felicidade exagerou comigo”). Versos de amor também estão presentes em “Isso acontece”, de Jorgito Sápia, Agenor de Oliveira e Wanderley Monteiro. Este último, já deu para Beth o sucesso “Água de chuva no mar”.

 

Outro mangueirense que foi mais uma vez registrado nos álbuns da sambista é Nelson Cavaquinho, que em 2011 completou 100 anos. Dele, Beth gravou “Palavras Malditas”, composta em parceria com Guilherme de Brito, anteriormente apenas registrada por Ari Cordovil, em 1957, em um disco de 78 rotações. Na nova gravação, a música ganhou um arranjo mais dramático, concebido por Rildo Hora. A Mangueira novamente ganha uma homenagem da cantora. O samba “Verde e Rosa de Paixão”, de Claudinho Guimarães, fez uma verdadeira declaração de amor à escola.

 

O disco fecha com “Minha História”, versão de Chico Buarque para a canção dos italianos Lúcio Dalla e Paola Pallottino. A música, que sempre foi muito especial para Beth, ficou em primeiro lugar no bate-bola promovido pela cantora para definir o repertório final do disco (em junho de 2011, como de costume, a cantora reuniu amigos e formadores de opinião para ajudá-la na seleção das canções do novo álbum, através de uma pré-gravação de 25 músicas).

 

O álbum é uma exaltação ao nosso samba, trazendo o clima de encontro compositores de fundo de quintal... Com ‘Nosso samba tá a rua’, Beth nos presenteou com músicas inéditas e regravações com temas importantes, como negritude, amor, carnaval, feminismo e sua Mangueira. Fundamental termos este álbum lançado agora nas plataformas digitais, uma honra para nós da Universal Music”, afirma  Paulo Lima, presidente da Universal Music Brasil.

 

Beth Carvalho vem novamente aí! Nosso samba tá rua!

 

Susana Ribeiro

maio de 2024

 


 

FAIXA A FAIXA, POR BETH CARVALHO

 

1) “Nosso Samba Tá na Rua” (Roberto Lopes/Alamir/Nilo Penetra/Canário) – Inédita que batiza o disco. A letra faz uma verdadeira exaltação ao samba ("É de Deus esse som que a gente faz").

 

2) “Tambor” (Almir Guineto/Adalto Magalha/Daniel Oliveira) - É um samba religioso e forte.

 

3) “Chega” (Leandro Fregonesi/Rafael dos Santos) -  Samba de amor e de bloco, no estilo dos sambas do Cacique de Ramos, com direito a tamanco e tudo. Foi criado por dois ótimos compositores da nova geração.

 

4) “Arrasta a Sandália” (Dayse do Banjo/Luana Carvalho) – Samba inédito que ganhei de presente da minha filha, Luana Carvalho, em parceria com a Dayse do Banjo, sambista da melhor qualidade. É um partido alto com refrão contagiante e que ainda ganhou a participação mais que especial do meu afilhado Zeca Pagodinho nos vocais.

 

5) “Colabora” (Serginho Meriti)  - Samba de carnaval inédito, criado por um dos maiores compositores do samba, autor de sucessos como “Deixa a vida me levar”, dentre outros.

 

6) “Samba Mestiço” (Ciraninho/Rafael dos Santos/Leandro Fregonesi) – Samba de embalo inédito que tem um refrão que contagia, criado por três grandes  compositores da nova geração, vencedores de quatro sambas enredo da Portela.

 

7) “Negro Sim Sinhô” (Efson/Marquinho PQD/Franco) – Criada por três grandes compositores do samba. Original em sua forma, a música faz uma apologia à raça afrodescendente.

 

8) “Se vira” (Arlindo Cruz/Marquinho PQD) - Com uma melodia muito rica, essa inédita do Arlindo e do Marquinho PQD tem uma letra feminista.

 

9) “Tô Feliz Demais” (Edinho do Samba) – Outra música inédita. Samba romântico de um excelente compositor estreante que estou lançando nesse disco.

 

10) “Isso Acontece” (Wanderley Monteiro/ Jorgito Sápia/Agenor de Oliveira) - Samba de amor, de co-autoria de Wanderley Monteiro, de quem eu gravei o sucesso “Água de chuva no mar”.

 

11) “Palavras Malditas” (Nelson Cavaquinho/Guilherme de Brito) - Como o Nelson é bem trágico na maioria de suas músicas, pedi ao Rildo Hora que fizesse um arranjo bem dramático, como um tango de Piazzola. A canção é pouco conhecida do grande público, somente foi gravada por um cantor chamado Ari Cordovil em um disco de 78 rotações.

 

12) “Em Cada canto Uma Esperança” (D. Ivone Lara/Délcio Carvalho) - Obra prima da D. Ivone Lara, a quem dedico este CD, e do seu fiel parceiro, Delcio Carvalho.

 

13) “Guaracy” (Zeca Pagodinho/Arlindo Cruz/Sombrinha) – Inédita, de três grandes compositores que dispensam apresentações.

 

14) “Verde e Roda de Paixão” (Claudinho Guimarães) – Música inédita. Como não poderia deixar de ser, trago neste novo álbum mais um samba em homenagem à minha querida Mangueira.

 

15) “Minha História” (Lúcio Dalla/Paola Pallottino - versão de Chico Buarque) - Clássico de dois italianos, que teve uma antológica versão do Chico Buarque. A música ficou em primeiro lugar no bate-bola que eu promovi para escolher o repertório final do disco (em junho desse ano, como de costume, reuni amigos e formadores de opinião para me ajudarem na seleção das canções, através de uma pré-gravação de 25 músicas).

 

Ouça os sucessos de Beth Carvalho na playlist Samba e Pagode, do UMusicPlay, aqui: https://umusicplay.lnk.to/SambaePagode .

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