[Crítica] Conclave


O longa metragem "Conclave" é sensacional, até para quem não é católico, não sendo necessário um grande conhecimento prévio sobre as doutrinas e tradições da Igreja Católica para aproveitar os 120 minutos de suspense e mistérios retratados de forma acentuada.A seguir, farei um pequeno resumo e minha crítica ao filme indicado como melhor filme dramático de 2024, com lançamento oficial nas salas de cinema brasileira no dia 23/01/2025.


O filme começa com a informação de que o atual Papa faleceu de ataque cardíaco, tornando necessário um conclave, um evento católico para eleger um novo papa de forma secreta. Os cardeais se reúnem em isolamento no Vaticano (Roma) e votam em quem consideram a melhor opção para o novo papado, uma das instituições mais antigas do mundo e de suma importância.
Para o conclave, cardeais e arcebispos de todo o mundo são convocados para o isolamento e eleição. Várias etnias são representadas, como italianos, franceses, ingleses, nigerianos e outros, para garantir uma eleição justa. Um candidato precisa de pelo menos 72 votos para ser eleito, levando à posição mais influente aquele que a maioria acredita que irá governar com boa conduta, evitando polêmicas que possam trazer vergonha à Igreja na mídia.

O personagem principal, Thomas Lawrence (Ralph Fiennes), é um cardeal satisfeito com sua posição, mas que se vê como candidato contra sua vontade devido ao seu posicionamento liberal. Como todos os cardeais podem concorrer e receber votos, Thomas decide apoiar Aldo Bellini (Stanley Tucci), outro cardeal liberal, pois considera os outros candidatos extremistas e super conservadores. A partir daí, os mistérios e reviravoltas dentro do conclave começam, trazendo informações e reviravoltas capazes de alterar o curso do humanidade.

Ao longo da obra nos é apresentado os preconceitos a qual o Cardeal Lawrence teme que possam prejudicar o bom andamento que a Igreja com mídia populista  e sua crença do que acredita estar correto, por isso investiga os outros candidatos para verificar se há motivos para questionar sua elegibilidade e credibilidade. Abordando temas complexos que vão além da religião, explorando questões políticas e segregacionistas dentro da Igreja Católica. Revelando como preconceitos e interesses pessoais influenciam as decisões do clérigo, em exemplo, como as diferenças étnicas e linguísticas entre os cardeais que mesmo sendo capazes de falar as línguas italiano, inglês, latim e espanhol em comum ainda sim se separam em grupos de sua própria nacionalidade.

Concluindo, o longa saciou minha curiosidade sobre o processo de eleição papal e a dinâmica envolvida. Fiquei completamente imersa na narrativa, ansiosa para saber o que viria a seguir. Embora tenha um início, meio e fim bem estruturados, fiquei com vontade de saber mais sobre o futuro do novo Papado.
Aos interessados, eu recomendo, para os não interessados eu recomendo mais ainda. Sua trama cativante e temas bem pontuados, como preconceito e jogo de poder fazem o filme valer a pena.
No lançamento dessa crítica a obra ainda não foi indicado ao Oscar, mas não me surpreenderia se fosse, podendo ser um forte concorrente em melhor filme de drama de 2024.




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