[News] Cinemateca Brasileira celebra clássicos de 1975 na quarta edição da Mostra 50 Anos Depois
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| Jeanne Dielman, de Chantal Akerman |
Pelo quarto ano consecutivo, a Cinemateca Brasileira apresenta a Mostra 50 Anos Depois, que exibe longas lançados meio século atrás, e permite que sejam vistos e redescobertos na tela grande. Com curadoria de Paulo Sacramento, o evento acontece entre 07 e 17 de agosto, e os ingressos são gratuitos e devem ser retirados uma hora antes de cada sessão nas salas Grande Otelo e Oscarito. Para os filmes na área externa, não há distribuição de ingressos e está sujeita à lotação do espaço.
A abertura acontece na área externa, no dia 07, às 20h30, com o clássico italiano Prelúdio Para Matar, de Dario Argento. E, além da exibição de filmes, a mostra apresenta eventos paralelos que colaboram na compreensão e localização histórica das produções. Nessa edição, haverá uma exposição de cartazes no Foyer Grande Otelo, a palestra temática, que nesta edição contará com a presença de Amir Labaki e Lúcio Kodato abordando a produção de documentários realizados em 1975, o lançamento de um catálogo digital e a tradicional exibição de Cinejornais antes das sessões.
Os 44 filmes selecionados – 15 longas e 9 curtas brasileiros, e 20 longas estrangeiros - exaltam a diversidade de temas e formatos. A mostra apresenta uma variedade de produções lançadas em 1975, que, lado a lado, formam um painel abrangente da cinematografia daquele momento. Transitando entre gêneros distintos, a mostra permite ao público da Cinemateca Brasileira acesso a filmes como Lilian M (Relatório Confidencial), de Carlos Reichenbach; O Direito do Mais Forte é a Liberdade, de Rainer Werner Fassbinder; Dersu Uzala, de Akira Kurosawa; Adoção, de Márta Mészáros; A Batalha do Chile, de Patricio Guzmán; e O Desejo, de Walter Hugo Khouri.
O evento exibirá, também, desde obras mais conhecidas e celebradas, como Jeanne Dielman, de Chantal Akerman; Barry Lyndon, de Stanley Kubrick; O Espelho, de Andrei Tarkovski; e Um Estranho no Ninho, de Milos Forman, e outras mais raras, como Welfare, de Frederick Weisman; Claro, de Glauber Rocha; Cristais de Sangue, de Luna Alkalay; e O Monstro Caraíba, de Julio Bressane.
Além disso, novas cópias digitais em resolução 4K foram confeccionadas especialmente para esta edição da mostra, respeitando os padrões técnicos de qualidade e preservação. Os filmes selecionados para digitalização em 2025 são: Deliciosas Traições de Amor, filme coletivo de Domingos de Oliveira, Tereza Trautman, Phydias Barbosa; A Lenda de Ubirajara, de André Luiz Oliveira; e Nordeste: Cordel, Repente, Canção, de Tânia Quaresma — todos recuperados a partir de matrizes conservadas no acervo da Cinemateca Brasileira.
Em comemoração ao centenário do clássico Em Busca do Ouro, de Charles Chaplin, a mostra exibirá o filme na sexta-feira, 15 de agosto, às 20h30, na área externa da Cinemateca Brasileira.
Uma característica singular desta edição é a presença exclusiva de Cinejornais do Canal 100. Esses materiais fazem parte de um vasto acervo pertencente à Cinemateca Brasileira e que atualmente está em processo de recuperação e revalorização pela instituição, por meio de um projeto especial dedicado a essa importante coleção.
CINEMATECA BRASILEIRA
Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Mariana
Horário de funcionamento
Espaços públicos: de segunda a segunda, das 08 às 18h
Salas de cinema: conforme a grade de programação.
Biblioteca: de segunda a sexta, das 10h às 17h, exceto feriados
Sala Grande Otelo (210 lugares + 04 assentos para cadeirantes)
Sala Oscarito (104 lugares)
Área externa (300 lugares)
Retirada de ingresso 1h antes do início da sessão
Quinta-feira, 07 de agosto
20h30 _ área externa: PRELÚDIO PARA MATAR, de Dario Argento
Sexta-feira, 08 de agosto
18h _ Sala Oscarito: MUNDO À PARTE, de Arne Sucksdorff
18h _ Sala Grande Otelo: LIÇÃO DE AMOR, de Eduardo Escorel
20h30 _ Sala Oscarito: SESSÃO DE CURTAS 1
O Escritor na Vida Pública, de David Neves e Fernando Sabino
Leila Para Sempre Diniz, de Sérgio Rezende e Mariza Leão
Mauro, Humberto, de David Neves
Tarumã, de Mário Kuperman
Volpi, de Olívio Tavares de Araujo
20h30 _ Sala Grande Otelo: NASHVILLE, de Robert Altman
Sábado, 09 de agosto
16h _ Sala Oscarito: AVENTURAS DE UM PADEIRO, de Waldir Onofre
16h _ Sala Grande Otelo: DEBATE – O Documentário em 1975 com a presença de Amir Labaki e Lúcio Kodato
18h _ Sala Oscarito: GREY GARDENS, de Albert Maysles, David Maysles, Ellen Hovde, Muffie Meyer
18h _ Sala Grande Otelo: O CASAMENTO, de Arnaldo Jabor
20h30 _ Sala Oscarito: WELFARE, de Frederick Weisman
20h30 _ Sala Grande Otelo: BARRY LYNDON, de Stanley Kubrick
Domingo, 10 de agosto
16h _ Sala Oscarito: A LENDA DE UBIRAJARA, de André Luiz Oliveira
16h _ Sala Grande Otelo: O ENCOURAÇADO POTEMKIN, de Sergei Eisenstein
18h _ Sala Oscarito: CRISTAIS DE SANGUE, de Luna Alkalay
18h _ Sala Grande Otelo: O DESEJO, de Walter Hugo Khouri
20h30 _ Sala Oscarito: CLARO, de Glauber Rocha
20h30 _ Sala Grande Otelo: PROFISSÃO: REPORTER, de Michelangelo Antonioni
Quinta-feira, 14 de agosto
16h _ Sala Grande Otelo: JEANNE DIELMAN, de Chantal Akerman
18h _ Sala Oscarito: PERDIDOS E MALDITOS, de Geraldo Veloso
20h30 _ Sala Oscarito: DERSU UZULA, de Akira Kurosawa
20h30 _ Sala Grande Otelo: SALÓ OU OS 120 DIAS DE SODOMA, de Pier Paolo Pasolini
Sexta-feira, 15 de agosto
16h _ Sala Grande Otelo: NORDESTE: CORDEL, REPENTE, CANÇÃO, de Tânia Quaresma
18h _ Sala Oscarito: CADA UM DÁ O QUE TEM, de Adriano Stuart, Silvio de Abreu, John Herbert
18h _ Sala Grande Otelo: A ÚLTIMA NOITE BORIS GRUSHENKO, de Woody Allen
20h30 _ Sala Oscarito: SESSÃO DE CURTAS 2
Ecos Caóticos, de Jairo Ferreira
Hang-Five, de Djalma Limongi Batista
Semi-Ótica, de Antônio Manuel
Tem Coca-Cola no Vatapá, de Pedro Farkas e Rogério Corrêa
20h30 _ área externa: EM BUSCA DO OURO, de Charles Chaplin
Sábado, 16 de agosto
16h _ Sala Oscarito: A VOLTA DA PANTERA COR DE ROSA, de Blake Edwards
16h _ Sala Grande Otelo: A BATALHA DO CHILE – PARTE 1, de Patricio Guzmán
18h _ Sala Oscarito: DELICIOSAS TRAIÇÕES, filme coletivo de Domingos de Oliveira, Tereza Trautman, Phydias Barbosa
18h _ Sala Grande Otelo: O REI DA NOITE, de Hector Babenco
20h30 _ Sala Oscarito: O DIREITO DO MAIS FORTE É A LIBERDADE, de Rainer Werner Fassbinder
20h30 _ área externa: UM DIA DE CÃO, de Sidney Lumet
Domingo, 17 de agosto
16h _ Sala Oscarito: TOMMY, de Ken Russell
16h _ Sala Grande Otelo: O ESPELHO, de Andrei Tarkovski
18h _ Sala Oscarito: ADOÇÃO, de Márta Mészáros
18h _ Sala Grande Otelo: LILIAN M (RELATÓRIO CONFIDENCIAL), de Carlos Reichenbach
20h30 _ Sala Oscarito: O MONSTRO DA CARAIBA, de Julio Bressane
20h30 _ Sala Grande Otelo: UM ESTRANHO NO NINHO, de Milos Forman
CINEMATECA BRASILEIRA
A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social.
O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.



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