[Crítica] O deserto de Akin

 

Sinopse:

Akin é um dos médicos cubanos trabalhando no Brasil em 2018. Com as eleições, a cooperação entre o Brasil e Cuba chega ao fim. Os médicos são convocados a retornar ao seu país de origem. Akin está em uma encruzilhada.

 Voltar para Cuba ou se estabelecer no Brasil? 







                        O quê eu achei?

O programa Mais Médicos foi lançado em julho 2013 durante o governo Dilma com o objetivo de ampliar a oferta de atendimento médico na área da saúde pública nas regiões mais carentes do país, especialmente em municípios do interior e nas periferias. Desses médicos, cerca de 60% vieram de Cuba, o país do mundo que tem mais médicos por mil habitantes do mundo, quatro vezes a mais do que o Brasil. Eles atenderam cerca de 63 milhões de pessoas que antes não tinham acesso aos tratamentos.

Nesse filme dirigido por Bernard Lessa(de A mulher e o rio), Akin(Reynier Morales)é um médico cubano que imigra para o Brasil através do programa e logo se apaixona pela cultura brasileira. Mas com a eleição do candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro, que decide dar um fim ao programa, ele se vê num dilema: deve retornar ao seu país de origem, deixando seus amigos Érica(Ana Flávia Cavalcante) e Sérgio(Gustavo Patriota) para trás ou permanecer, mas sem poder atuar como profissional da saúde?

"O deserto de Akin" é um retrato comovente da polarização política que tem dividido o país desde então. A bela atuação do estreante Reynier Morales como um médico empático que realiza tratamentos como a menina indígena que necessita de um transplante de córnea é digna de nota. E o final é agridoce. embora não seja difícil de prever devido ao que fora construído pela narrativa até então.

Estreia nos cinemas com distribuição da Primeiro Plano dia 31 de julho.


                       Trailer:






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