[Crítica] Do sul, a vingança

 

Sinopse:

Do sul, a vingança acompanha a jornada de um escritor chamado Lauriano que, ao buscar material para seu novo livro, parte para a difícil e conturbada fronteira entre o Mato Grosso do Sul, Paraguai e Bolívia para encontrar ‘Jacaré’, um homem que é uma lenda na região. Essa pesquisa, porém, esbarra com os conflitos históricos dessa divisa entre países, tendo o crime organizado como mandante das regras e das leis que comandam a vida nesse local. A trajetória literária de Lauriano se transforma numa aventura inesperada repleta de ação, perigo e figuras excêntricas. O autor precisará sobreviver ao caos numa trama cheia de contrastes, entre a comédia e o drama.



                      O quê eu achei?

Dirigido pelo estreante Fábio Flecha e com roteiro também dele e de Edson Pipoca e com produção 100% brasileira, Do Sul, a vingança, promete uma trama policial excitante e entrega quase tudo.

Lauriano (Felipe Lourenço de Enigmas no Rolê) é um escritor que mora na capital carioca que investiga crimes da vida real, tendo como método entrevistas com os autores de tais crimes. Um dia, durante uma missão no Mato Grosso do Sul em busca de inspiração para sua próxima obra, ele vai conversar com o Jacaré(Espedito Di Montebranco) chefão que comanda a fronteira do estado com o Paraguai e a Bolívia e acaba se tornando parte de uma trama maior do que poderia ter imaginado.

O longa se apresenta como um faroeste inspirado nos clássicos hollywoodianos adaptados à realidade brasileira; há figuras dignas de um romance de Guimarães Rosa ou Jorge Amado como o pistoleiro míticos, o político miliciano e por aí vai. O humor é utilizado como um reflexo da nossa sociedade - como forma de amenizar o caos e satirizar a realidade, ao mesmo tempo que denuncia o absurdo.

Embora tenha alguns tropeços na narrativa- logo fica claro ao espectador que se trata de uma história de vingança e não apenas pelo título- o filme tem seus méritos e não à toa foi vencedor do  Los Angeles Film Awards como Melhor Longa Independente e figurou como finalista no World Film Festival, em Cannes.

Espero que produções como essa provem a força e o potencial que o cinema brasileiro tem a oferecer e que seja um marco em mostrar isso para o resto do mundo.

Já em cartaz nos cinemas.



                     Trailer:






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